sábado, 26 de abril de 2008

*** O QUE É CONTAGEM DE ÔMER - Segunda Semana ***


2ª SEMANA - GUEVURÁ

A segunda semana da Contagem do Ômer é regida pela sefirá Guevurá (Julgamento). Se Chessed representa o Amor por Hashem, Guevurá representa o Temor como complemento. Amar a Hashem significar fazer por onde estar próximo Dele; temê-Lo significa não fazer nada que possa afastá-Lo. Não basta você fazer o que deve ser feito e não evitar o que deve ser evitado. As pessoas, de um modo geral, interpretam Guevurá como uma energia essencialmente punitiva, o que é um grande equívoco. A necessidade de tikun (correção), é sempre proporcional à falta e tem por objetivo conter (ou eliminar de vez), os impulsos instintivos - a reatividade, o desejo de receber só para si e a busca de resultados imediatos. Um outro aspecto importante de Guevurá, é que muitas pessoas logo associam-na a reatividade. Confundimos ser justo, disciplinado e forte com o comportamento reativo. Essa não é a sua verdadeira face. A reatividade corresponde ao mau uso dessa energia. Justiça, Disciplina e Força são as formas de nos conectarmos à verdadeira essência desta sefirá. Estes atributos são extremamente importantes na vida de uma pessoa e por isso mesmo são muito difíceis de serem alcançados. A tarefa de usarmos isto em nossas vidas requer Sabedoria e Entendimento. Dentro da tradição judaica, quando um homem ou uma mulher alcança o nível de Guevurá em sua evolução espiritual, recebe o título de tzadik ou tzadecá, respectivamente. Um tzadik (justo), é aquele que conseguiu converter todo o mal de sua alma animal em bem ou que mantém sua diminuta porção de má inclinação sob absoluto controle, no lado esquerdo do coração. Embora algumas pessoas possam viver como um tzadik, o título só é conferido após a sua morte, indicando que ela manteve a sua integridade até o fim. Por mais difícil que possa parecer, devemos ter a condição de tzadik como meta, uma meta que é construída na medida que buscamos cumprir todas mitzvot (conexões), ao nosso alcance, lembrando que tolerar o mal é equivalente a praticar o mal.
Yitzchak é o Patriarca associado à Guevurá. Conhecido pela sua habilidade em cavar poços, Yitzchak representa a elevação dos aspectos inferiores da alma.

8
23 de Nissan
a partir das 18h de 27/04/2008 às 18h de 28/04/2008
Chessed de Guevurá – A bondade da disciplina
HA-YOM SH'MONA YAMIM, SHEHEM SHAVU-A E-CHAD V'YOM E-CHAD LA-OMER
Hoje é dia 8, ou seja, uma semana e um dia da Contagem do Ômer

Meditação: No primeiro dia da segunda semana, temos a expressão Chessed de Guevurá. Uma é extremamente importante para o uso da outra. Receber e compartilhar são duas dinâmicas que se completam. Quando recebemos e não compartilhamos, geramos uma energia altamente destrutiva em nossas vidas. Compartilhar é um ato de justiça, e é a forma de cada vez mais abrirmos o nosso receptor para recebermos mais Luz. Outro aspecto muito importante é a Misericórdia que se deve fazer presente no “Rigor” (Din é o outro nome de Guevurá). Quando trazemos Misericórdia para ele, nos tornamos mais tolerantes e capazes de perdoar. Assim como não gostamos quando nos julgam de forma severa, não devemos agir dessa forma com as outras pessoas. Precisamos aprender a ser severo com as nossas próprias atitudes e não abrir espaço para a negociação com a Contra Inteligência (as pequenas justificativas e concessões associadas às iniqüidades). Lembre-se que quando um dedo aponta, ao menos três se voltam contra nós.

Exercício: Estou exercitando o desejo de receber para compartilhar ou sou egoísta? Faço julgamentos severos sobre outras pessoas ou sobre mim mesmo? Vejo as qualidades das outras pessoas ou só julgo os seus defeitos? Compartilhe algo que você recebeu e traga misericórdia em seus julgamentos.

9
24 de Nissan
a partir das 18h de 28/04/2008 às 18h de 29/04/2008
Guevurá de Guevurá – A disciplina da disciplina
HA-YOM TISH-A YAMIM, SHEHEM SHAVU-A E-CHAD USHNÊ YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 9, ou seja, uma semana e dois dias da Contagem do Ômer

Meditação: O segundo dia da segunda semana da Contagem do Ômer evoca o aspecto Guevurá de Guevurá, ou seja, a expressão do julgamento, da retidão e da disciplina em sua plenitude. A essência de Guevurá é o que chamamos de temor à Hashem. Isso representa a consciência das nossas limitações em relação a Hashem e sua Unidade. Aplicar o Temor à Hashem em nossas vidas é fazermos o que Ele espera que façamos de nossas vidas, ao invés de fazermos o que queremos. Assim vencemos o nosso ego. A melhor forma de conseguirmos isso é procurarmos ver o melhor de nós mesmos. Força, disciplina e justiça são essenciais para essa conquista. O desejo de receber faz com que possamos nos tornar receptores para a Luz Espiritual e depois compartilhá-la com as outras pessoas, cumprindo assim a nossa missão.
Exercício: Devemos contribuir para revelar a Luz do Mundo Infinito no Mundo Físico, não só sendo um exemplo para outros, mas nos engajando seriamente em campanhas que possam fazer a diferença, como a que a Academia de Cabalá vem desenvolvendo, sobre a importância da meditação, para a aquisição de uma nova consciência contemplativa. Analise qual dos aspectos de sua personalidade precisa ser trabalhado, para que se oponha firmemente à má inclinação de sua alma. Leve, de uma forma adequada, a orientação do que seja verdadeiro para os outros. Lembre-se: embora não tenhamos o direito de interferir no livre-arbítrio alheio, a omissão é uma falta.

10
25 de Nissan
a partir das 18h de 29/04/2008 às 18h de 30/04/2008
Tiféret de Guevurá – A beleza da disciplina.
HA-YOM ASARA YAMIM, SHEHEM SHAVU-A ECHAD USHLOSHA YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 10, ou seja, uma semana e três dias da Contagem do Ômer


Meditação: Ter disciplina para fazer determinadas atividades em nossa vida é difícil. Mais difícil ainda é fazer essas atividades com Beleza. A Beleza de Tiféret não é meramente uma questão estética. Ela se refere à injeção de sentimento em algo, o cuidado para que não haja um comportamento robótico, sem atenção ou consciência. A contínua repetição dos mesmos procedimentos tende a torná-los mecânicos. Como evitar isso? Adicionando Beleza. Quando você se envolve verdadeiramente com os rituais, cada prática tem um colorido diferente, uma mensagem que se destaca, um sentimento novo que aflora. Trazer Beleza para a Disciplina transforma as atividades mais chatas que temos de fazer em momentos mais prazerosos.
Exercício: Faça uma avaliação sincera e perceba como tem conduzido as coisas. Não se trata apenas do cumprimento das mitzvot (conexões), mas também de todas as atividades com as quais está comprometido dia após dia. Você desenvolve as suas atividades, que precisam de disciplina, da melhor forma possível, ou torna a rotina algo robótico? Torne a disciplina uma benção e não uma maldição!

11
26 de Nissan
a partir das 18h de 30/04/2008 às 18h de 01/05/2008
Netzach de Guevurá – A perseverança da disciplina
HA-YOM ACHAD ASAR YOM, SHEHEM SHAVU-A ECHAD V'ARBA-A YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 11, ou seja, uma semana e quatro dias da Contagem do Ômer.

Meditação: A permanência da Força e da Disciplina. Força e Disciplina são atributos fundamentais para enfrentarmos os momentos difíceis de nossa vida. Porém é exatamente nesses momentos que tendemos a perdê-los. Permanecer sempre forte significa ter sempre confiança em nós mesmos e em Hashem. É sabermos que Hashem nos torna capazes de superar todos os obstáculos. A permanência na disciplina também é muito difícil. Quando queremos nos disciplinar em algo, é impressionante como tudo acontece para dificultar essa meta. Um caminho de retidão, por exemplo, é uma proposta de tempo integral; e as práticas exigem regularidade para que consolidem alguma coisa. Há pessoas que se comprometem com um caminho espiritual (seja ele qual for),como quem faz um curso de idiomas, basta 1h30, duas vezes por semana durante dois anos e fim. Isso não faz qualquer sentido. As orientações da Torá devem ser aplicadas todo o tempo e em todas as situações. Um cabalista não é mais cabalista no sábado, por exemplo, porque é Shabat, do que em qualquer outro dia da semana.
Exercício: A minha Força permanece em momentos difíceis ou só de vez em quando? Tenho confiança em mim e em Hashem? A minha disciplina sobrevive aos obstáculos? Reflita na regularidade do seu estado de permanência em algo elevado que, por sua própria natureza, exige mais de você. Torne a Força e a Disciplina fatores contínuos em sua vida.
12

27 de Nissan
a partir das 18h de 01/05/2008 às 18h de 02/05/2008
Hod de Guevurá – O refinamento da disciplina.
HA-YOM SH'NÊ ASAR YOM, SHEHEM SHAVU-A ECHAD VACHAMI-SHA YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 12, ou seja, uma semana e cinco dias da Contagem do Ômer

Meditação: Refinamento na contração. Saber o momento de se contrair é extremamente necessário para o crescimento espiritual. O universo em que vivemos está em constante movimento de expansão e contração. Porém, a contração não pode ser confundida com estagnação e alienação. Por isso é preciso aperfeiçoar esta contração – ela deve ser entendida como um momento de introspecção, ou seja, de análise interna. Devemos estabelecer novas metas e desenvolvermos a precaução para darmos passos seguros no futuro, quando voltaremos a nos expandir. ‘Glória’ (Kavod), é um dos atributos de Hod (Refinamento), mas com as mesmas letras também temos kaved, que significa “fardo”. Se você encara o seu compromisso como um fardo, ele se tornará cada vez mais pesado, e não conseguirá ver a Glória do seu aprendizado. Se, por outro lado, você reconhece o propósito por trás de cada ação, de cada restrição, o fardo deixa de existir e se transforma em Benção. A contração é necessária, nesses momentos, para percebermos a Luz por trás de todas as coisas.
Exercício: Veja se não é hora de fazer um movimento de contração. Busque responder para que as coisas acontecem, (e não “por que”), onde está o fardo e a glória em cada ato. Todo desejo de receber é legítimo, mas deve ter como objetivo o benefício de outras pessoas. Você consegue perceber este desdobramento? Como as pessoas podem se beneficiar com o seu estudo, o seu trabalho, o seu caminho espiritual?

13
28 de Nissan
a partir das 18h de 02/05/2008 às 18h de 03/05/2008
Yessod de Guevurá
HA-YOM SH'LOSHA ASAR YOM, SHEHEM SHAVU-A ECHAD V'SHISHA YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 13, ou seja, uma semana e seis dias da Contagem do Ômer

Meditação: A disciplina fundamentada. Yessod de Guevurá, entre outras coisas, questiona a solidez do alicerce onde construímos o projeto de vida que norteia os nossos caminhos. A forma como fundamentamos a nossa disciplina é muito importante. Estabelecê-la de acordo com o que nós queremos e gostamos pode nos tornar prisioneiros do ego. Devemos fundamentá-la em algo maior e mais sábio como um caminho espiritual. O estudo da Cabalá, por exemplo, ainda que ganhe uma roupagem contemporânea para facilitar a nossa compreensão, não pode contrariar as orientações de nossos antepassados porque a Verdade revelada pela Torá é atemporal. Questionar é importante, mas não podemos nos afastar da disciplina, fundamentando-a em nossas vidas. Desta forma é mais fácil fazer o que deve ser feito.
Exercício: Você se mantém fiel aos ensinamentos que recebe ou se disciplina somente para as coisas que quer? Nossas reflexões sempre têm uma abordagem fortemente espiritual, mas os princípios se aplicam a outras áreas de sua vida, não se esqueça disso.

14
29 de Nissan
a partir das 18h de 03/05/2008 às 18h de 04/05/2008
Malchut de Guevurá
HA-YOM ARBA-A ASAR YOM, SHEHEM SH'NÊ SHAVUOT LA-OMER
Hoje é dia 14, ou seja, duas semanas da Contagem do Ômer


Meditação: Humildade no Julgamento. Concluímos esta noite mais uma semana da Contagem do Ômer, o que, entre outras coisas, faz referência à manifestação do julgamento através de cada um de nós. Muitas vezes nos achamos sábios o bastante para julgar as pessoas. Quando isso acontece, fica evidente o quanto de nosso ego ainda comanda nossas ações e o quanto precisamos trabalhar para corrigir esta falha. A Humildade no Julgamento está em sabermos que, na maior parte das vezes, somos injustos e que não estamos aptos a avaliá-las, bem como a seus atos. Não julgar o próximo é muito difícil. A Humildade também está no fato de não nos colocarmos na condição de juízes e de que nós não somos as melhores pessoas para saber o que é melhor para os outros. Se em qualquer área de sua vida você se coloca como o ‘dono da verdade’, aquele que sempre tem razão, este é o momento certo para uma reflexão profunda sobre o que verdadeiramente o motiva agir assim.
Exercício: O que o qualifica como juiz de uma determinada situação? Que direito você tem de ‘ditar’ a verdade (ou que acredita ser verdade), aos outros? Quando alguém pede o seu conselho (um julgamento), você ajuda pro-ativamente ou vende culpa, aumentando ainda mais a pressão? Passa pela sua cabeça que nestas situações fica muito clara a idéia de que ‘eu sou melhor que você’? Pense bem, talvez você ainda tenha muito mais a aprender do que a ensinar.

