domingo, 10 de agosto de 2008

*** A TUA OUTRA METADE ***


Retirado do novo livro de Yehuda Berg, Spiritual Rules of Engagement No início, antes do mundo físico existir, havia Luz infinita. Não existia mais nada. E isto era um problema. A Luz queria partilhar a felicidade infinita que continha, mas não existia ninguém para partilhar. Então a Luz criou o que os kabbalistas chamam o Recipiente Original, ou a Alma Original. Este Recipiente, ou Alma, foi criado da Luz, por isso continha o mesmo DNA que a Luz. Se a Luz fosse vidro líquido, por exemplo, imagina arrefecer algum desse líquido e moldá-lo em jarra. A jarra é um recipiente, mas a jarra é feita de vidro. Por isso a jarra tem dois aspectos: é uma jarra e o material de que é feita.

O Recipiente Original era um contentor (a energia feminina) mas era feito de Luz (energia masculina). Isto é como a energia masculina e feminina apareceram no nosso universo. Aqui também descobrimos o mistério por trás dos personagens bíblicos Adão e Eva. Ao contrário do conhecimento popular, o Adão e a Eva não foram duas pessoas que habitavam um jardim místico. Adão e Eva referem-se ao Recipiente Original e ao seu aspecto duplo das forças masculina e feminina. Este Recipiente foi separado da Luz porque a sua natureza de receber era diferente da natureza de partilhar da Luz.

Por outras palavras, receber é o traço dominante do Recipiente. A característica secundária, menos importante é a substância de que é feita: Luz. Como a natureza dominante do Recipiente é receber, tornou-se distante da Luz, separada do espaço. O espaço criado por esta natureza contrária do Recipiente deu origem ao Big Bang (o nascimento do espaço literal) e às nossas próprias vidas. Por acaso, é por isso que a humanidade se acha tão distante da Luz, tão distante de um mundo de alegria e paz puras. Contudo, existe uma solução para o problema em que estamos. E a solução para esta condição de desconexão e espaço tem directamente a ver com a ideia das almas gémeas. Então vamos chamar-lhe uma So(u)lution (Alma+solução) em vez de solução. Enquanto o Recipiente continuasse a receber, permaneceria distante da Luz. Então o Recipiente fez algo de espectacular.

Deixou de receber, dividindo-se no processo. O aspecto masculino e feminino ficaram separados um do outro e partiram para o vácuo do espaço vazio (o Universo). Esta é a origem do protão (masculino) e do electrão (feminino), forças que constituem o átomo, o tijolo de toda a matéria que existe. Todo o nosso Universo é, de facto, feito de fragmentos do Recipiente Original. O que é que tudo isto tem a ver com almas gémeas? TUDO. Cada alma que vem a este mundo procura instintivamente a outra metade de que foi separada pelo acto de dividir o Recipiente Original. Cada homem tem um aspecto em falta da sua alma que é feminino, e cada mulher tem um aspecto em falta da sua alma que é masculino. Este aspecto em falta é a nossa alma gémea. Então uma alma gémea não é apenas um mito ou um termo engraçado. Encontrar a alma gémea é o desejo inato de cada pessoa no planeta.

É o caminho para a verdadeira satisfação. É o destino de cada homem e mulher neste mundo. E se a nossa alma gémea não aparece nesta vida, aparecerá na próxima – ou na outra a seguir. Cada um de nós nasce tantas vezes quantas as necessárias para encontrar a verdadeira alma gémea. Quando um homem é novo – ie, vem ao mundo pela primeira vez – a sua alma gémea nasce com ele, como se sabe, e quando chega o momento dele se casar com ela, encontra-a imediatamente sem nenhum problema. Mas se o homem cometeu um pecado e re-encarnou por causa disso, a sua alma gémea re-encarnará com ele para seu benefício. Quando chega o momento deste homem se casar com ela, ele não a encontra de imediato, mas apenas depois de muita confusão, pois ele re-encarnou por alguma inigualdade, alguém o denunciou Lá em Cima e deseja tirá-la dele, provocando lutas entre eles. Isto é porque se diz que é tão difícil uni-los como é dividir o Mar Vermelho.—Escritos de Rav Isaac Luria, Gates of Reincarnation, 20th Introduction Esta reunificação com a nossa alma gémea é vitalmente importante e apenas ocorre quando conectamos primeiramente com a Luz Divina que existe em nós, como aprendemos anteriormente. Isto tem um significado cósmico…

Eu poderia continuar aqui a descrever todos os encontros e milagres iluminados que ocorrem. Mas para ser honesta, os mais inspiradores foram os pequenos ... como a sensação de transmitir "LUZ". Além de olhar nos olhos das pessoas quando elas estão precisando falar, um aperto de mão bem firme, um forte abraço, sorrisos e palavras de gratidão. Sente-se a mudança de energia nas salas e escritórios! Lentamente começamos a aperceber-nos, podemos fazer a diferença. Quando alguns de nós lutam contra a resistência, podemos ultrapassar obstáculos e atingir o coração e mente das pessoas, criamos uma mudança no nível espiritual que se manifestará no mundo físico!

O que se passa com o Av?Por Elisheva Balas, Instructora de Kabbalah Instructor, Londres
Ao longo do ano combatemos o nosso oponente interno. Preparamo-nos para a batalha com o Zohar, os 72 Nomes de Deus, certeza, proatividade, e outras ferramentas. Combatemos a nossa negatividade diariamente.

Se tudo correr bem saímos vencedores, pelo menos a maior parte do tempo. E a maioria das vezes, as hipóteses estão em nosso favor. Chamemos-lhe “vantagem do tribunal caseiro”. Temos as ferramentas, o apoio da força da Luz para puxar por nós. Relembra-te, a força negativa é “o oponente”, não “o conquistador”, porque também é uma ferramenta para ganhar a Luz. Não quer ganhar, apenas apresentar obstáculos que são oportunidades para crescer e transformar. A vantagem do tribunal caseiro é nossa quase todos os dias do ano. QUASE. Uma excepção é o mês de Leão. O Zohar explica que momentos diferentes do ano dão oportunidades diferentes de crescimento espiritual.

A maioria das vezes, a energia existe em abundância, dando-nos vantagem ao jogarmos o jogo da vida contra o nosso principal oponente. Contudo, durante o mês de Leão, é o oponente que tem a vantagem. Estamos a jogar o jogo no lado dele. E desde há gerações, que ele usou esta vantagem para instalar o caos no mundo. Tudo começou numa noite destinada há 3400 anos, quando os espiões regressaram de Israel com um relatório, condenando todos os Israelitas com mais de 20 anos a morrer e não entrar na Terra Prometida. Estes espiões não podiam ganhar a batalha contra as suas agendas pessoais.

Um ponto, ou melhor, 10 pontos para o oponente. O oponente venceu dois jogos contra os Israelitas durante os impérios Romano e Grego ao destruir ambos os Templos Sagrados em Jerusalem. Marcou 3 pontos com a Inquisição Espanhola. A Solução Final da Alemanha Nazi venceu o campeonato mundial. Todos estes acontecimentos trágicos ocorreram no campo de jogo do oponente, o mês de Leão. De facto, todos estes eventos aconteceram no mesmo dia: o nono de Leão. Tisha B’Av [o Nono de Leão]O pico da força do oponente acontece neste dia, conhecido como Tisha B’Av, que os Kabbalistas descrevem como o dia mais negative do ano. Este dia foi estabelecido no momento da Criação para nos ajudar a destruir a fonte e semente de todo o caos pelos nossos meios.

Esta oportunidade especial acontece uma vez por ano porque neste dia existe a presença total de todos os aspectos da consciência do oponente, porque o inimigo, que é o oponente, tem total jurisdição sobre o Tisha B’Av. Toda a sua energia está concentrada num local, de forma a que podemos destrui-lo completamente de uma vez. Contudo, temos vindo a fazer um erro trágico sobre o Tisha B’Av. Como sabemos, neste dia, o oponente reina. É o dia em que tem permissão de sair e fazer o que lhe apetece, começar qualquer forma de caos com quem quiser, qualquer nação do mundo. É o seu dia. E então dizem-nos, desde o primeiro incidente há 3400 anos, que o melhor a fazer neste dia é ter cuidado.

O Zohar alerta-nos: Tem cuidado – hoje reina o mal supremo. O que é que o Zohar significa quando diz reina o mal supremo? Existe apenas uma coisa que podemos fazer e é trazer a Luz para as nossas vidas – nada mais. É tudo o que podemos fazer – trazer a Luz. Não lutar. Deixar estar. Em vez disso, tocar na Luz. Utilizar a tecnologia Kabbalística para a acendar. O facto é que Luz e escuridão não podem co-existir. Não podes tocar a negatividade. Por isso não trabalhes contra ela. Aceita o princípio simples: Acende a Luz. Tisha B’Av dá-nos a oportunidade de transformar o tribunal do oponente na arena da Luz. Enquanto é fácil ser espiritual quando as coisas estão bem, não é assim tão fácil quando estão difíceis. É por isso que se chama “restrição”; deves resistir a tua inclinação natural de reagir, e ser proactivo. Quando te defendes da tua negatividade durante o mês de Leão, dás grandes passos para te defenderes dela de uma vez por todas. No Tisha B’Av, a oportunidade está amplificada.

A pressão está no ar. A multidão está ao rubro, e contra ti. Mas quando te juntas ao Kabbalah Centre no Tish B’Av, utilizas as ferramentas e lutas contra a negatividade, ganhando vantagem no tribunal caseiro. Pensas que as pessoas já tiveram suficientes canções de amor tontas… Observa à tua volta – sabes bem que não. O Amor é a emoção mais discutida, ponderada, procurada e controversa. Faz-nos agir que nem tolos, deixar para trás as nossas vidas, sermos pessoas melhores, até matar, tudo “em nome do amor”. Tem-lo hoje, amanhã já era. Um momento estamos apaixonados, no próximo não.

Procuramo-lo em clubes nocturnos, online, e nas nossas casas. Agarramo-nos a ele como se fosse caríssimo, mas abusamos dele como se não valesse nada. O que é que se passa com o amor? De acordo com o Zohar, o amor é muito mais que só uma emoção. É uma manifestação do circuito cósmico que ocorre no 99% do nosso universo. É o efeito, não é a causa, de uma ligação espiritual verdadeira entre duas pessoas – duas metades de uma alma. O Tu B’Av é um dia do ano em que todas as forças masculinas e femininas no universo entram em harmonia. Acontece durante o mês de Leão, que é controlado pelo sol. É no 15º dia do mês, quando a lua está cheia. Neste dia único, o sol e a lua emitem igual quantidade de energia. Cada criação no mundo sente a plenitude. A terra e o cosmos estão em equilíbrio perfeito. As almas gémeas têm a oportunidade de se encontrar, unir e reforçar a sua relação.