Produção: Kabbalah Group.
© Permitida a reprodução em qualquer midia, desde que citada a fonte e mantidos integralmente todos os demais créditos.


Fique na Luz Divina !!!

*** O EGO - OSHO ***


EGO, O FALSO CENTRO
O primeiro ponto a ser compreendido é o ego.
Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora. O nascimento é isso.

Nascimento significa vir a este mundo, o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce neste mundo. Ela abre seus olhos, vê aos outros. O 'outro' significa o tu. Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Este também é o outro, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo.

É desta maneira que a criança cresce.

Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, tu, ela se torna consciente de si mesma. Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que esta pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se ela aprecia a criança, se diz: 'Você é bonita', se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. Agora um ego está nascendo. Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro é um centro refletido. Ela não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito.

E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida; sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é o ego. Isso também é um reflexo.

Primeiro a mãe - e mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas. O ego é um fenômeno acumulativo, um subproduto do

viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não. O verdadeiro pode ser conhecido somente através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ela é uma disciplina. O verdadeiro pode ser conhecido somente através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.

O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá para a escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estão adicionando algo ao seu ego, e todos estão tentando modificá-lo, de tal forma que você não se torne um problema para a sociedade.

Eles não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade.

A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Ela não está interessada no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhe que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão. Assim, estão tentando dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajustará à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro.

É por isso que colocamos os criminosos nas prisões - não que eles tenham feito alguma coisa errada, não que ao colocá-los nas prisões iremos melhorá-los, não. Eles simplesmente não se ajustam. Eles criam problemas. Eles têm certos tipos de egos que a sociedade não aprova. Se a sociedade aprova, tudo está bem.

Um homem mata alguém - ele é um assassino. E o mesmo homem, durante a guerra, mata milhares - e torna-se um grande herói. A sociedade não está preocupada com o homicídio, mas o homicídio deveria ser praticado para a sociedade - então tudo está bem. A sociedade não se preocupa com moralidade.

Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade.

Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. A sociedade não está

interessada no fato de que você deveria chegar ao autoconhecimento. A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o eu - não é possível. E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela sociedade.

Uma criança volta para casa - se ela foi o primeiro aluno de sua classe, a família inteira fica feliz. Você a abraça e a beija, e você coloca a criança no colo e começa a dançar e diz: 'Que linda criança! Você é um motivo de orgulho para nós.' Você está dando um ego a ela. Um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, um fiasco - ela não pode passar, ou ela tirou o último lugar - então ninguém a aprecia e a criança sente-se rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado. O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. É por isso que você está continuamente pedindo atenção.

Ouvi contar:
Mulla Nasrudin e sua esposa estavam saindo de uma festa, e Mulla disse:
'Querida, alguma vez alguém já lhe disse que você é fascinante, linda, maravilhosa?'

Sua esposa sentiu-se muito, muito bem, ficou muito feliz. Ela disse: 'Eu me pergunto por que ninguém jamais me disse isso.'
Nasrudin disse: 'Mas então de onde você tirou essa idéia?'

Você obtém dos outros a idéia de quem você é. Não é uma experiência direta. É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro.

Esse centro é falso, porque você contém o seu centro verdadeiro. Este não é da conta de ninguém. Ninguém o modela, você vem com ele. Você nasce com ele. Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Este é o eu. E o outro centro, que lhe é dado pela sociedade - o ego. Ele é algo falso - e é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente então a sociedade o aprecia. Você tem que caminhar de uma certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente então a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, quem você é. Os outros lhe deram a idéia.

Essa idéia é o ego.

Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a menos que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no centro, você não pode se mover, e

você não pode olhar para o eu. E lembre-se, vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará despedaçado, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo, quando todos os limites se dissolverão. Você estará simplesmente confuso, um caos.

Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas.

Ouvi dizer:
Uma criancinha estava visitando seus avós. Ela tinha apenas quatro anos de idade. De noite, quando a avó a estava fazendo dormir, ela de repente começou a chorar e a gritar:
'Eu quero ir para casa. Estou com medo do escuro.'
Mas a avó disse:
'Eu sei muito bem que em sua casa você também dorme no escuro; eu nunca vi a luz acesa: Então por que você está com medo aqui?'
O menino disse:
'Sim, é verdade - mas aquela é a minha escuridão. Esta escuridão é completamente desconhecida.'

Até mesmo com a escuridão você sente: 'Esta é minha.'

Do lado de fora - uma escuridão desconhecida. Com o ego você sente: 'Esta é a minha escuridão.' Pode ser problemática, pode criar muitos tormentos, mas ainda assim, é minha. Alguma coisa em que se segurar, alguma coisa em que se agarrar, alguma coisa sob os pés; você não está em um vácuo, não está em um vazio. Você pode ser infeliz, mas pelo menos você é.

Até mesmo o ser infeliz lhe dá uma sensação de 'eu sou'. Afastando-se disso, o medo toma conta; você começa a sentir medo da escuridão desconhecida e do caos - porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte do seu ser... É o mesmo que penetrar em uma floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca - a floresta, a selva. Aqui tudo está bem; você planejou tudo. Foi assim que aconteceu. A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente e cercou-a. Tudo está bem ali. Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que você possa se sentir em casa ali.

E então você passa a sentir medo. Além da cerca existe perigo. Além da cerca você é, tal como dentro da cerca você é - e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o

seu centro verdadeiro está oculto.

Precisamos ser ousados, corajosos. Precisamos dar um passo para o desconhecido.

Por um certo tempo, todos os limites ficarão perdidos.

Por um certo tempo, você vai sentir-se atordoado.

Por um certo tempo, você vai sentir-se muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.

Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas.

Esta é a sua alma, o eu.

Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem. Mas esta não é a ordem da sociedade - é a própria ordem da existência. É o que Buda chama de Dharma, Lao Tsé chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência.

Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas. A diferença é a mesma que existe entre uma flor verdadeira e uma flor de plástico ou de papel. O ego é uma flor de plástico, morta. Não é uma flor, apenas parece com uma flor. Até mesmo lingüisticamente, chamá-la de flor está errado, porque uma flor é algo que floresce. E essa coisa de plástico é apenas uma coisa e não um florescer. Ela está morta. Não há vida nela. Você tem um centro que floresce dentro de você. Por isso os hindus o chamam de lótus - é um florescer. Chamam-no de o lótus das mil pétalas. Mil significa infinitas pétalas. O centro floresce continuamente, nunca para, nunca morre. Mas você está satisfeito com um ego de plástico. Existem algumas razões para que você esteja satisfeito. Com uma coisa morta, existem muitas vantagens. Uma é que a coisa morta nunca morre. Não pode - nunca esteve viva. Assim você pode ter flores de plástico, e de certa forma elas são boas. Elas são permanentes; não são eternas, mas são permanentes. A flor verdadeira, a flor que está lá fora no jardim, é eterna, mas não é permanente. E o eterno tem uma maneira própria de ser eterno. A maneira do eterno é nascer muitas e muitas vezes... e morrer. Através da morte, o eterno se renova, rejuvenesce.

Para nós, parece que a flor morreu - ela nunca morre. Ela simplesmente troca de corpo, assim está sempre fresca. Ela deixa o velho corpo e entra em um novo corpo. Ela floresce em algum outro lugar, nunca deixa de estar florescendo.

Mas não podemos ver a continuidade porque a continuidade é invisível. Vemos somente uma flor, outra flor; nunca vemos a continuidade. Trata-se da mesma flor que floresceu ontem. Trata-se do mesmo sol, mas em um traje diferente.

O ego tem uma certa qualidade - ele está morto. É de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não o precisa procurar; a busca não é necessária para ele. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente uma parte da multidão. Você é apenas uma turba. Quando você não tem um centro autêntico, como você pode ser um indivíduo? O ego não é individual. O ego é um fenômeno social - ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o eu.

E por isso você é tão infeliz.

Com uma vida de plástico, como você pode ser feliz? Com uma vida falsa, como você pode ser extático e bem-aventurado? E esse ego cria muitos tormentos, milhões deles. Você não pode ver, porque se trata da sua escuridão. Você está em harmonia com ela. Você nunca reparou que todos os tipos de tormentos acontecem através do ego? Ele não o pode tornar abençoado; ele pode somente torná-lo infeliz.

O ego é o inferno.

Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego continua encontrando motivos para sofrer.

Uma vez eu estava hospedado na casa de Mulla Nasrudin. A esposa estava dizendo coisas muito desagradáveis a respeito de Mulla Nasrudin, com muita raiva, aspereza, agressividade, muito violenta, a ponto de explodir. E Mulla Nasrudin estava apenas sentado em silêncio, ouvindo. Então, de repente, ela se voltou para ele e disse: 'Então, mais uma vez você está discutindo comigo!' Mulla disse: 'Mas eu não disse uma única palavra!'

A esposa replicou: 'Sei disso - mas você está ouvindo muito agressivamente.' Você é um egoísta, como todos são. Alguns são muito grosseiros, evidentes, e estes não são tão difíceis. Outros são muito sutis, profundos, e estes são os verdadeiros problemas.

O ego entra em conflito com outros continuamente porque cada ego está extremamente inseguro de si mesmo. Tem que estar - ele é uma coisa falsa. Quando você nada tem nas mãos, mas acredita ter algo, então haverá um problema. Se alguém disser: 'Não há nada', imediatamente começa a briga porque você também sente que não há nada. O outro

o torna consciente desse fato. O ego é falso, ele não é nada.

E você também sabe isso.

Como você pode deixar de saber isso? É impossível! Um ser consciente - como pode ele deixar de saber que o ego é simplesmente falso? E então os outros dizem que não existe nada - e sempre que os outros dizem que não existe nada, eles batem numa ferida, eles dizem uma verdade - e nada fere tanto quanto a verdade. Você tem que se defender, porque se você não se defende, se não se torna defensivo, onde estará você?

Você estará perdido. A identidade estará rompida.

Assim, você tem que se defender e lutar - este é o conflito. Um homem que alcança o eu nunca se encontra em conflito algum. Outros podem vir e entrar em choque com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.

Aconteceu de um mestre Zen estar passando por uma rua. Um homem veio correndo e o golpeou duramente. O mestre caiu. Logo se levantou e voltou a caminhar na mesma direção na qual estava indo antes, sem nem ao menos olhar para trás. Um discípulo estava com o mestre. Ele ficou simplesmente chocado. Ele disse:
'Quem é esse homem? O que significa isso? Se a gente vive desta maneira, qualquer um pode vir e nos matar. E você nem ao menos olhou para aquela pessoa, quem é ela, e por que ela fez isso?'

O mestre disse: 'Isso é problema dela, não meu.'

Você pode entrar em choque com um iluminado, mas esse é seu problema, não dele. E se você fica ferido nesse choque, isso também é problema seu. Ele não o pode ferir. É como bater contra uma parede - você ficará machucado, mas a parede não o machucou.

O ego sempre está procurando por algum problema. Por quê?

Porque se ninguém lhe dá atenção o ego sente fome. Ele vive de atenção.

Assim, mesmo se alguém estiver brigando e com raiva de você, mesmo isso é bom, pois pelo menos você está recebendo atenção. Se alguém o ama, isso está bem. Se alguém não o está amando, então até mesmo a raiva servirá. Pelo menos a atenção chega até você. Mas se ninguém estiver lhe dando qualquer atenção, se ninguém pensa que você é alguém importante, digno de nota, então como você vai alimentar o seu ego?


Fique na Luz Divina !!!

domingo, 20 de abril de 2008

*** O QUE É CONTAGEM DE ÔMER - Primeira Semana ***


Contagem de Ômer
Conforme nos ensina a Cabala, existem cinqüenta portões de Bênçãos, e não por
acaso são exatamente cinqüenta dias entre o 1o. dia de Pessach (Páscoa) e
Shavuot (Pentecostes), ocasião na qual ocorreu a Revelação da Torá no Sinai.
Shavuot também tem o significado de semanas, já que temos 7 semanas completas
a partir do 2o. dia de Pessach até o 1o. dia de Shavuot.
Neste período, faz-se a "contagem do Omer" (Sefirat ha-Omer), ou seja, "conta-se
cada dia" desde as "trevas da impureza espiritual do Egito, até a ascensão ao
estado de pureza representado pela outorga da Torá".

O Que é a Contagem do Omer?

A Contagem do Omer é o período de 49 dias entre Pessach e Shavuot. Contamos
'cada dia' por sete semanas e na última noite ficamos acordados a noite inteira para
recebermos o Sefer Torá. Contam-se os dias e as semanas durante o desenrolar do
serviço religioso habitual, como preparação para o dia de Shavuot, que também é
conhecido como o dia das primeiras colheitas de frutas. Cada uma das sete
semanas representa uma Sefirá diferente na Árvore da Vida, começando por
Chessed e terminando com Malchut. Cada dia da semana também é representado
por sua própria Sefirá.
Tradicionalmente, Shavuot é celebrado como o dia em que Moisés recebeu a Torá
no Monte Sinai. Devido ao fato da Torá ser considerada como uma doação recebida
para nos ajudar a atingir uma conscientização mais elevada e ser considerada pelos
cabalistas como um projeto da Criação, os místicos judeus então explicam a
contagem dos quarenta e nove dias do Omer como sendo um período no qual nos
preparamos para estarmos prontos para receber a luz da Tora.