E por este motivo, o amor está no ar. Os sábios equacionaram o Tu B’Av com o Yom Kippur como os dias mais positivos do ano. Porquê? Devido ao equilíbrio, reciprocidade, harmonia entre as forças que controlam este universo e que permitem que os circuitos de energia entre o nosso mundo e o Mundo Superior fluam abundantemente. Esta conectividade permite que consigamos atingir alturas espirituais inimagináveis, de tal forma que neste dia, as almas gémeas se podem reunir. Podemos gravar esta energia de amor, equilíbrio e harmonia durante as 24 horas do Tu B’Av. Podemos usá-la como uma fonte nos tempos mais difíceis nos nossos relacionamentos. Podemos também utilizar essa energia para encontrarmos a nossa alma gémea, e ficarmos completos.

Podemos usar esta energia para fazer os nossos relacionamentos completos, e para construir o nosso recipiente para relacionamentos equilibrados. Além disso, podemos usar este dia para equilibrar a relação Luz-Recipiente em cada um de nós, de forma a que o nosso desejo seja o de partilhar em vez de receber.O Amor eleva-nos até onde pertencemos… Junta-te a nós no Tu B’Av, na conexão para nós, a nossa comunidade, o mundo. Participa na harmonia que está apenas disponível no Tu B’Av, para seres um raio de Luz para o ano todo – para a tua alma gémea, os teus amigos, família, e para ti.

Tudo o que precisas é de amor…

Me contaram sobre a história de amor de um amigo nosso onde ele na infância tinha uma paixão por uma colega de escola, mas que nunca eles tiveram oportunidade. E depois de 20 – 25 anos eles ficaram juntos, e estão muito apaixonados (bli ayn ará). E fiquei pensando: se esse cara tivesse desistido dela, se esse cara não tivesse mais nenhuma esperança (esperança essa que ele sustentou por 20 anos) quiçá ele teria perdido o amor da vida dele.

E eu estou contando essa história linda e verdadeira porque ela me inspirou a ser PERSISTENTE DIANTE DE QUALQUER DIFICULDADE, ser persistente diante de qualquer caos, tendo a certeza que a Luz tem o poder de remover qualquer escuridão, pequena, grande, possível ou impossível.

Eu sei que não é fácil manter a certeza e o otimismo quando o caos parece ter o controle de nossas vidas, mas se a gente quer de verdade sair dele (do caos) a gente tem que fazer o esforço de SE CONECTAR COM A LUZ através do poder de nossa alma.

Nunca desista de ter sua vida feliz, até porque a felicidade (Luz) nunca desistirá de entrar na sua vida. Pode demorar horas, dias, semanas, meses ou anos, mas será que não vale a pena esperar? Será que esse cara que teve o amor da vida dele depois de 20 anos não está todas as noites agradecendo a Deus dizendo: ‘Obrigado meu Deus, porque tudo (o tempo e as dificuldades nesses 20 anos) valeu a pena!"? Claro que ele está!

VALEU A PENA!
SEMPRE VALE!


Fique na "Luz Divina"

segunda-feira, 28 de julho de 2008

*** PORÇÃO MATOT DO ZOHAR ***


Neste momento, estamos no início do período de três semanas mais negativas e mais difíceis do ano. O auge é 9 de Av – o dia em que é permitido ao Satan reinar sobre o mundo. Nesse dia, ele governa o universo. Este também é o dia em que o Mashiach nasceu (todos nós sabemos que onde existe maior escuridão, existe também maior potencial de se revelar luz).

Apenas pensar em alguma coisa já produz resultados em sua vida. Por exemplo, suponha que você pense em matar alguém, mas na verdade não o faça porque não quer ir para a prisão. Só a idéia já constitui um potencial – a Árvore da Vida – Zeir Anpin. Só pensar já traz resultados. Ainda temos a capacidade no âmbito dos 99% de criar realidade. Esta semana, você pode modificar sua vida simplesmente pensando em como você quer que ela seja. Nos próximos dias, é possível trazer para a realidade o que você quiser. Mas você tem que se manter acima da dimensão física.

Isto é igual ao conceito do dízimo. Dízimo é quando você dá de 10 a 20% da sua renda líquida para caridade. Na Árvore da Vida, existem 10 mundos – os três superiores são potenciais, os seis seguintes são processo e o mundo final é o mundo físico (Malchut), onde você realiza seus desejos. Eis aqui um exemplo de Potencial-Processo-Manifestação:

Três Superiores: você deseja beber chá. É um desejo, você pensa nele, é uma idéia.

Seis seguintes: você procura o chá, uma xícara, começa a despejar, etc.
Último: você realmente bebe o chá.

Onde é mais provável acontecer uma situação de caos nesse cenário? Quando é um pensamento? Não. Em Malchut. É aí que você pode se engasgar. É fácil sonhar com a construção de uma casa, fazer planos, etc. Mas é quando você inicia a obra que o caos pode acontecer.