Como fazer a Contagem
1º. Dia da Contagem do Omer = 21 de abril (começa ao entardecer do dia anterior)
- 33º. Dia da Contagem do Omer = 23 de maio / Lag Ba Omer (começa ao
entardecer do dia anterior)
- 49º. Dia da Contagem do Omer = 8 de junho (começa ao entardecer do dia
anterior)

- 1ª. Noite de Shavuot = 8 de junho
- 1º. Dia de Shavuot = 9 de junho
- 2ª. Noite de Shavuot = 9 de junho
2º. Dia de Shavuot = 10 de junho


Cada dia entre Pessach e Shavuot representa um dos cinqüenta portões de
Bênçãos.
O ato de contar conscientemente cada um destes cinqüenta dias (contagem do
Omer) é em essência uma nova oportunidade de estabelecer um canal ou uma
conexão espiritual que permite que a energia das esferas (Sefirot) possa fluir
livremente para dentro de nossas vidas, preenchendo nosso mundo físico e
realizando nossos desejos materiais com a certeza da satisfação espiritual.
Podemos associar cada uma das 7 semanas do Omer a uma posição das 7 Sefirot
inferiores da Árvore da Vida, e trabalharmos com estas energias em cada uma das
semanas, ou seja:

1a. semana : Chessed / noite de 20/4 à noite de 26/4
(Expansão, compaixão, misericórdia, perdão, gentileza, amor, benevolência)

2a. semana : Guevurá / noite de 27/4 à noite de 3/5
(Contração, severidade, julgamento, ira, força, poder)

3a. semana : Tiferet / noite de 4/5 à noite de 10/5
(Equilíbrio, beleza, esplendor)

4a. semana : Netsach / noite de 11/5 à noite de 17/5
(Permanência, vitória, eternidade, infinidade)

5a. semana : Hod / noite de 18/5 à noite de 24/5
(Refinamento, glória, esplendor)

6a. Semana : Yessod / noite de 25/5 à noite de 31/6
(Essência, fundamento, fundação)

7a. semana : Malchut / noite de 1º. de junho à noite de 7/6
(Segurança, reino, concretude, reinado)


O primeiro dia da primeira semana do nosso exercício é chamado Chessed de
Chessed.
Se nós considerarmos que Chessed é generosidade, então este dia
representa o cerne da generosidade. Poderíamos explorar a fonte da generosidade.

Qual é a parte do meu ser que dá?
Como me sinto quando dou?
Como me sinto quando não dou?
Onde é que meu doador interno se conecta ao meu 'eu' superior?
Passamos cinco, dez ou quinze minutos contemplando estas perguntas. Durante o
decorrer do dia também paramos, algumas vezes, por poucos minutos, para refletir
sobre elas.

O segundo dia é Guevurá de Chessed. Representa a restrição dentro da nossa
generosidade.
Onde que meu doador interno está limitado?
Qual é a parte que diz não?
Que parte é na verdade o autoprotetor e não a parte egoísta?


O terceiro dia é Tiferet de Chessed: a compaixão dentro da generosidade.

Que parte de mim se acha conectada ao meu centro quando estou dando?
Será que tenho compaixão por mim quando estou dando e quando não estou dando? Será que meu ato de dar está equilibrado demais ou muito pouco?
Qual é a melhor forma para determinar uma perspectiva de generosidade equilibrada?

O quarto dia é Netzach de Chessed: o dominar dentro da generosidade.

Fico com pena quando dou minhas coisas? Dou condicionalmente ou com restrições? Fico lembrando de minha generosidade por longos períodos?
Gosto de ser uma pessoa generosa?
Será que desejo profundamente ser identificado(a) como um(a) grande
doador(a)?


Este processo continua pelos quarenta e nove dias à medida que percorremos as
permutações das características e procedemos a cada dia com a nossa investigação
interna.
Com essa prática percebemos que aprendemos muito sobre nós se ficamos algum
tempo em introspecção. Tornamo-nos nossos próprios analistas e mestres e
podemos colocar em prática qualquer nova descoberta a nosso respeito.
Utilizando um breve ato de conscientização, você evita que os dias se confundam
uns com os outros. A Contagem do Omer dá uma noção de um modelo ascendente
e cumulativo, onde um dia serve de alicerce para o próximo.


As meditações serão colocadas separadas por semanas em tópicos separados!!


---------------------------------------------


Ômer - Primeira Semana
1ª SEMANA - CHESSED
A primeira semana da Contagem do Ômer é regida pela sefirá Chessed (Misericórdia).

Dentre as sete sefirót do mundo físico, é a que está mais próxima do mundo
espiritual. Chessed é o primeiro e o mais elevado atributo emocional da alma, o Amor. Representa a busca do sublime, a misericórdia, a contemplação, o desejo de compartilhar, a expansão e o cumprimento das mitzvot positivas – as conexões que realizamos para nos aproximarmos de Hashem.

Amar é uma experiência que nos aproxima muito de Hashem, pois Ele ama a todos igualmente e a todo tempo. O maior desafio desse sentimento é sem dúvida, amar ao próximo como amamos a nós mesmos. A misericórdia e o desejo de compartilhar são o que sustenta este Amor. Isso nos mostra a nossa capacidade de servir, dar e ajudar às outras pessoas. Já o comportamento contemplativo nos possibilita deixarmos de ser efeito dos acontecimentos a nossa volta e passarmos a ser causa deles. A complementação de Chessed com as outras sefirót do mundo físico pode não só transformar a vida de uma pessoa como a vida de todas as pessoas ao seu redor.

Avraham é o patriarca associado a Chessed. Além de um exemplo de prontidão a serviço de Hashem, Avraham é a personificação da hospitalidade sem discriminação. E do mesmo modo que a partir de Avraham surge uma nova linhagem, é a energia de Chessed que nutrirá os demais atributos emocionais da Árvore da Vida para que amadureçam apropriadamente.




**PRIMEIRO DIA
a partir das 18h de 20/04/2008 às 18h de 21/04/2008

Chessed de Chessed – A bondade da bondade

HA-YOM YOM E-CHAD LA-OMER.
Hoje é dia 1 da Contagem do Ômer

Eis-me pronto e preparado para cumprir o mandamento da Contagem do Ômer, conforme está escrito na Torá: “E contareis para vós desde o dia seguinte ao primeiro dia festivo, desde o dia em que tiverdes trazido o ômer da movimentação; sete semanas completas serão. Até o dia seguinte da sétima semana contareis cinqüenta dias; e oferecereis oblação nova a Hashem”. Seja sobre nós a graça de Hashem Elohim; estabelece Tu sobre nós a obra das nossas mãos, sim, as obras das nossas mãos, estabelece-as.

BARUCH ATA ADONAI, ELOHÊNU MÉLECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU, BEMITZVOTAV VETZIVÁNU, AL SEFIRAT HAÔMER.

Senhor do mundo! Tu nos ordenaste por meio de Moshé, Teu servo, proceder a Contagem do Ômer, para nos purificar das nossas clipót e da nossa impureza, conforme escreveste na Tua Torá: “E contareis para vós desde o dia seguinte ao primeiro dia festivo, desde o dia em que tiverdes trazido o ômer da movimentação; sete semanas completas serão. Até o dia seguinte da sétima semana contareis cinqüenta dias”, para que sejam purificadas as almas de Israel de suas impurezas. Assim, seja do Teu agrado, Ó Hashem, nosso Elohim e Elohim de nossos ancestrais, que no mérito da Contagem do Ômer que eu contei hoje, seja remediado o que faltei no segredo contido neste dia, e que eu seja purificado e santificado com elevada santidade, para através disso recair uma influência abundante sobre todos os mundos, para retificar a nossa alma e espírito de toda torpeza e defeito, e para purificar-nos e santificar-nos com Tua Santidade elevada.

Meditação do Primeiro dia
Meditação: No primeiro dia da Contagem do Ômer temos a expressão pura de Chessed e devemos refletir sobre como temos trabalhado o “Amar ao próximo como a ti mesmo”. Essa é maneira mais intensa de realizarmos a energia de Chessed em nossas vidas. Esse é um dos atributos mais difíceis de se alcançar. Devemos agir com as pessoas da mesma maneira como gostaríamos que agissem conosco. Este atributo também consiste em amarmos as outras pessoas sem julgamento prévio. Amar alguém que já conhecemos é muito fácil, o desafio está em amar o estranho, por exemplo. Colocar Amor em todos os nosso atos é uma das formas de nos aproximarmos mais da natureza de Hashem. Por isso, quando exercitamos Chessed conseguimos uma conexão direta com Hashem.

Exercício: Analise a forma como está aplicando o Amor em sua vida.

Aplico o Amor a todo tempo ou só quando me é conveniente? Tenho dificuldade em amar? Consigo amar sem fazer julgamento? Tenho a capacidade de me dar ao próximo? Injete amor em sua vida!


**SEGUNDO DIA
a partir das 18h de 21/04/2008 às 18h de 22/04/2008

Guevurá de Chessed – A disciplina da bondade

BARUCH ATA ADONAI, ELOHÊNU MÉLECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU, BEMITZVOTAV VETZIVÁNU, AL SEFIRAT HAÔMER.

HA-YOM SH'NÊ YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 2 da Contagem do Ômer

Meditação: No segundo dia da Contagem do Ômer temos o aspecto de Guevurá (julgamento), inserido em Chessed. Guevurá evoca a disciplina, o rigor, o limite e o desejo de receber para compartilhar. É preciso ter o discernimento, na medida certa, da generosidade a ser aplicada. Disciplinar o Amor não é deixar de amar, e sim amar de forma consciente. Dessa forma podemos ajudar muito mais a quem amamos. O amor cego é prejudicial tanto para quem ama quanto para quem é amado. É preciso Amar sem criar dependência, sem invadir territórios, respeitando o livre-arbítrio das pessoas. Quando isso não acontece é porque o ego (a contra inteligência), busca reconhecimento e poder. Outro aspecto importante que Guevurá traz para Chessed é o desejo de receber para compartilhar. Muitas vezes compartilhamos muito e não nos achamos no direito de receber algo. Esquecemos assim, que para podermos cada vez mais compartilhar, temos que também estar recebendo algo, senão não teremos mais o que compartilhar.

Exercício: Reflita sobre os excessos ou as deficiências do Amor em nossas ações, buscando a medida certa.

Estou amando as pessoas de forma consciente ou cega? O meu Amor pode estar fazendo com que eu deixe de ajudar a quem amo? Tenho dificuldade em receber para depois compartilhar? Tente ajudar a quem ama e não negue ser ajudado, quando precisar.


**TERCEIRO DIA
a partir das 18h de 22/04/2008 às 18h de 23/04/2008

Tiféret de Chessed – O equilíbrio da bondade.

BARUCH ATA ADONAI, ELOHÊNU MÉLECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU, BEMITZVOTAV VETZIVÁNU, AL SEFIRAT HAÔMER.

HA-YOM SH'LOSHA YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 3 da Contagem do Ômer

Meditação
Meditação: No terceiro dia da Contagem do Ômer temos o aspecto Tiféret (beleza), inserido em Chessed. A energia de Tiféret é despertada pela compaixão. De modo geral as pessoas confundem compaixão com pena, o que é um grande equívoco. Ter pena de alguém é achar que a situação pela qual ela passa é injusta – isto não existe. Compreender que os obstáculos cumprem o propósito de revelar a Luz é o primeiro passo. Compreender que você não pode realizar o tikun (correção), de outra pessoa é o segundo. Em outras palavras, existe uma razão para tudo e podemos até ser a seta, mas nunca o caminho. Compaixão é ‘não-discriminação’. Se você reconhece que tudo o que existe faz parte da Unidade, qual o sentido de ser solidário com os judeus e não ser solidário com os membros de qualquer outra tradição? Respeitar as pessoas e não respeitar os animais? Gostar de bichos, mas maltratar plantas? Não há limite para os exemplos... Distinção entre religião, raça, cor, cultura, ideologia, etc., são recursos das forças assediadoras para perpetuar a percepção de separatividade, nos distanciando da Luz.

Exercício: O que faz com você julgue que uns merecerem mais a sua atenção do que outros? Até que ponto o que você critica no outro não é algo mal trabalhado em sua própria natureza? Estou sendo misericordioso com beleza ou faço isso de qualquer maneira? Faço do Amor algo especial? Presto atenção ao compartilhar ou faço isso de maneira robótica? Quando fizer um gesto de Amor, faça da melhor maneira possível.


**QUARTO DIA
a partir das 18h de 23/04/2008 às 18h de 24/04/2008

Netzach de Chessed – A perseverança da bondade.

BARUCH ATA ADONAI, ELOHÊNU MÉLECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU, BEMITZVOTAV VETZIVÁNU, AL SEFIRAT HAÔMER.


HA-YOM ARBA-A YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 4 da Contagem do Ômer

Meditação: No quarto dia da Contagem do Ômer temos o aspecto Netzach (imortalidade), inserido em Chessed. Netzach se refere à permanência, à continuidade, à superação dos desafios externos e dos limites pessoais na aplicação da energia do Amor em nossas vidas. Falta de tempo, indisposição, vergonha, tempo ruim... As forças assediadoras são muito boas em argumentos convincentes, e toda vez que caímos nesta armadilha perdemos uma grande oportunidade de revelar Luz num gesto de generosidade, no cumprimento de uma mitsvá (‘conexão’), ou na expressão de nosso Amor. Amar nos momentos de alegria não é muito complicado. O problema está no fato desse Amor resistir aos momentos difíceis da vida. A permanência em Chessed nos mostra o quão o desejo de compartilhar, a misericórdia, o amor e a proatividade estão estabelecidos dentro de nós. Devemos sempre lutar e ter certeza desses sentimentos. Um dos maiores meios de fazer com que o Amor permaneça em nós é retirando todo o rancor de nossos corações.

Exercício: Reflita sobre as desculpas que você tem usado (ou sempre usou), para não expressar plenamente o Amor em sua vida e o quanto isso pode estar comprometendo o seu crescimento.

Sou sincero com meus sentimentos? Na próxima vez que for fazer um gesto de misericórdia, tente fazê-lo de forma discreta e sincera.


**QUINTO DIA
a partir das 18h de 24/04/2008 às 18h de 25/04/2008

Hod de Chessed – O refinamento da bondade

BARUCH ATA ADONAI, ELOHÊNU MÉLECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU, BEMITZVOTAV VETZIVÁNU, AL SEFIRAT HAÔMER.

HA-YOM CHAMI-SHA YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 5 da Contagem do Ômer

Meditação: No quinto dia da Contagem do Ômer temos o aspecto Hod (refinamento), inserido em Chessed. Refinar é tornar mais puro, mais forte e mais intenso. A Cabalá nos ensina que ninguém veio ao mundo para ser bom, mas para ser melhor a cada dia. Reflita sobre os atributos de Chessed e dedique-se a refiná-los progressivamente. O refinamento de suas virtudes está no desenvolvimento da kavaná (concentração), e de menuchá (quietude). A concentração e a quietude fazem com que tenhamos o senso de oportunidade, ou seja, que aproveitemos todas as possibilidades para nos conectarmos com a Luz do Mundo Infinito. Quando vencemos o impulso reativo, podemos parar para analisar situações e descobrir como elas podem nos fazer crescer. Sempre há uma forma de melhorarmos as nossas conexões e nós devemos buscar fazê-lo. “Como posso aprimorar as minhas conexões?” É apenas uma pergunta dentre muitas que devem ser feitas no dia de hoje. Responda sem pressa, considerando os elementos internos e externos que podem contribuir para o aumento do seu desempenho.

Exercício: Considerando o exemplo das conexões, escolha uma (o serviço da manhã, da tarde ou da noite, a celebração de Cabalat Shabat, de Havdalá etc., fica a seu critério), e comprometa-se a aperfeiçoá-la, a partir de agora, distanciando-se cada vez mais do processo robótico. Monitore a sua evolução, faça anotações, medite em como era, como está sendo e o que ainda pode melhorar ao longo de todo o ano como um exercício que pode e deve ser estendido para todos demais atributos de Chessed.


**SEXTO DIA
a partir das 18h de 25/04/2008 às 18h de 26/04/2008

Yessod de Chessed – A essência da bondade

BARUCH ATA ADONAI, ELOHÊNU MÉLECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU, BEMITZVOTAV VETZIVÁNU, AL SEFIRAT HAÔMER

HA-YOM SHI-SHA YAMIM LA-OMER
Hoje é dia 6 da Contagem do Ômer

Meditação: No sexto dia da Contagem do Ômer temos o aspecto Yessod (fundamento), inserido em Chessed. Yessod é a sede dos nossos pactos e o único ponto a unir Malchut (o Mundo Físico), com o restante da Árvore da Vida (os Mundos Superiores). Se Yessod é corrompido por algum motivo (traumas ou atitudes inadequadas, por exemplo), todo o fluxo da Luz Espiritual fica comprometido. Fundamentar Chessed em nossas vidas é fazer com que amor, misericórdia e proatividade se tornem mais do que presentes em momentos determinados. Precisamos tornar isso um objetivo de vida. Fazer uma aliança de Amor com Hashem, com o próximo e com nós mesmos é uma das formas mais bonitas de expressá-lo .

Exercício: De que forma suas crenças fundamentam Chessed em sua vida? Você expressa seus atributos pelos motivos corretos? Seus laços com o caminho espiritual que escolheu é estável? Você se mantém fiel a ele, mesmo nos momentos mais difíceis? Busque sinceramente dentro de si cada resposta. Torne o Amor e a Misericórdia objetivos de vida.


**SÉTIMO DIA
a partir das 18h de 26/04/2008 às 18h de 27/04/2008

Malchut de Chessed – A consolidação da bondade

BARUCH ATA ADONAI, ELOHÊNU MÉLECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU, BEMITZVOTAV VETZIVÁNU, AL SEFIRAT HAÔMER.

HA-YOM SHIV-A YAMIM, SHEHEM SHAVU-A E-CHAD LA-OMER
Hoje é dia 7, ou seja, uma semana da Contagem do Ômer

Visualize as letras do dia:
http://www.orkut.com/AlbumZoom.aspx?uid=14161322952782163066&aid=1208338243&pid=1208365437603

Meditação: Esta noite fecha a primeira semana da Contagem do Ômer e, conseqüentemente, da meditação em Chessed. Quando nos tornamos misericordiosos e compartilhamos muito, corremos o risco de nos acharmos melhores do que quem está recebendo, ou de quem não consegue compartilhar. A Glória de ser misericordioso não está em se gabar disso, está em fazê-lo com Humildade. Não é a pessoa que recebe que precisa disso, nós é que precisamos compartilhar. Ser misericordioso é vital. Devemos fazer disto um hábito constante e sem nos acharmos superiores. Malchut (Reino), de Chessed se refere também à manifestação, no mundo físico, do Amor, da Misericórdia, da generosidade, do desejo de compartilhar e todos os seus demais atributos. O propósito da Luz Espiritual é revelar-se em Malchut e é de nossa responsabilidade fazer com que isso aconteça. Todas as reflexões anteriores tiveram por objetivo permitir a expressão adequada de Chessed em nossas vidas, do começo (Chessed de Chessed) ao fim (Malchut de Chessed). Quando Chessed se faz presente é como uma fruta que amadureceu e está pronta para ser colhida. A grande questão de hoje é refletir sobre a qualidade da fruta que estamos trazendo (ou deixando de trazer), ao mundo, substituindo o ‘por que?’ de cada questionamento por um ‘para que’. Toda vez que buscamos um ‘por que’, estamos tentando satisfazer o ego. Quando buscamos um ‘para que’, estamos respondendo à alma.

Exercício: As minhas atitudes procuram revelar o Amor no mundo? Os meus objetivos traduzem sempre um desejo de compartilhar? Faço isso com humildade ou procuro apenas reconhecimento e atenção?


Produção: Kabbalah Group.
© Permitida a reprodução em qualquer midia, desde que citada a fonte e mantidos integralmente todos os demais créditos.


Fique na Luz Divina !!!

*** KABBALAH - Aula Completa ***


- O que é ?

" Por milhares de anos, as grandes sábios kabbalísticos ensinaram que cada ser humano está carregado com o potencial para a felicidade. Kabbalah é o meio para ativar esse potencial. "

Kabbalah (também Cabala, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) - é um sistema religioso-filosófico que investiga a natureza divina. Kabbalah (???? QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. É a vertente mística do judaísmo.
O corpo da sabedoria espiritual mais velho do mundo - contem as longas chaves escondidas para os segredos do universo, para os mistérios do coração e da alma humana. Os ensinamentos do Kabbalah explicam as complexidades do material e do universo não material, a natureza física e meta-física de toda humanidade. Kabbalah mostra em detalhes, como explorar este terreno vasto, a fim de remover cada formulário do caos, dor, e sofrimento.
Por milhares de anos, as grandes sábios kabbalísticos ensinaram que cada ser humano está carregado com o potencial para a felicidade. Kabbalah é o meio para ativar esse potencial. Kabbalah é o meio para ativar esse potencial.
Kabbalah de não somente ser estudado, e sim praticado. Sua finalidade é trazer a claridade, a compreensão, e a liberdade à nossas vidas - e finalmente para ate apagar a morte por si propria.



- Histórico

" Por milênios, o Kabbalah foi suprimido por aqueles que o compreenderam, mas mesmo os antigos sábios kabbalisticos escolheram manter seu conhecimento escondido. "

A origem dessa área do conhecimento humano se perde na noite dos tempos. Há indicações históricas que sábios e alquimistas formaram "Irmandades" para o estudo e prática da Kaballah.
A palavra em si significa: De boca a orelha, ou seja, conhecimento transmitido oralmente. Até a Idade Média, quando um discípulo chegava a conhecer alguns de seus segredos, tinha que jurar não revelar os mistérios para ouvidos profanos, pois esse conhecimento era guardado a sete chaves.
Alguns manuscritos nos dão conta de que ela fazia parte do aprendizado dos sacerdotes egípcios. Seria, portanto, natural, que os judeus, durante seu cativeiro, tivessem bebido de suas fontes. E de fato, se hoje a Kaballah tem um sabor judaico, se deve ao fato de que também eles guardaram zelosamente esse segredo.
Após o advento da imprensa, ficou mais fácil sua disseminação. Poderíamos dizer que a Kabbalah é um corpo de estudos de ciências ocultas, que ensina técnicas de Crescimento Espiritual e Aprimoramento da Consciência.



- Porque Estudar?

" Porque o significado da vida é a Evolução Espiritual e a transformação pessoal através do desenvolvimento da alma. "

Porque o homem é potencialmente divino, uma vez que ele veio da Fonte Primeira e Única. E, sendo assim, ele é tanto humano quanto divino. Mas se ele só desenvolve seu lado humano, perde a meta principal, que é a volta às suas raízes e torna distante o seu contato com o Superior.
As religiões têm procurado mostrar essa verdade, mas de modo geral, elas se tornam exclusivistas. Quer dizer, se você não for desta ou daquela religião, não alcançará o Reino dos Céus. A Kabbalah tem um sentido religioso, somente naquilo que diz respeito ao RELIGARE, do Latim: Ligar-se à Fonte. Ela não é propriedade de nenhuma religião específica. Um budista pode ser cabalista, tanto quanto um xintoísta ou um cristão.
A meta precípua da Kabbalah é tornar o ser humano consciente de seu lugar na natureza e no Universo. E também fazer despertar sua criatividade, para que ele exerça plenamente suas capacidades físicas, intelectuais e psíquicas.


- ÁRVORE DA VIDA
" Kabbalah não é uma filosofia. Kabbalah é trabalho a ser feito. A "Cabala" é uma doutrina esotérica que visa conhecer a Deus e o Universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e reservada apenas a alguns privilegiados."

Ela é um gráfico com 10 séfiras ou círculos, e mais 1 que é oculto. Cada um desses círculos tem uma correspondência com todos os assuntos com os quais temos que lidar em nossa existência. Sua estrutura é de tal ordem perfeita, que podemos tanto associá-la ao corpo humano, quanto à vida profissional de determinada pessoa, ou ainda a uma sonata ou a um sistema político qualquer que seja ele. Vários textos sagrados têm se referido à ela.
Na Torah e na Bíblia, por exemplo, só para citar textos ocidentais, temos referências da Árvore da Vida e da Árvore do Bem e do Mal. Mas além de referências,algumas Bíblias antigas, datadas de 1.520 e 1.580apresentam esse gráfico, tal qual vemos hoje em textos não sagrados. Isto também pode significar que a filosofia pela qual os cabalistas têm se guiado ao longo de milênios, é tão imutável quanto as leis da natureza.Aliás, é necessário lembrar, que filosoficamente tudo já foi dito.
O que temos de novo é a ciência e tecnologia e a adaptação dos sistemas filosóficos aos tempos modernos. Na verdade, a ciência vem depois, provando tudo o que os mestres ocultistas já tinham como verdade estabelecida.
Robert Anton Wilson escreve em seu livro, "Prometheus Rising", uma frase bem interessante: " Tudo o que o pensador pensa, o provador prova. " Desconhecemos quem foi o autor desse gráfico universalista a que chamamos de Árvore da Vida.
O fato relevante é que, se compreendermos o que ela significa, acabaremos por adotar uma forma de vida mais saudável, plena e, conseqüentemente, mais feliz. Na verdade, é a ignorância da virtude e da verdade que nos coloca no estado de infelicidade. A Sabedoria é que nos ensina a viver de maneira plena, ampliando nossos potenciais. E a Árvore da Vida é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores instrumentos para nossa total realização


- O Esquema da Árvore da Vida
" Kaballah é a yoga do ocidente e, a Árvore da Vida, o meio pelo qual, através dos 3 pilares, o ser humano sobe por graus e séfiras, a "Escada de Jacó" para encontrar o significado da Vida. "

Como gráfico, ela é composta de três colunas denominadas Pilares. O Pilar do Meio é chamado de Pilar do Equilíbrio. O da esquerda, de Pilar da Severidade e, o da Direita, Pilar da Misericórdia. Poderíamos fazer uma outra associação, dizendo que o da esquerda é Mental e Construtor. O da Direita é Emocional e ligado à Arte. O do meio, funciona como a interação de ambos. Tal qual nosso cérebro, com seus hemisférios direito e esquerdo. Se fizermos uma comparação com a música do Oriente e a do Ocidente, entenderemos melhor esses dois Pilares, pois a música oriental não tem compassos nem seqüência lógica, embora haja uma grande harmonia. Já a música ocidental é metrificada, com tempos tão específicos que entendemos seu começo, meio e fim. Nesse sentido, podemos dizer que a Kaballah é a Mística do Ocidente, pois diferente do homem oriental, o ocidental precisa decodificar através de um processo lógico, tudo o que é necessário para que ele alcance a iluminação.
Os orientais sentam em meditação yoga durante um ou quarenta anos e alcançam um estado de "nirvana" sem a necessidade de compreender o que os leva a isso. Por esse motivo, podemos dizer que a Kaballah é a yoga do ocidente e, a Árvore da Vida, o meio pelo qual, através dos 3 pilares, o ser humano sobe por graus e séfiras, a "Escada de Jacó" para encontrar o significado da Vida.