Quando você dá o dízimo, você abre mão do aspecto Malchut do seu dinheiro, porque ele é a parte ligada à fisicalidade e ao caos. É o mundo do Satan. Quando você se livra dessa parte do seu dinheiro, que é a parte física, então você consegue ir acima dele. Se você der o dízimo e se mantiver acima do âmbito físico, então seu negócio vai ser cuidado. Mas se você der apenas 10%, então você ainda tem que ser uma pessoa espiritual para poder se conectar com o aspecto positivo do resto do dinheiro. Você não pode sair e humilhar alguém em público e ainda esperar que seu dízimo vá protegê-lo. Se você der mais, até o nível de 20%, então você não só elimina Malchut, mas você também elimina o canal que conecta Malchut com o próximo nível da Árvore da Vida. Você acessa o canal. Então, mesmo que você seja negativo algumas vezes, seu negócio ainda assim não é afetado.

Nosso trabalho, antes do fim do Shabat, é nos elevar acima do âmbito físico. Dar o dízimo não com dinheiro, mas com esforço espiritual.

Esta porção é sempre lida neste período de três semanas negativas. Lembra-se da porção Shlach Lechá, quando Moisés envia os chefes das doze tribos para verificar se a terra de Israel era boa? Bem, foi dentro dessas três semanas que os espiões retornaram. Na verdade, eles retornaram em Tishá BeAv, o 9º. dia de Av, O dia mais negativo. Eles relataram que Israel era uma terra boa, mas eles não achavam que poderiam conquistar o povo que ali habitava. Isso criou caos por várias gerações porque foi um teste sobre certeza e eles não passaram.

Existem apenas umas três paginas no Zohar sobre a porção de Matot. Só três páginas para se conectar com a Árvore da Vida! Por quê? Porque menos é mais. Logo vamos cair na consciência da Árvore do Conhecimento, onde não possuímos controle. Num minuto as coisas parecem bem, e no outro parecem péssimas. Você não consegue controlar. Como podemos remover o caos de nossas vidas? Através da Kabbalah, que nos ensina como obter controle.

Esta porção nos fala sobre o movimento dos israelitas nos ínfimos detalhes. Ela diz que eles foram para tal cidade, lá dormiram, ficaram, comeram... Parece até ridículo. Mas se você contar todas as paradas que eles fizeram nos quarenta anos que vagaram pelo deserto, você verifica que eles foram para 42 lugares. Todos nós sabemos que esta é a combinação da conexão Ana Becoach, que nos fornece a ferramenta para ir acima da influência dos planetas, a fim de controlar tudo o que é físico neste mundo. Os chefes das 12 tribos representam os 12 signos do zodíaco, e a capacidade de superá-los. Isso nos fornece o poder para eliminar as influências negativas do mundo físico.

Quando você se encontra no mundo físico, você é afetado por tudo – por pessoas com raiva, pelo tempo, por questões de saúde, etc. Então, a pergunta é como você pode ir acima de tudo isso? Como podemos parar de ser afetados? Você pode consegui-lo fazendo seu trabalho espiritual esta semana. Esta é a negociação que a Luz faz conosco – se você fizer seu trabalho espiritual, então a Luz assegurará que o mundo físico não o afete. Eis o que podemos fazer:

1. Cumprir todas as promessas que tenhamos feito.
2. Desligar-nos de tudo que for negativo.
3. Encontrar uma batalha na sua vida e ir à luta.

Sobre as promessas:

Uma promessa é qualquer voto ou compromisso que você faça sobre alguma coisa que você queira alcançar. Você pode prometer não ser reativo, perder peso, parar de fumar, alimentar os sem teto, fazer exercício, etc. Se você faz uma promessa, o que acontece? A Luz quer lhe dar a capacidade de realizar aquilo que prometeu, e então ela o preenche com a quantidade certa de Luz necessária para realizar seu intento.

Você sabe que quando toma uma decisão desse tipo você se sente muito bem. Você se sente energizado. Isto ocorre porque quando você declara um desejo, você cria um receptor e obtém Luz. O entusiasmo que você sente é a Luz. Mas às vezes mudamos de pensamento e não cumprimos nossas promessas. Encontramos motivos para não cumpri-las, montamos racionais, etc. Mas com isso, o que acontece? Você já obteve a Luz para realizar aquela ação!

Você sabe como as promessas são importantes? Todo ano, uma vez por ano, os judeus de todo mundo correm para as sinagogas. Mesmo que nunca tenham colocado os pés numa sinagoga o ano inteiro, eles vão ao Kipur. E nem mesmo o fazem durante o dia inteiro, mas só para ouvir uma oração – o Kol Nidre. Por quê? Porque ela cancela suas promessas. Geralmente existe um significado importante por trás de uma tradição forte, mesmo que as pessoas não o saibam. E este é um desses casos.

Promessas são muito importantes. Você pode pensar, o que importa se eu quebrar uma promessa – isso tem a ver apenas comigo mesmo. Fiz uma promessa a mim mesmo de fazer alguma coisa, então quem sai prejudicado? Não se trata de alguma coisa entre mim e outra pessoa, e nem mesmo entre mim e Deus. Trata-se apenas da minha pessoa, então quem se importa?

Quando fazemos uma promessa, geralmente temos a verdadeira intenção de fazer alguma coisa, e usualmente tem a ver com uma mudança positiva. Mas aí a vida assume o controle sobre nós – Malchut assume o controle. É muito fácil prometer fazer alguma coisa e depois não cumprir. Essa é a natureza dos seres humanos, encontrar uma razão para não fazer algo bom, e contrariamente encontrar todos os motivos para fazer algo ruim.

Quando fazemos promessas e não as cumprimos, causamos poluição. Na verdade afetamos a camada de ozônio. Quando Moshe pediu aos chefes das tribos para irem para Israel, seu pedido exato foi, “vão e vejam como é boa a terra de Israel”. Como é boa. E quando eles disseram que iriam, fizeram uma promessa. Não para Moisés, mas para si próprios. Isso é uma promessa. Quando você faz uma promessa, você a assume, não importa por quem ou por que você a tenha feito. Mas eles retornaram e disseram que “Israel era uma terra boa, mas...” Eles quebraram a promessa. Quando se trata de promessas, não existe “mas”. É isso que torna uma promessa tão poderosa, e também tão perigosa.

Em Matot, aprendemos que os chefes das tribos (que representavam os 12 signos) possuem um incrível poder, mas quem decide se vai ou não ser controlado por eles? Nós decidimos. Depende de nós. Esses chefes de tribos possuíam receptores imensos. Eles eram os líderes responsáveis por 36.000 pessoas cada um! Eles possuíam uma enorme capacidade, assim como nós também possuímos. Quanto maior o receptor, tanto mais você quer, tanto maiores são seus objetivos e tanto mais você pode realizar.

Então, qual o problema em quebrar uma promessa? O Zohar enuncia a seguinte lei: quando você se separa da Luz, a Luz também tem que se afastar de você. Não existe coerção na espiritualidade. Se você diz que não quer a Luz, a Luz se afasta. Se você obtém Luz através de uma promessa feita, e depois você não a cumpre, a Luz tem que ir embora. E quando a Luz se afasta, você não sabe de onde ela o fará. Se você obtém Luz para iniciar um relacionamento, e depois dá para trás, a Luz não necessariamente vai se afastar de você nessa área. Ela pode se ausentar na área da saúde.

Para proteger-se do caos, esta semana você tem que manifestar todas essas promessas e planos que tenha feito e que nunca tenha cumprido. Ao mesmo tempo, se não for lógico ou possível cumprir essas promessas antes do Shabat terminar, não importa. Você simplesmente tem que começar a cumpri-las, porque se você não usar a Luz que recebeu, ela se voltará contra você.

Sobre desligar-se do negativo e ir à luta:

Nesta porção, os israelitas vão à guerra contra os midianitas. Ela fala algo sobre “desligar-se”. Moshe envia o povo para lutar na guerra. Então, temos que perguntar, por que ele fez isso? Por que ele simplesmente não usou ferramentas espirituais? E as pessoas que ele enviou nem eram as mais fortes – não eram seus melhores guerreiros. Eram pessoas justas; não eram lutadores. Também diz “foram à guerra sobre os midianitas”. Por que não diz “com”?

Quando os soldados retornam, Moshe fica muito furioso porque eles não haviam matado as mulheres e as crianças. Isso é horrível, mas o Zohar explica que quebrar a negatividade ao nosso redor é como ir à guerra. A guerra “sobre” Midian indica que não se trata de ir à guerra contra pessoas. É uma oportunidade de elevar-se acima da influência negativa dos midianitas. E apenas soldados espirituais poderiam assumir aquela luta, e não soldados que lutassem no nível físico.

Para lutar na guerra contra a negatividade, você tem que se desligar. Romper com seu ego, seu interesse pessoal, seus cálculos, etc. Você tem que ir acima da sua negatividade, e trabalhar-se com afinco para que não seja afetado pela negatividade.

Moshe ficou furioso porque supostamente eles deveriam remover TODA a negatividade e o caos, e não o fizeram. Ele estava preocupado com a negatividade que os cercava.

Muitas vezes, quando conhecemos uma pessoa negativa, simplesmente dizemos que não importa, que vamos ficar longe dela, que não é da nossa conta. Mas somos afetados! Você TEM que lidar com isso! Você não tem idéia de quanto uma pessoa negativa pode afetá-lo! É sim da sua conta. Você tem que se desligar.

No fim da guerra contra os midianitas, os israelitas não reportaram nenhuma baixa. Ninguém havia morrido. O Zohar pergunta, como pode ser? Isto porque não foi uma guerra física – os soldados foram como carruagens para quebrar todas as formas de negatividade.

Às vezes vemos as pessoas caminhando em direção ao desastre e não queremos nos envolver, mas temos que assumir de qualquer jeito. Você tem que dizer “não importa que ele não tenha abertura, vou lhe dizer para onde está indo, mesmo que ele não escute”. Se não houver baixas depois disso, você saberá que sua ação terá sido positiva.

Se você faz algo e não sente a Luz emanando desse ato, não o faça. Para que lutar se não existir Luz ali? Você só deve lutar para obter Luz. Do contrário, provavelmente estará lutando para estar certo, ou por causa do seu ego.

Para ganhar uma guerra contra qualquer coisa que seja negativa (e qualquer carência é negativa – não ter uma alma gêmea, problemas de dinheiro, etc), você TEM que se desligar dessa coisa. Eleve-se acima dela e pense em como fazê-lo.

Quando você vacina um bebê, ele chora no médico, chora por causa da injeção, e depois fica doente por causa da reação. Mas dizemos que é bom para ele – que isso o protegerá no futuro. Como pode ser? Se você suar por alguma coisa, para chegar a um lugar positivo, isso está certo. Esta semana, distinga entre trabalho duro que vale a pena e coisas que não possuem valor. Se você estiver trabalhando duro e conseguir alguma plenitude, ou se se sentir bem com aquilo, então você estará fazendo a coisa certa.