- Séfiras (Esferas)

" Kaballah te direciona para um novo caminho, trazendo mais paz e segurança para a sua vida. "

O gráfico da Árvore da Vida é formado de 10 esferas ou séfiras, mais uma oculta. Portanto são 11. Em hebraico, séfira também significa número.
O número 11 foi adotado pelo sistema astronômico Ptolomaico, que já se relacionava Antes de Cristo com 11 planetas (para eles tudo o que tinha movimento no céu eram planetas): Terra, Lua, Sol, Mercurio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Portanto, desde a Antiguidade, já se sabia de planetas que só seriam descobertos milenios mais tarde. Para a Kabbalah, a séfira é a força mediadora entre o céu e a terra. Entre Deus e o homem.
Entre o Absoluto e o Material. É uma representação gráfica para melhor compreensão intelectual.


**KETHER

Significado
Kether é a séfira localizada no mais alto na Árvore da Vida. Está associada à luz, à coroa, ao ponto. Quando estudamos essa vasta área do conhecimento humano que é a Kaballah, verificamos que ela trabalha com os Quatro Mundos ou Quatro Dimensões.
Kether é também, nesse sentido, o ponto acima, ou um nível acima do plano em que nos encontramos, ou acima do plano que queremos nos relacionar. Desta forma, no nível imediatamente superior, Kether é Malcuth da próxima Árvore da Vida do Mundo imediatamente acima.
Porque Kether é relacionado às origens. Desta forma, a associação com a Coroa é perfeita, pois essa é aquilo que fica acima da cabeça. A Kaballah nos leva a crer que o Sagrado Espírito Orientador está acima de nós. O ponto, outro dos símbolos de Kether, é completo em si mesmo, sem dimensões, sem definições externas. É a unidade total, a semente de onde a partir dele todo o Universo cresce e se expande. Do Ponto de Luz, flui a luz para todo aquele que está no caminho de evolução. Todo o trabalho de oração, meditação ou ritualístico deve começar por uma invocação da Luz superior de Kether.
Esse ato produz uma sutil atividade dos planos inferiores. À Kether são atribuídas as letras hebraicas: Yod He Vau He, que também representam os 4 elementos de Malcuth : Fogo, Terra, Ar e Água. Isso define o axioma : As above so below. E a questão do Mal, que está implícita em Malcuth, só pode ser resolvida em Kether. Porque esta séfira é a única da Árvore da Vida onde não existe nenhum mal. As Lâminas dos Ases no Tarot pertencem à esfera de Kether, pois eles representam o Espírito em Ação. O Um, o primeiro, de onde tudo se origina. A Fonte.


Mitologia
Urano, o deus dos espaços, é o mais compatível com a séfira de Kether. A idéia de Infinito está explícita e implícita neste arquétipo. Lançando nova luz sobre esse mito, compreenderemos a idéia do Bem e do Mal. Este, não é nada mais nada menos que a Ignorância. O sábio só pratica o Bem. Para os celtas representa o Reino Perfeito de Avalon. A Mitologia Egípcia faz a associação com Keru-Pa-Kraath.

Conexão com a Astrologia
Urano é o regente de Aquarius e o planeta que se identifica com Kether. Há muita controvérsia sobre isso, pois alguns autores supõem que Kether seja associado à Netuno. Um estudo mais acurado irá mostrar que o "Ouranós" dos gregos tem mais a ver com a Luz dessa séfira que é a fonte de Luz e das Emanações.


Correspondências
Símbolos : A coroa e o ponto
Imagem Mágica : Um rei barbado visto de perfil
Figura Arcangélica : Metatron
Experiência Espiritual : União com Deus
Nome Divino : Eheiaheh
Chakra : Coronário
Atributo : Realização do bem
Vício : Desconsideração e ignorância
Nota Musical : O Som das esferas
No Reino Mineral : A platina (metal). brilhante e opala (gemas)
No Reino Vegetal : Âmbar (Botânica)
No Reino Animal : A Águia
Quanto aos Corpos: Inteligência admirável (corpo atmico)
Parte do corpo físico : A cabeça
Número : 1
As de Paus: Início da energia
As de Copas : Força emocional que se derrama da Taça
As de Espadas : Poder diante das dificuldades
As de Ouros : Poder e sucesso material

Cores nos Quatro Mundos :
Aziluth : Esplendor
Briah : Branco puro
Yetzirath : Branco brilhante
Assiah : Branco salpicado de ouro


**CHOCKMACH

Significado
Essa sefirot é chamada de Sabedoria. Se Kether é a Coroa, a cabeça da Árvore, o ponto de onde todas as manifestações da divindade emanam, Chockmach é a Linha, que vai conduzir a Sabedoria eterna.
Ela é a séfira mais difícil de ser compreendida. Porque ela deriva de um ponto no vazio, e se estende através dessa linha que é, nada mais nada menos, que o ponto que se estende no espaço. Essa linha é essencialmente dinâmica. Podemos considerá-la como um canal por onde passa a energia e/ou um fluxo sem organização.
A organização vai se dar em Binah. No nível mais abstrato, trata-se do Pai celestial, enquanto que Binah é a Mãe Celestial. Chockmach representa a idéia de virilidade, enquanto que Binah manifesta a idéia de feminilidade. Chockmach é o impulso de toda a manifestação, enquanto que Kether é a origem. Poderíamos dizer que Chockmach é o Ser, enquanto que Kether é o Não Ser. A idéia de Inconsciente coletivo também está inserida nessa séfira. Muitos autores se relacionam com o Oceano para designar o Inconsciente Coletivo. Assim, muitas religiões usam o mar para "descarregar" energias negativas.
Para eles, o mar tem um efeito purificador, pela grande capacidade de reduzir processos sutis de impressão que operam no sentimento do homem.


Mitologia
É Netuno para a mitologia romana, assim como Poseidon para os gregos, que se mantém no Panteão mitológico dos deuses. Da mesma forma que Chockmach representa o Inconsciente Coletivo no mito, Poseidon também não atua só. Ele está sempre rodeado das sereias, das nereidas e das danaides. Para os celtas é a própria Távola Redonda, com seus 12 Cavaleiros.

Conexão com a Astrologia
Netuno, regente do signo de Peixes, ligado à Espiritualidade é o que melhor se associa à Chockmach. Muito embora Júpiter seja o primeiro regente de Peixes, a descoberta de Netuno veio propiciar um acerto para a Astrologia, já que Netuno tem características mais condizentes com esse signo.


Correspondências
Símbolos : O falo, o pedestal e a torre.
Imagem Mágica : O zodíaco, os 12 cavaleiros da Távola Redonda
Figura Arcangélica : Ratziel
Experiência Espiritual : A visão do trono divino
Nome Divino : Jeovah
Chakra : Secundário
Atributo : Devoção
Vício : Fanatismo
Nota Musical : Todos os sons considerados mantrans devocionais
No Reino Mineral : Água Marinha ( Gema )
No Reino Vegetal : Almíscar
No Reino Animal : Baleia
Quanto aos Corpos: Inteligência iluminadora
Parte do corpo físico : Não consta
Número : 2
As de Paus: Domínio
As de Copas : Amor
As de Espadas : Paz
As de Ouros : Harmonia material
Rei de Paus : Energia dinâmica
Rei de Copas : Domínio sobre as emoções
Rei de Espadas : Mudança de direção
Rei de Ouros : Renascimento cíclico da Terra

Cores nos Quatro Mundos :
Aziluth : Puro e suave azul
Briah : Cinza
Yetzirath : Cinza perolado e translúcido
Assiah : Branco, com pintas vermelhas, azuis e amarelas


**BINAH

Significado
A Séfira de Binah é chamada de Compreensão. Mas também poderia ser chamada de Concretização ou, ainda , a séfira da Estrutura. Ela completa a Tríade Suprema. A Energia Divina vem pura de Kether, entra no processo de dualidade ainda desorganizada em Chockmach e toma forma em Binah.
Se Chockmach é o princípio da masculinidade cujo símbolo é fálico, Binah é o princípio da feminilidade cujo símbolo é a vagina. Esses dois símbolos definem a bissexualidade da alma. Uma das questões difíceis de entender na Árvore, é o fato de que a qualidade masculina da energia está em Chockmach, no Pilar da Misericórdia, ao passo que, a feminilidade, está no Pilar da Severidade. Tradicionalmente, a mãe, o elemento feminino é mais ligada à generosidade e ao amor incondicional. Por isso se torna difícil essa compreensão. Porém, se considerarmos o feminino e o masculino como Energia, então essa compreensão ficará mais acessível. A energia de Chockmach é pura vazão e, portanto, sem restrições. Só nesse sentido ela é irrestrita e, portanto, misericordiosa. A feminilidade, ao contrário, é limitada, portanto severa.
Os conceitos de gênero masculino e feminino são insuficientes para descrever esse intercâmbio energético que existe no Universo, e que é mostrado na Árvore da Vida. Binah, como complemento de Chockmach, é o desejo de criar, enquanto Chockmach é quase uma energia expontânea. Se Chockmach representa o Oceano do Inconsciente Coletivo, Binah é o mar a partir do qual surge toda a vida. Binah é a disciplina de organização. No nível mais abstrato, Binah é a Mãe Celestial, assim como Chockmach é o Pai Celestial. Não daria para entendermos uma séfira, sem a compararmos com seu polo oposto. Assim, se Chockmach é a Força, Binah é a Forma.

Mitologia
Na Roma Antiga era Saturno, o deus de tudo o que é concreto, assim como no Mito grego era Chronos, o Tempo, que engole seus filhos. Ambos severos, vão refletir sua organização para os celtas na função disciplinadora de Morgana, irmã do Rei Arthur. Para a Mitologia Egípcia é Nephthis, mas Ísis também é relacionada a essa esfera.

Conexão com a Astrologia
É ao planeta Saturno, que representa a forma, a concretização, que coube a tarefa de correlação com Binah no mundo da Astrologia. Este planeta é o regente de Capricórnio, o signo que se associa também à carreira, prestígio e fama. Mas, para isso, vale a experiência, o Tempo.


Correspondências
Símbolos : A Concha e a vagina
Imagem Mágica : Uma velha senhora
Figura Arcangélica : Tzaphkiel
Experiência Espiritual : A visão da dor
Nome Divino : Jeovah Elohim
Chakra : Nenhum
Atributo : Silêncio
Vício : Avareza
Nota Musical : Si
No Reino Mineral : Lápis lázuli, a turquesa e as gemas negras.
No Reino Vegetal : Mirra
No Reino Animal : O cabrito montês
Quanto aos Corpos: Inteligência santificadora
Parte do corpo físico : Ossos e dentes
Número : 3
As de Paus: Equilíbrio
As de Copas : Abundância
As de Espadas : Infortúnio
As de Ouros : Ganhos materiais
Rei de Paus : Domínio sobre a energia - Vontade
Rei de Copas : Serenidade
Rei de Espadas : Corta a fantasia para chegar à realidade
Rei de Ouros : Poder feminino material da terra.


**DAATH

Significado
Esta séfira é conhecida como O Abismo. Ela é relacionada ao desconhecido. É a esfera oculta. É a entrada para a Vida e a saída para a Morte. Ela se situa entre a Tríade Superior ( que representa a divindade ) e todas as outras esferas. Fica no ponto da junção cósmica entre o humano e o divino. Mostra, assim, que a vida vem de Kether através de Daath. O organismo que está em desenvolvimento fica ciente de si por meio do conhecimento de Daath. É nesse ponto que a entidade encarnada se separa da Unidade e se personifica. Esta esfera da Árvore da Vida se associa a Yesod, porque existe um campo eletro-magnético entre as duas, que conecta a percepção e consciência ao corpo ocasionando tanto as percepções físicas quanto as psicológicas.
O homem comum não chega a ter esse conhecimento. Somente a partir de Daath do Mundo yetzirático é que ele vai despertar. Sendo assim, é fácil a associação desta séfira com a Serpente do Kundalini. O Chakra Esplênico é a base dessa serpente ígnea, que sobe e se divide através dos dois nadis principais: Ida e Pingala, chegando ao processo de cura e conhecimento, para atingir os Chakras superiores : Laríngeo, Adjna e Coronário. E tudo isso acontece acionando um dos nadis principais que é o Shushuma. Para melhor entendimento, o Shushuma nada mais é do que o campo eletro magnético que se situa entre Yesod e Daath. Essa séfira também está ligada à idéia de renascimento e ressurreição. Na Árvore da Vida ela está colocada logo acima de Tiphereth, mostrando nitidamente a ressurreição do Christo, uma vez que Ele é o representante de Tiphereth.
A premissa que nos leva à compreensão que existe uma vida após a morte está implícita na séfira de Daath. Somos originados por Kether, a Energia ou Espírito Único, nos formamos pelo Pai e pela Mãe Celestiais ( Chockmach e Binah ) e saímos para a vida física através de Daath. No momento da morte, fazemos o caminho inverso.