Encontrando uma batalha para ir à guerra:

Esta semana encontre uma batalha em algum lugar da sua vida onde você possa ir à guerra. Escolha pelo menos uma área onde você possa ir à guerra, mas faça diferente das outras vezes. Remova a negatividade, mas de uma perspectiva diferente – com LUZ.

Essas próximas três semanas são muito negativas, mas elas também podem ser muito boas se você trabalhar realmente duro. Deixe a Luz guiá-lo!

Quando uma pessoa faz o trabalho espiritual, ele se instala. Criamos fundações maiores do que antes. Você pode continuar melhorando cada vez mais o resultado no âmbito fisico.
Se existem áreas em sua vida que você não consiga mudar – esse é o momento de mudá-las!

O Ana Becoach é nossa ferramenta para controlar o mundo físico, não o mundo espiritual. É uma oração que está no nível dos resultados. Assim, se algo ruim acontecer, faça o Ana Becoach – para sair do trânsito, para ter certeza de que um negócio dê certo, etc. Ela é destinada a momentos onde você necessite superar alguma coisa no âmbito físico.

Você não pode pedir a Luz e depois empurrá-la para fora de sua vida. Quando você recebe uma oportunidade de compartilhar, ou uma oportunidade de exercer a restrição, e não a aproveita, você está afastando a Luz. E lembre-se, a Luz não o está punindo ao se afastar de você – ela tem que ir. Porque não existe coerção na espiritualidade.

Tudo de bom
Jamie Greene


Fique na "Luz Divina" !!!

domingo, 20 de julho de 2008

*** T E U R G I A ***


"O mago é o soberano pontífice da natureza;
o feiticeiro não passa de um profanador".
Eliphas Levi




A Cabala tem má fama. Está sempre associada com obscuridades impenetráveis ou com objetivos vulgares e distorcidos em títulos como "cabala do dinheiro", "cabala do sexo", "cabala prática", etc. A verdadeira Magia nunca se deu em prol de interesses egoístas e materiais, e mesmo as pessoas mais preparadas se perdem no caminho pela ambição e pela mentira. É preciso cautela, mas a despeito de títulos pomposos, é pelo hábito da mentira que detectamos os mal intencionados, e quase sempre a ambição anda junto com a mentira.

O desenvolvimento espiritual em geral se dá por duas vias: uma de ascensão e outra de manifestação. Subir é o caminho do místico, através de preces, meditações, contemplações e estados de êxtase cada vez mais profundos. O caminho do mago é a via de descida das energias divinas para a natureza, o que quer dizer que o mago verdadeiro colabora com a manifestação divina e a natureza, ao invés de operar contra ela. Essa distorção moral é que levou a Magia a ser inadequadamente ser chamada de "negra", uma vez que a corrupção é moral, do praticante, e não da Magia em si.

A Cabala engloba as duas vias. E exige para as duas elevado senso moral. A Magia na Cabala, por ser exercida em torno de nomes divinos, é mais propriamente chamada de Teurgia, "espécie de magia baseada em relações com os espíritos celestes; a arte de fazer descer Deus à alma para criar um estado de êxtase". Estas espantosas afirmações são do dicionário Novo Aurélio, e surpreende que num mesmo verbete tenhamos as definições tanto do caminho do místico quanto do caminho do mago!

Para a prática da Magia na Cabala, é preciso de uma séria meditação moral sobre as conseqüências da ação. Pela ação correta, no mesmo diapasão da própria divindade, todo o universo se rejubila. Para a ação distorcida, vale a lei do retorno tríplice, presente em muitas das culturas antigas e bastante explorada na Cabala Cristã, surgida do Renascimento. Pela falta de firmeza moral, muitos magos famosos e sacerdotes preparados terminaram na ruína.

Em matérias de Magia, é preciso ter firmeza, correção, prudência, humildade e sinceridade.

Enviado por: Giancarlo Salvagni, um aprendiz



Fique na Luz Divina !!!

*** JESUS E A CABALA MÍSTICA ***


"O Messias está no centro mesmo da Cabala e somente ele pode revelar seu significado verdadeiro".
"Jesus e a Cabala Mística"
Migene Gonzalez-Wippler



Nenhuma religião vem sendo tão mal entendida como o cristianismo. Desperta a antipatia de outras religiões que sequer entenderam do que se trata. Mas não são poucos os mestres orientais que reconhecem os ensinamentos de Jesus como legítimos. O Islã reconhece Jesus como profeta, ao qual é devotada uma das preces diárias e obrigatórias, a do amanhecer.

Jesus era filho de uma devotada família que só poderia seguir a fé mosaica. Falava nas sinagogas, o que significa que era reconhecido como rabino e, portanto, correspondia a rigorosos pré-requisitos. O assunto é por demais polêmico para ser tratado em poucas linhas, mas é importante notar que o cristianismo em sua origem é uma religião judaica, pregada por um judeu e seguida por outros judeus. A fé só se espalhou para os "gentios" por obra de São Paulo, que introduziu modificações e distorções que teriam causado espanto ao próprio Jesus, na condição de rabino.