Mitologia
Há várias figuras mitológicas concernentes à esta séfira. Para os gregos era Hades, o deus do mundo tectônico. Para os romanos é Plutão, o Senhor dos Infernos. Mas os Infernos greco-romanos não são semelhantes aos da Igreja Católica. São estágios para onde se encaminha a alma após a morte. Para os egípcios é Osíris, mas a deusa Ísis participa ativamente dessa área, uma vez que foi ela quem fez a reconstrução do corpo de Osíris morto. Esse relato mítico inspirou Madame Helena Blavatsky a escrever sua obra: Ísis sem véu. A deusa Maat, que pesa a alma dos mortos no Duat Egípcio também pertence a essa séfira.

Conexão com a Astrologia
Para a Astrologia, é o planeta Plutão que se refere à Daath. Foi descoberto em 1.930 e só então passou a reger o signo de Escorpião. Na Antigüidade, era Marte quem operava essa regência. Mas Plutão tem mais afinidades com este signo do que Marte. Pela sua relação com a morte, com a vida após a morte (com heranças num sentido mais prático), e com o lado oculto da vida. Num sentido amplo, todas as ciências ocultas são da esfera de Escorpião e Plutão. As artes mágicas e divinatórias também.


Correspondências
Há muito poucas correspondências com Daath. As mais freqüentes são as mitológicas e astrológicas. O que se sabe é extraído de pesquisas. Por exemplo:
Chakra : Laríngeo
No Reino Mineral : Blood Stone ( Gema )
No Reino Vegetal : A árvore da romã e o cardamomo
No Reino Animal : A Serpente
No Reino Imaginário : Cérbero, o cão de 3 cabeças


**GEBURAH

Significado
Geburah é Força, luta, empenho e ação. As palavras que a definem são coragem, destemor, iniciativa e capacidade de liderança. Por isso todos os arquétipos ligados a essa esfera de atuação são os soldados, os gladiadores, os aventureiros, e todos os que personificam os guerreiros, incluindo os atletas. Nas artes marciais, ensina-se também o lado espiritual da luta e da vitória, que é a essência de Geburah. Sob o ponto de vista do Eu Superior, Geburah utiliza o princípio de uma avaliação severa da personalidade. Geburah apresenta o aspecto catabólico da força, ou seja, aquele aspecto de todo o procedimento vital que se relaciona com a liberação da energia.
Existem títulos que são atribuídos à Geburah, e eles contém, em si, os aspectos de dualidade dessa esfera da Árvore da Vida : severidade, justiça, força e poder. A séfira de Geburah pode revelar que, com um julgamento mental correto e uma ação positiva, é possível concretizar algo desejado. Por essa razão, ela não pode ser analisada sem levar em conta a séfira oposta : Chesed. Cabe a cada um de nós "Agir", palavra relativa à Geburah, para que qualquer dificuldade seja superada. Mas uma ação, sem considerar o que é necessariamente justo, termina em guerra. E durante a vida nos deparamos com as batalhas pessoais e as guerras coletivas, tudo sob a ação desconsiderada de Geburah. Daí a necessidade de equilibramos nossas atitudes através dos conceitos da séfira oposta que é Chesed.


Mitologia
Para a Mitologia greco - romana, é Marte, o deus da Guerra, quem desempenha o papel do mito nessa séfira. Nas guerras da Antigüidade, ele era colocado como um símbolo nas bigas que iam à frente dos combates. Para os celtas, é Sir Lancelot, o guerreiro do Rei Arthur. É Horus para a Mitologia Egípcia. Os cristãos ligam as figuras de Joanna D´Arc e São Jorge à esta séfira.

Conexão com a Astrologia
O planeta Marte, considerado o arquétipo do pioneirismo, do guerreiro e da força, é associado a Geburah. Marte não é estagnado. Marte é ação, desempenho e luta. Somente um Marte mal aspectado numa carta astrológica vai fazer uma pessoa fraca e sem iniciativas.


Correspondências
Símbolos : O pentágono, a Espada e a Lança
Imagem Mágica : Um poderoso Guerreiro em seu carro
Figura Arcangélica : Michael
Experiência Espiritual : Visão do Poder
Nome Divino : Elohim Geburah
Chakra : Secundário
Atributo : Energia e Coragem
Vício : Destruição e Crueldade
Nota Musical : Dó da Clave de Sol
No Reino Mineral : Cobre (Metal) Coral vermelho (Gema)
No Reino Vegetal : Tabaco, Cravo, Canela e as Pimentas
No Reino Animal : O Carneiro
Quanto aos Corpos: Inteligência Radical
Parte do corpo físico : Ombro Direito
Número : 5
Cinco de Paus: Energia em alta
Cinco de Copas : Conflitos emocionais
Cinco de Espadas : Perdas
Cinco de Ouros : Nova fase financeira

Cores nos Quatro Mundos :
Aziluth : Laranja
Briah : Vermelho escarlate
Yetzirath : Vermelho brilhante
Assiah : Vermelho, salpicado de negro


**CHESED

Significado
Esta séfira é considerada como a Preservadora. Ela protege aquilo que o Grande Pai gerou, com generosidade e equilíbrio. Controla a Ação de Geburah, continua a obra de Chockmach e vislumbra o futuro. Por essa razão, Chesed é considerada como uma das fases da Criação, pois aquele que não tem um sonho e uma visão do porvir, perde a capacidade de criar.
É aqui que a consciência se eleva e recebe a inspiração da séfira que trabalha no plano da forma. Por isso, sua relação com a expansão. A benevolência e a misericórdia estão intrinsecamente ligadas ao plano de Chesed. Mas a obediência também tem seu lugar aqui, já que a expansão e a independência sem a obediência às leis cósmicas levam ao caos. Temos ouvido muito falar do Quarto Caminho e da Quarta Dimensão. Essa esfera de número 4 mostra que só chegaremos a isso com uma base sólida, organizada para o bem comum. Sem a extensão de Chesed não será possível. Pois ela é a séfira que nos mostra o caminho da prosperidade em todos os níveis. Mas só realizaremos esse ideal quando a humanidade chegar à compreensão dessa esfera do conhecimento, usando os recursos da natureza e derramando essas virtudes para todos. Chesed representa os 4 elementos de equilíbrio com sua força anabólica de construção.


Mitologia
Chesed se encontra arquetípicamente ligada ao grande Zeus da mitologia grega. Um deus que era o poderoso do Olimpo mas, ao mesmo tempo, tinha fraquezas humanas. Bondoso e magnânimo, mas lançava os raios da ira que tanto assustava os homens. Conta o mito que os terrenos se assustavam quando ouviam o trovão, pois significava que Zeus estava zangado. Na Roma Antiga seu nome era Júpiter. Para os celtas é a figura de Guinevere, esposa do Rei Arthur, mulher educada, humana e popular que desempenhava o papel de estabilidade e expansão do reino. Para os egípcios era o deus Amon.

Conexão com a Astrologia
O planeta Júpiter, o grande benéfico da Astrologia, é quem se relaciona com a séfira de Chesed. Regente do signo de Sagitário, é o agente de expansão, de aumento, mas também do exagero.


Correspondências
Símbolos : A Pirâmide, o globo e a cruz de 4 braços iguais
Imagem Mágica : Um rei poderoso sentado no trono
Figura Arcangélica : Tzadkiel
Experiência Espiritual : A visão do amor
Nome Divino : El
Chakra : Secundário
Atributo : Obediência
Vício : Gula e hipocrisia
Nota Musical : Lá
No Reino Mineral : Ametista e a safira azul
No Reino Vegetal : Carvalho e o anis estrelado
No Reino Animal : O centauro e o cavalo
Quanto aos Corpos: Inteligência receptiva
Parte do corpo físico : Braço esquerdo
Número : 4
Quatro de Paus: Tarefa completa
Quatro de Copas : Exagero
Quatro de Espadas : Descanso , sossego
Quatro de Ouros : Ordem

Cores nos Quatro Mundos :
Aziluth : Violeta
Briah : Azul
Yetzirath : Púrpura
Assiah : Azul Real


**TIPHERETH

Significado
Bem no Centro da Árvore da Vida se encontra a séfira de Tiphereth. É ela a mais importante de todas as séfiras, uma vez que sua colocação se acha na posição de equilíbrio de todo o esquema da Árvore. Do ponto de vista das religiões, a séfira de Tiphereth é considerada como o Centro Crístico. É aí que as religiões cristãs se apoiam e também todas aquelas que têm como símbolo maior, os deuses sacrificados.
As religiões panteístas se identificam com a séfira de Yesod. As metafísicas, tais como o Budismo e o Confucionismo, se centralizam em Kether, mas a fé cristã tem como característica o centro de Tiphereth. Em vários gráficos de Árvores, temos 3 figuras principais representando essa séfira : a criança Bacchus Dionisius, a Cruz como presença crística e o Rei Arthur. Como Tiphereth está associada ao Sol, o doador da Luz, cada uma dessas figuras, à sua maneira, representa um dos aspectos dos deuses sacrificados.
Embora o trabalho de Dionisius não seja compreendido pela maioria das pessoas, que vêem nele o representante da luxúria, a criança representa a pureza e a inocência. Tiphereth nessa posição vai elucidar todo o trabalho do adepto, ou do estudante, que acabará por compreender que é necessário o sacrifício para poder alcançar a Luz Superior, que faz parte do caminho. Esse sacrifício é embasado no fato de que teremos que chegar à compreensão em relação ao nosso semelhante, pois cada um de nós está em uma das etapas do trabalho de evolução. Compreender, aceitar e não julgar, é uma tarefa de capital importância para essa séfira. Esse tipo de Compreensão está ligado à consciência superior, onde o ser humano se torna puro e se identifica com a realidade maior e transcendente.


Mitologia
Na Mitologia grega, Apolo se identifica com o Sol, conseqüentemente com Tiphereth. Mas todos aqueles considerados como os deuses sacrificados, pertencem à área de Tiphereth. Cristo para a mística cristã, Odin para os nórdicos, a criança Dionisius para a Mitologia Pan-helênica e para os celtas, o Rei Arthur. Para a Mitologia Egípcia é Rá. Só não cabe aqui Osíris pois, pela sua associação com a Morte, ele é relativo à séfira de Daath.

Conexão com a Astrologia
Uma vez que Tiphereth está no centro da árvore, é a estrela, o Sol do nosso sistema, que corresponde à esta séfira. O Sol, que dá vida, luz e calor, a energia que nos lembra o centro cardíaco do amor e da compaixão. Na Astrologia, o Sol é também a Criatividade.


Correspondências
Símbolos : A Cruz do Calvário e a estrela de seis pontas
Imagem Mágica : Um rei. Uma criança. Um deus sacrificado.
Figura Arcangélica : Khamael
Experiência Espiritual : Visão harmônica do mundo
Nome Divino : Tetragrammaton
Chakra : Plexo Solar e cardíaco
Atributo : Devoção à grande obra ( The Great Work )
Vício : Orgulho
Nota Musical : Sol da clave de sol
No Reino Mineral : Ouro (Metal) Rubi (Gema)
No Reino Vegetal : Olíbano, girassol e "Mary gold"
No Reino Animal : Leão
Quanto aos Corpos: O Corpo mental superior, ou corpo causal.
Parte do corpo físico : Coração
Número : 6
Seis de Paus: Vitória
Seis de Copas : Vitória após um esforço.
Seis de Espadas : Sucesso Merecido
Seis de Ouros : Sucesso Material
Príncipe de Paus: Enorme força
Príncipe de Copas: Energia dinâmica que contém as emoções.
Príncipe de Espadas: Capricho e inconstância.
Príncipe de Ouros : Comando sobre o poder mundano.

Cores nos Quatro Mundos :
Aziluth : Rosa dourado
Briah : Amarelo dourado
Yetzirath : Salmão
Assiah : Âmbar dourado


**HOD

Significado
Hod é a mente Individual, a Lógica, a Razão. É Hod quem propicia a forma através do processo mental. Hod capta as imagens formadas em Yesod e elabora, a forma pensamento que se materializa é trabalho de Hod. Essa séfira opera de forma que a mente possa formar conceitos e compreenda. É ela que corresponde ao processo racional, por isso também diz respeito à literatura, à informação, à comunicação, à locomoção, e também ao comércio. Cada vez que fazemos uma abordagem intelectual estamos usando nosso conhecimento de Hod. E também a nossa possibilidade de adaptação. Pessoas que são extremamente ligadas a essa esfera, são os intelectuais frios.
É necessário equilibrar essa séfira com a oposta, que é Netzach. Sem essa ponte de equilíbrio, o racional se torna calculista e sem emoção. É de extrema importância que as duas séfiras estejam em harmonia, para que uma, Hod esteja funcionando com a Inteligência Absoluta, e a outra, Netzach consiga concretizar seus sonhos. Na Maçonaria, o símbolo de Hod é o Avental. Isso porque nas lojas maçônicas, a idéia é construir. Para se deitar mãos ao trabalho, se necessita do avental.
Se observarmos como se usa o avental, veremos que ele cobre a região do corpo físico relativa à Yesod. E esta séfira, por sua vez, se relaciona com o mundo astral, o mundo das projeções. Por analogia, o que está por trás da forma concreta, é produto de nossos pensamentos que foram projetados pela nossa emoção. Daí a particular necessidade de vigiarmos nossas emoções e pensamentos, para que não concretizemos coisas desagradáveis. A mesma emoção/pensamento que cria momentos difíceis, pode nos ajudar a concretizarmos o Bem. Nos Mistérios Menores das Escolas Herméticas, Hod opera o aspecto funcional, como um pedreiro, isto é, como um construtor das formas.


Mitologia
O mito romano relativo à Hod é Mercúrio, o deus alado, com asas no capacete e asas nos pés, representando a rapidez de pensamento e a mobilidade de locomoção. Para os gregos é Hermes, aquele cuja mente é profunda, perspicaz e se endereça para as ciências ocultas. Para os celtas, é o Mago Merlin que desempenha o papel de Hod, aquele que engendrou toda a Magia do Reino de Camelot. E para o Egito Antigo é Anubis.

Conexão com a Astrologia
É Mercúrio quem representa Hod na Astrologia. Por sua mobilidade e rapidez, esse planeta é associado às idéias, pensamentos e palavras. É o responsável pela comunicação e também pela locomoção, mas seu papel fundamental é relacionado com o uso adequado da inteligência.


Correspondências
Símbolo: Um avental
Imagem mágica : Um hermafrodita ou um Anjo
Figura Arcangélica : Raphael
Experiência Espiritual : Visão do Esplendor
Nome Divino : Elohey Tzabaoth
Chakra : Secundário
Atributo : Veracidade
Vício : Falsidade, desonestidade
Nota Musical : Mi
No Reino Mineral : Mercúrio ( Metal ) e o Topázio ( gema )
No Reino Vegetal : O Estoraque, a Alfazema e o Zimbro e os Cítricos.
No Reino Animal : O Veado
Quanto aos corpos : Corpo Mental Inferior
Parte do corpo físico : Lado direito da bacia
Número : 8

Lâminas do Tarot :
Oito de Paus : Rapidez
Oito de Copas : Sucesso através do Esforço
Oito de Espadas : Diminuição da Força
Oito de Ouros : Prudência

Cores nos Quatro Mundos :
Aziluth : Violeta - Púrpura.
Briah : Laranja.
Yetzirath : Roxo avermelhado.
Assiah : Preto salpicado de Amarelo



**NETZACH

Significado
Da mesma forma que Hod significa o mental e a forma que se dá ao plano intelectual, Netzach representa os instintos e as emoções. Esta séfira trata do plano emocional e instintivo. Em Netzach tudo é mais "percebido" do que intelectualizado. Mas as atividades de Netzach não podem ser separadas de Hod. As duas séfiras formam um par funcional. Poderíamos dizer que os dois verbos mais adequados para as duas séfiras seriam: pensar (Hod) e sentir (Netzach).
Compreenderemos Netzach se entendermos que é nessa esfera que se trabalha e se integra toda a nossa afetividade e os nossos instintos. Enquanto Hod intelectualiza, Netzach sente e percebe. Enquanto Hod é ligado à palavra escrita e falada, portanto aos comunicadores: escritores e oradores, Netzach é associada aos pintores, músicos e poetas. Quando falamos de Amor, sensibilidade e emoção, estamos atuando em Netzach. Nas antigas civilizações eram incluídas em Netzach todas as atividades onde entra o Afeto, seja a camaradagem entre os guerreiros, seja o relacionamento entre professor e aluno, seja o amor entre um homem e uma mulher.
No cumprimento da função sexual, várias séfiras entram em ação. Em Netzach há o relacionamento e interação sutil da força vital entre dois fatores: fluxo e refluxo, estímulo e reação, mas ultrapassando e muito a esfera do sexo. Ela atua também em outros níveis de consciência. Através de um sutil magnetismo, inspira a mente, e a mente dirige as emoções. As emoções, por sua vez, assumem a atividade do duplo etéreo, que por sua vez atua no veículo físico. A tríade formada por Yesod, Hod e Netzach, unem a criação, mente e coração (Emoção).


Mitologia
Para os gregos, é Afrodite, assim como para os romanos a Vênus, a figura mitológica que eqüivale a Netzach. Ambas representam o Amor e a Beleza. No Egito, é Hathor que desempenha esse papel. Para os celtas é Nimue, a amada do mago Merlin, amante e inspiradora musa. Já os nórdicos, associam-na à Frigga.

Conexão com a Astrologia
Vênus é o planeta cujo arquétipo representa o amor, a arte, a estética, mas também a segurança em todos os níveis, inclusive a financeira. Mas tanto o signo da Balança, quanto o signo de Touro, ambos regidos por esse planeta se encaixam na séfira de Netzach


Correspondências
Símbolos: A rosa, o cinto e a lâmpada
Imagem Mágica: Uma bela mulher nua
Figura Arcangélica : Haniel e Oriel
Experiência Espiritual : A Visão da beleza do universo
Nome Divino: Jeovah Tzabaoth
Chakra: Secundário
Atributos: Amor e desprendimento
Vício: Luxúria
Nota Musical: Dó
No Reino Mineral : Platina ( Metal ), brilhante, turmalina e esmeralda.
No Reino Vegetal : Benjoim, rosa e sândalo
No Reino Animal : Touro
Quanto aos corpos : Inteligência oculta.
Parte do Corpo físico : Rins e quadris
Número : 7


Lâminas do Tarot :
Sete de Paus: Valor.
Sete de Copas: Sucesso ilusório.
Sete de Espadas: Esforço na instabilidade.
Sete de Ouros: Sucesso dentro da instabilidade.

Cores nos Quatros Mundos:
Aziluth : Âmbar
Briah : Esmeralda
Yetzirath : Verde bem brilhante
Assiah : Oliva salpicado de ouro


**YESOD

Significado
De acordo com Eliphas Levi e Madame Blavatsky, Yesod é o plano sutil, o plano Astral que serve de base ao mundo físico. É chamado também de plano lunar. A Lua recebe a luz do Sol que, por sua vez, é representado pela séfira de Tiphereth que se localiza logo acima de Yesod. Essa imagem da Lua que é atribuída a Yesod é essencialmente fluida e com fluxos e refluxos que governam o Elemento Água. Um dos conceitos adequados para Yesod é que a idéia dessas águas fluídas do caos se reúnem e se organizam por meio de representações que foram desenhadas em Hod . Portanto, Yesod participa tanto da natureza da Mente ( Hod ) quanto da Matéria ( Malcuth ).
Mas nada podemos explicar separado do todo. Temos que nos relacionar com algo maior. O quinto elemento, o éter é atribuído a esta séfira. E aí voltamos ao Princípio das Correspondências: tudo aquilo que é manifestação como fenômeno físico, tem a sua contrapartida no Imanifesto. Assim como a Árvore tem o seu Imanifesto na Tríade de Ain, Ain Soph, Ain Soph Or. Ou, como dizia Platão, cada forma concreta tem uma correspondência no Mundo Arquetípico das Idéias.
Devemos conceber Yesod como o receptáculo das emanações de todas as outras séfiras e o mais próximo e imediato transmissor dessas emanações à Malcuth. Por este motivo, à Yesod é atribuído o campo das Emoções. Yesod é a base das nossas origens, a família a que pertencemos, nossa memória e o passado. Não só o passado dessa vida, como também das memórias anteriores, chamado de memória akashica. É também a área da fantasia e da imaginação. Representa a Fundação, a Fecundação, o Alicerce e o Ego. É nesta séfira que se localiza o Depósito das Imagens.


Mitologia
Todas as deusas lunares fazem parte da Mitologia atribuída a Yesod: Diana, a caçadora, Selene, Cibele, e também Hécate, que é a relacionada aos recônditos da alma humana. Para os celtas, Yesod, sendo o receptáculo, é a Taça, o Santo Graal. É a Durga para os hindus. Nas imagens cristãs, são as Madonas representadas com as luas aos pés.

Conexão com a Astrologia
Na Astrologia Tradicional, é o satélite da Terra, a Lua, responsável pela Alma, pelas emoções e pelas origens. Na Astrologia Esotérica, a Lua é regente de Peixes, pela sua associação com os fluxos e refluxos das marés.


Correspondências
Símbolo : O Cálice
Imagem Mágica : Um forte e belo homem nu
Figura Arcangélica : Gabriel
Experiência Espiritual : A visão do mecanismo do Universo.
Nome Divino : Shaddai El Hay
Chakra : Esplênico
Atributo : Estabilidade Emocional
Vício: Ociosidade
Nota Musical: Mi
No Reino Mineral : a Prata ( Metal ) e a Pérola ( Pedra )
No Reino Vegetal : Jasmim, Lírio e Gingseng
No Reino Animal : Lebre
Quanto aos corpos : Corpo Astral ou campo das Emoções.
Parte do corpo físico : Aparelho genital masculino e feminino
Número : 9

Lâminas do Tarot :
Nove de Paus : Grande Força
Nove de Copas : Felicidade
Nove de Espadas : Desespero e Crueldade
Nove de Ouros : Ganho Material

Cores nos Quatros Mundos:
Aziluth : Índigo
Briah : Violeta
Yetzirath : Púrpura
Assiah : Citrino salpicado de Azul


**MALKUTH

Significado
Vários autores e cientistas da Antigüidade concordam que os 4 reinos da Natureza (Mineral, Vegetal, Animal e Humano) são compostos dos 4 elementos: Fogo, Terra, Ar e Água. Se observarmos a Árvore da Vida, na esfera da Malcuth temos 4 cores diferentes que representam estes elementos e reinos. O Elemento Fogo corresponde à Energia e ao Espírito em todos os Reinos. O Elemento Terra corresponde à Matéria em todos os Reinos. O Elemento Água corresponde evidentemente a todos os líquidos em todos os Reinos e, finalmente, o Elemento Ar corresponde à Mente e aos 3 aspectos da Mente: Consciente, Subconsciente e Superconsciente de todos os Reinos.
É evidente que temos um quinto reino, assim como um quinto elemento, mas estes não pertencem à esfera de Malcuth. É um elemento pertinente à séfira de Yesod (clique a séfira de Yesod para saber mais à respeito). Todos os corpos materiais têm uma mesma resposta semelhante em qualquer dos elementos. O que deve ser levado em conta é o arranjo molecular de cada um. Por exemplo: Na Medicina Ayurveda há um princípio que diz: "O corpo é constituído de átomos. O átomo é composto de partículas. As partículas são flutuações de energia e informação num vazio de energia e informação". Para melhor entendermos: o grosso da matéria é essencialmente não material. De fato, 99 por cento do corpo é, nada mais, nada menos, que espaço vazio. Mas, ao mesmo tempo, é inteligência, esta qualidade não material de informação que regula, constrói e governa o corpo. E a mesma inteligência do espaço interior é parte e continuação do espaço externo. A natureza vai à mesma fonte para criar as galáxias, uma floresta tropical, o corpo humano, ou até o pensamento.
De acordo com Einstein, matéria é energia congelada. A física quântica diz que "Quando a energia se torna circular ela se materializa, ou seja, nos dá a percepção de matéria. É partícula física e pode ser percebida. Já a energia que segue em linha reta é energia pura e só conhecemos através dos efeitos. Pois ela é onda vibratória. A luz é considerada um fenômeno material e ao mesmo tempo um fenômeno ondulatório. Massa e Energia. Partícula e Onda".

Se quisermos olhar de outra forma, temos, em Malcuth:
1. A Terra, o planeta que habitamos
2. Os 4 reinos: homem, vegetal, animal e mineral
3. O corpo humano
4. Todas as formas de matéria concreta.


Mitologia
Para os gregos, Malcuth se relaciona com Gea, a deusa da Terra. Mas é Demeter, a deusa mãe da Terra cultivada, que mais se assemelha ao trabalho de Malcuth. É chamada de Ceres pelos romanos. Quanto à Mitologia Celta, esta séfira é comparável a Camelot, o ideal ocidental de mundo perfeito.

Conexão com a Astrologia
Na Astrologia, Malcuth representa, em primeiro lugar, a Terra, planeta em que habitamos e onde temos que trabalhar para torná-la agradável e segura. Também é a sede dos 4 Elementos. Mas a maioria dos autores designam o signo da Virgem como sendo o mais ligado à Malcuth.