Muitos estudiosos defendem que Jesus era plenamente versado na sabedoria da Cabala ("Tradição"). Na figura acima, vemos a Árvore da Vida da Cabala. Observemos a coluna do meio, a coluna de equilíbrio. A esfera mais baixa é a Terra, o "Reino" (Malkuth). Logo acima, a esfera da Lua, Yesod. A Terra está isolada de todas as outras, e sua condição sub-lunar faz com que seja necessário a consciência terrena se elevar até a esfera lunar, para que possa contemplar e depois subir à esfera de Iluminação, a esfera solar, Tiphereth. Cheguei a crer que a Iluminação era o objetivo final, mas ela é o objetivo "central"; contemplando a figura, vemos que ainda temos uma subida até a Coroa, Khether. Tiphereth, a esfera do Sol, representa o Coração, o Cristo, e vendo a Árvore da Vida, entendemos a frase "Eu sou a Verdade, o Caminho e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim". O Caminho direto para o Plano Divino é o Coração. A "chave" é o Amor.

Na impossibilidade de resumir assunto tão rico e complexo, vamos aos ensinamentos de Jesus, de acordo com as Sephiroth (esferas):

1 - Kether - Coroa - Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.

2 - Chokmah - Sabedoria - Ama a teu próximo como a ti mesmo.

3 - Binah - Compreensão - Ama os teus inimigos, faze o bem aos que te odeiam, bendize aos que te amaldiçoam e ora pelos que te difamam.

4 - Chesed - Misericórdia - Ao dares esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.

5 - Geburah - Justiça - Não julgues para não seres julgado.

6 - Tiphereth - Esplendor - Ao acender uma lâmpada, não a coloques em lugar oculto, mas sobre o candeeiro, para que dê claridade a todos os que estão na casa.

7 - Netzach - Vitória - Não jogues pérolas aos porcos.

8 - Hod - Glória - Pede e receberás, procura e acharás, bate e a porta se abrirá.

9 - Yesod - Firmeza - Entra pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição.

10 - Malkuth - Reino - Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.

Giancarlo Salvagni

Obs: veja o livro "Jesus e a Cabala Mística"



Fique na Luz Divina !!!

*** CABALA E IDENTIDADE ***


A história e formação de nossa identidade não é algo simples e fácil de ser definida. Temos em essência quatro bases para a formação de nossa identidade, são elas:

A Identidade Cósmica:
Somos todos feitos daquelas partículas elementares que têm a idade do universo e daqueles materiais forjados há bilhões de anos no interior das grandes estrelas. A Torá nos identifica como tendo uma origem única e inevitável origem. Ela (a Torá) não inicia com a história do primeiro judeu e sim do primeiro homem, tornando-a não a história de um grupo e sim a história de todo o gênero humano, do universo e de tudo o que há. Temos por assim dizer (todos) uma mesma Identidade Cósmica.

A Identidade Terrestre:
Somos todos habitantes desta terra e teremos (todos) que conviver com ela. Fazemos (todos) parte do gênero humano, independente de etnia, religião, raça, cultura, educação, língua, sexo, etc. Temos por assim dizer uma mesma identidade humana, e por isso devemos preservar a natureza desta identidade e participar de ações que possam promover a paz e o bom convívio de todos os que pertencem a identidade do gênero humano.

A Identidade Cultural:
É aqui, e apenas aqui que residem às diferenças. O ser humano criou a cultura, realidade especificamente humana. Criou-a a partir de intervenções sobre si mesmo e sobre a natureza. Essas intervenções permitiram que criasse o habitat humano que o gregos, com justeza, chamava de ethos. Ethos, em grego - donde vem a palavra ética, é a morada humana. Quer dizer, aquele pedaço do mundo que escolhemos cuidadosamente, organizamos e nele construímos nossa habitação permanente. Este "lugar" é a nossa cultura, as bases se nossa identidade coletiva. Os cabalistas são pessoas que ao longo da história escolheram por perceber a realidade pela lente do metafísico e a interpretar a realidade manifesta à luz do Mundo Infinito. Cabalistas se organizaram em comunidades, escolas e círculos de estudos. Daí surge uma cultura coletiva, uma forma vivente, que sempre correu paralela a religião oficial (judaísmo institucional) e sempre, e eu repito, sempre foi alvo de críticas e controvérsias de mentes mais fechadas e fundamentalistas. Mais uma identidade cultural precisa ser mantida. Na Cabalá isso se dá pela transmissão de mestre para discípulo em uma linha contínua de sucessão passada por gerações. Temos que nos dar ao trabalho de manter a nossa identidade cultural por intermédio do trabalho.

O trabalho é o meio maior de forjamento da cultura. Pertence ao trabalho cultural a criação de linguagens, idéias, mitos, artes, organizações, etc. Como participante de uma identidade cultural cabalista (que me foi passada por meu mestre) a gerações e como herdeiro desta cultura devo me comprometer em mantê-la e preservá-la. Lutando por sua consolidação e por sua manutenção.

A Identidade Pessoal:
Essa é ainda mais e mais particular. Cada um possui um nome próprio, porque cada um representa um ponto onde termina e se compendia o processo evolutivo. Pelo fato de ser consciente, cada um faz uma síntese singular, única, irrepetível de tudo o que capta, sente, entende e ama. Com os materiais acumulados em sua alma (por inúmeras encarnações) e com aqueles recolhidos em seu consciente faz uma leitura e uma apreciação que só ele e ninguém mais pode fazer.

Aqui reside a experiência única de um indivíduo com a sua identidade pessoal e sobre tudo espiritual. Cada pessoa traz consigo seu deserto pessoal, seu êxodo e sua busca pela Terra Prometida - que é o melhor de nossas possibilidades. Se minha alma identifica que o melhor de minha possibilidade é ser uma cabalista, quem neste universo (que não o Eterno) pode ser o juiz de tal escolha?