Correspondências
Símbolo : Os 4 Elementos
Imagem Mágica : Uma jovem coroada, sentada no trono.
Figura Arcangélica : Sandalphon
Experiência Espiritual : A visão do Anjo da Guarda
Nome Divino : Adonai
Chakra : Básico ou Chakra Raiz
Atributos : Segurança e paciência
Vício : Avareza
Nota Musical : Fá
No Reino Mineral : Cristal de Rocha
No Reino Vegetal : Papoula, Patchouli e Hortelã
No Reino Animal : ( animal imaginário dos 4 elementos) a Esfinge
Quanto aos corpos : corpo físico
Parte do corpo físico : Pés e períneo
Número: 10

Lâminas do Tarot :
Dez de Paus: Opressão
Dez de Copas : Sucesso
Dez de Espadas : Ruína
Dez de Ouros : Riqueza
Princesa de Paus : Transformação
Princesa de Copas : Evolução
Princesa de Espadas : Controle sobre a Mente
Princesa de Ouros : Crescimento Material

Cores nos Quatros Mundos:
Aziluth : Amarelo
Briah: Castanho avermelhado
Yetzirath: Verde Oliva
Assiah: Preto





**MANTRAS NA KABBALAH

Os Setenta e dois nomes sagrados das milhares expressões da vida de Deus

O mantra produz uma "forma-pensamento" e um "poder sonoro" que conduzem a uma "forma-semente". Esta "forma-semente" representa a natureza das energias básicas das forças da vida. O mantra representa um conjunto de padrões de som e de formas-pensamento capaz de codificar a consciência na consciência de luz. São setenta e dois nomes divinos de um Deus vivente e revelador conforme J. J. Hurtak em seu livro "The Sevent--two Sacred Names of the myriad expressions of the Living God". Podem ser usados:
- para iniciar um forte elo de ligação com o Pai Divino.
- para o avanço da Alma, em orações e meditações pessoais para abrir os véus e portões.
- de modo que exista uma rede ativada, através da qual a luz pode operar.
- para curar e ajudar outros irmãos através de orações.
- para a paz planetária em tempo de crise.
- para a proteção da nossa vestimenta física ou espiritual à medida que eles ajudam a criar uma parede de luz para fortalecimento e concentração."

-1 Mantra KODOISH, KODOISH, KODOISH ADONAI TSEBAYOTH
(Kodóich, Kodóich, Kodóich Adonói Tsabeyót) (Santo, Santo, Santo é o Senhor , Soberano do Universo)
O mantra Kodoish, Kodoish, Kodoish Adonai Tsebayoth une todos os biorritmos do corpo (personalidade encarnada) com os ritmos espirituais do corpo do Eu Superior (Ajustador de Pensamento), de modo que todos os sistemas circulatórios operem como um batimento do coração cósmico. O mantra Kodoish, Kodoish, Kodoish Adonai Tsebayoth deve ser feito para discernir entre as forças celestiais espirituais e as "negativas". A saudação ativa um padrão de ressonância com o Trono do Pai que as "forças negativas" não conseguem suportar quando cumprimentadas com esta saudação. Esta saudação é tão forte que as "forças negativas" não conseguem permanecer nem por um lapso de tempo na presença de sua vibração.
O mantra Kodoish, Kodoish, Kodoish Adonai Tsebayoth cria distorções temporais-mentais-espirituais dentro de nosso corpo, que nos permitem crescer de um pequeno microcosmo ao nível próximo da Divindade. O mantra Kodoish, Kodoish, Kodoish Adonai Tsebayoth é a chave da transformação e a vibra
ção central coordenando todas as vibrações com o veículo espiritual do Homem.

-2 Mantra LAYOOESH SHEKINAH (Leyoéch Checáina) (A Coluna de Luz da Presença Divina)
O mantra Layooesh Shekinah é um pilar de luz protetor e a luz guia do espírito. Emana do ofício de Shekinah e dos conselhos de luz. . Quando oramos pela luz da sabedoria, através do pilar de luz, todas as coisas que têm trabalhado contra a vestimenta do Espírito do reino da escuridão são superadas. O mantra Layooesh Shekinah dissolve todas aquelas coisas que têm trabalhado contra a linguagem do Espírito Santo e contra os 72 Nomes do Pai. O mantra Layooesh Shekinah age como um código que energiza os outros Pilares sustentadores da Árvore da Vida. O mantra Layooesh Shekinah energiza o poder de ascensão e descida da Divina Presença como o veículo usado para a intervenção e libertação Divina, quando ancorado como uma escada de luz com os Santos da Terra. O mantra Layooesh Shekinah é a ativação dos Portais de Luz e o código para o Êxodo superior - entre os mundos.

-3 Mantra OSE SHALOM (Osa Chalón) (Criador / Criação da Paz)
O mantra Ose Shalon é usado para o Criador ou a Criação da Grande Paz que reconcilia nosso mundo com outros mundos internos - outras dimensões de existência. Podemos manifestar um aspecto desta paz se invocarmos este Divino Nome do Pai. O mantra Ose Shalon cria a configuração interna através da qual todos os elementos do Universo são mantidos unidos em um processo significativo. O mantra Ose Shalon contém uma força sustentadora, poderosa que trabalha para re-sintetizar todos os elementos iniciais da vida que entraram na criação do substrato deste Universo - como um buraco negro.

O mantra Ose Shalon é a paz através da qual a Inteligência superior trabalha em apoio à inteligência humana, assim como aquele Poder que trabalha como um escudo de tempo equilibrando os quadrantes e divisões de cada rede planetária.

-4 Mantra RUACH ELOHIM (Ruák Elojím) (O Espírito da Divindade Criadora Vivente)
O mantra Ruach Elohim representa o Espírito Vivente de Deus que existe como um depósito de Energia Eterna que é usado por todos os Filhos e Filhas experimentais nos Céus. A quintessência superior desta expressão é o Espírito (Ruach) que se estende do Pai Eterno aos 24 Anciões perante o Trono. Em tempo planetário, é o trabalho do Ofício de Cristo, que recoloca os níveis superiores da fusão espiritual para o derramar dos dons.
- 24 Anciões - Senhores que se sentam à presença de YHWH trocando periodicamente suas ordens e sua glória com outros Mestres.
- Fusão Espiritual - consiste na harmonização completa entre o Mortal Ascendente do Tempo e do Espaço (Eu Inferior) com o Ajustador de Pensamento (Eu Superior). Esta fusão consome instantaneamente o corpo material e o Mortal desaparece em uma "carruagem de fogo".

-5 Mantra SHEKINAH ESH (Checáina Ech) (O Fogo do Espírito Santo (Divina Presença))
O Fogo é uma força Espírito-Luz que permite a expansão, troca ou fluxo contínuo de várias realidades com a realidade original. O Fogo se manifesta do Reino do Pai unificando o trabalho dos 7º, 8º e 9º chakras. Seu papel central no nosso Mundo é superar a limitação do corpo tridimensional. As línguas de Fogo e todos os tipos de poder parafísico são transferidos através desta força para permitir que sejamos - como Cristo - uma luz no mundo da escuridão. Visualizemos uma Pomba circundada por um Fogo Flamejante e nós usaremos as Línguas de Luz que aparecem sobre nossa cabeça para falar a Sabedoria de Deus. Aqui nós começaremos a reconhecer a "paz que atravessa todo o entendimento", quando nós experimentarmos o testemunho interior entre o espírito dentro de nós e o Espírito "em fogo".
Ele presta testemunho que nós somos os verdadeiros Filhos e Filhas de Luz através da extensão do Corpo Espírito Luminoso, o qual é vertido em nossa vestimenta de carne. Agora nós podemos testemunhar
formas-pensamento ígneas descerem dos Reinos do Ofício de Shekinah para iniciar uma mudança quântica na Terra.

-6 Mantra SHEMESH YAHWEH (Chémech Yáhweh) (A Filiação de Yahweh)
O mantra Shemesh Yahweh representa a Filiação Vivente daqueles que assumem a responsabilidade para fazer a Vontade do Pai que está nos céus. É o ofício do Cristo Miguel ou o Amor Divino que é realizado através da cruz cósmica, a conjunção do Cristo Celestial com o Corpo de Serviço de Jesus, Humano Mortal Ascendente. O mantra Shemesh Yahweh desperta o embrião divino vivente dentro de nós buscando reprogramar o corpo inteiro. Esta é uma vida de adoração e estudo em companheirismo com os Santos, trazendo ensinamento que é suficiente para a unificação da Irmandade do Homem e a Irmandade da Luz. Que possa o Shemesh Yahweh estar sobre nós! Deixai o fogo do Shemesh Yahweh estar sobre nossas cabeças e possam as luzes do raio e as Luzes da vela iluminar e ir por todo o mundo.

-7 Mantra SHEM SHEL GEBURAH (Chem Chel Guebúra) (Força Dinâmica do Nome Santo)
O mantra Shem Shel Geburah consiste em uma afirmação para o poderoso Nome que reprograma os meridianos bioquímicos e os limiares genéticos de nosso corpo, buscando sentir uma presença interna divina do Espírito. Através do Poder dos Nomes Divinos nossos cristais de sangue tornam-se como uma jóia multicolorida que pode falar e pronunciar Verdades superiores. O mantra Shem Shel Geburah é usado para edificar uma parede de proteção a qual pode sobrepujar tudo aquilo que vai contra os pensamentos, palavras e obras do Altíssimo.
O mantra Shem Shel Geburah trabalha com os Sete Espíritos Guardiões e os Ajustadores de Pensamento (Presença Eu Sou) que governam os reinos interdimensionais de criação e através da Dinâmica de Sabedoria e Misericórdia, equilibram as forças inferiores e trazem Justiça para o mundo material. O mantra Shem Shel Geburah gera poderosas (Geburah) formas-pensamento que são implantadas através do Nome Dinâmico (Shem Shel).

-8 Mantra Y-H-W-H (Yod He Wod He) (A Essência de Deus)
O mantra Yod He Wod He revela a essência interior e os ofícios do Pai promovendo a glória das 24 dimensões. O mantra Yod He Wod He funciona como o código da criação física programando e reprogramando as hastes do DNA e do RNA de acordo com as 64 códigos de letras flamejantes. O mantra Yod He Wod He é um tetragrama que detém o poder de programação da Mente Superiora, a coroa de luz que governa o esquema de sustentação dos corpos. O mantra Yod He Wod He permite a ascensão e a descida das Ordens de Criação de Luz entrando através das dimensões da raça adâmica. O mantra Yod He Wod He é a chave para todo Nome Sagrado e o código que invoca Miguel, Metatron e Melquisedec como Senhores dos Mundos de Experienciação. O mantra Yod He Wod He é o nome revelado a nosso Universo-Pai do Deus Vivo ao fundo de todos os Deuses Criadores.

-9 Mantra YAHWEH SHAMMAH (Yáweh Chamá) (O Pai Yahweh está lá)
O mantra Yahweh Shammah representa o chamado que nos diz para prepararmos o caminho para o lugar onde o Senhor Yahweh manifestará a Sua Hierarquia e a Si próprio na nova cidade de Jerusalém (Habitação da Paz). O mantra Yahweh Shammah nos diz que nos lugares sagrados, onde os ungidos são reunidos, Yahweh estará lá. Yahweh - O Pai explicitamente revelado. O Santíssimo "Revelador" que se manifesta por meio de seus nomes sagrados: Yahweh Jirah - Yahweh proverá Yahweh Shalon - Yahweh é paz Yahweh Shammah - Yahweh está lá Yahweh Nissi - Yahweh é meu estandarte Yahweh Tsudkenu - Yahweh é nossa retidão

-10 Mantra YESHIBA ZADDIKIM, YESHIBA HARAZIM (Ye-chíba Zádikim, Ye-chíba Járazim) (A Academia Celestial dos Justos e das Escritas Secretas)
O mantra Yeshiba Zaddikim, Yeshiba Harazim representa o Conselho onde os executores das Decisões Divinas estão em sessão permanente. O comando Divino sobre o governo do Planeta inclui os Príncipes dos reinos celestiais e Emissários dos reinos terrestres e ultraterrestres. O mantra Yeshiba Zaddikim, Yeshiba Harazim conecta diretamente ao Conselho onde os eventos de universos inteiros, das nações de um planeta, dos indivíduos de um reino planetário, do reino angélico são revistos por Professores Justos. O Conselho dos Justos coleta e compara as formas-pensamento geradas com os "livros de fogo e chama" iniciais que foram usados para os códigos de vida pré-determinados e pré-existentes.

-11 Mantra ABBA NARTOOMID (Abaá Nartumide) (Pai da Luz Eterna)
Da luz ilimitada do Ain Sph, o Natoomid emana como um Poder de Luz Divina que pode se adaptar a uma miríade de sistemas relativistas de luz comum. Os pensamentos do Pai combinados com os trabalhos do Natoomid como uma força magnificente interconectando os limiares do Alfa e Ômega de cada sistema de vida com o Sistema Divino da relatividade coletiva. O poder dessa expressão pode invocar energias que podem criar círculos de Luz Branca enviadas do Pai para aqueles que precisem de Energia de Proteção e Cura. Visualize raios de luz protetora vindo dos mundos superiores, ã medida que chamamos ABBA (Pai). Eles atravessam as barreiras de luz comum para alcançar os necessitados, emanando raios de cores branco-amarelo-azul-violeta que penetram os reinos de criação entrelaçando círculos de diferentes magnitudes estelares. Como uma explosão inicial de uma estrela, esse poder unifica os mundos de nascimentos cósmicos.


"" Estudar Kabbalah é um caminho muito gratificante e poderoso ""


Fique na Luz Divina !!!