Por isso cada pessoa humana representa um absoluto concreto. Ele é a ponta do iceberg para onde convergem todas as linhas ascendentes da evolução. Cada um está no topo. Em razão disso se entende a dignidade humana. Mas tal afirmação não deve levar a pessoa à arrogância, imaginando-se o centro do universo. A ponta do iceberg não está isolada. Está unida a todo o iceberg, com a intricada teia de interdependências.

Para formar uma identidade é necessário ter a resposta para cada um desses quatro pilares e renunciar a qualquer arrogância ou pretensão de privilégio ou de domínio.

Cabalá e Identidade

Agora devemos refletir um pouco mais sobre o que vem a ser a Cabalá como identidade. Para isso devemos compreender - o que é um cabalista?

A palavra Cabalá significa recebimento. É a conhecimento espiritual que nos ensina o meio como reconstituímos o nosso receptor espiritual como outrora, no Gan Éden (Jardim do Éden), antes da queda de Adam.

Por intermédio do estudo, da dedicação ao aperfeiçoamento moral, de se buscar a Torá (lida e interpretada pela "lente" da Cabalá), através de meditações e aperfeiçoamento constante da sensibilidade espiritual, nos tornamos um cabalista.

E o que é ser um cabalista?

Em hebraico isso significa tornar-se um MEKUBAL, que nada mais é do que ser um receptor, um recipiente consciente. Assim que uma pessoa começa a fazer uso dos métodos e do sistema cabalista, você já se torna um receptor.

Para a Cabalá, tornar-se um receptor está diretamente ligado a um ato de contração, esvaziamento, submissão a Luz do Mundo Infinito. Se você está cheio, nada pode entrar, se você se esvazia de seu ego... passa a existir um espaço para algo entrar. Você começa a se tornar um receptor. Ao escolher a Cabalá como um caminho espiritual e um sistema de condução para a sua vida, você já começa a se tornar um cabalista, isso é um começo e não o fim da estrada. Todo cabalista é um eterno construtor de si mesmo, está sempre buscando o refinamento espiritual, o aprimoramento e o desenvolvimento de suas propriedades de alma. Desta forma, almejar chegar a consciência de sua neshamá (alma superior).

Não existe um cabalista pronto, completo, pois a Cabalá é um verbo. O verbo "receber" e não a idéia de ter já recebido. A cada momento há um aprimoramento, um desenvolvimento a ser alcançado.

O que vem a ser um CABALISTA? Um cabalista é alguém que se dispõe a receber a Luz do Mundo Infinito. Um cabalista é alguém ligado a uma escola, centro ou academia de Cabalá. Um cabalista é alguém submetido a um mestre (rav) do conhecimento. Um cabalista é alguém submetido aos ensinamentos da Torá, do Sêfer Yetzirá e do Bahir. (nas escolas de natureza teosóficas o Zohar).

Mais essencialmente existe duas grandes escolas do pensamento clássico da Cabalá. Existe a escola teosófica, a que a ortodoxia, por exemplo, está ligada e existe a escola contemplativa. Eu por exemplo estou ligado a escola contemplativa e sigo suas definições. Mas, as escolas tradicionais são unânimes em afirmar que a Cabalá só será útil se aprendermos a vivenciá-la e a trazê-la para nosso relacionamento cotidiano.

Você pergunta:
Quando o cabalista é completo?
Um pouco saber completa a cabalá?
Afinal, porque vc(s) é Cabalista, qual o teu propósito?

Eu respondo:
1) O cabalista nunca é completo, pois se assim o for deixará de receber a Luz do Mundo Infinito, um recipiente completo não se permite receber. O cabalista é um ser em constante busca de completude.
2) Um pouco saber faz de você um receptor, mais não "completa a cabalá" pois este conhecimento é constante e a cada ano desvenda-se mais e mais códigos que nos saltam diante dos olhos ao lermos e estudarmos a sagrada Torá e suas porções. Nada pode "completar" a Cabalá pois o conhecimento Divino é tão ilimitado quando o Ilimitado D'us, é tão infinito quanto o Infinito D'us.
3) Sou cabalista porque estou submetido aos conhecimentos espirituais da Cabalá. Sou cabalista porque coloco a Cabalá em minha vida cotidiana, Sou cabalista porque tive um mestre que me orientou no caminho, sou cabalista porque estou ligado as orientações de uma escola clássica do conhecimento, sou cabalista porque desejo preparar a cada dia o meu corpo, meu espírito e minha alma para receber cada vez mais a Luz do Mundo Infinito e me dispor a compartilhar as infinitas bênçãos que desejo receber para minha vida e para toda a humanidade. Sou cabalista pois tenho o propósito de levar todos os que estejam dispostos a receber a uma vida de bênçãos e de consciência.

Não pode existir um cabalista pronto, completo, terminado. O cabalista é tudo isso e ainda mais, pois é habitado por uma paixão insaciável que não encontra no universo nenhum objeto que lhe seja adequado e que o faça repousar. Ele está em movimento e identifica o repouso, o congelamento como o início da escravidão, do exílio e do mal. O cabalista é um projeto infinito.

É por isso que tenho orgulho de dizer: SIM, EU SOU CABALISTA!!!

Que a Luz do Mundo Infinito lhe ilumine em sua jornada.


*por Raziel Malach



Fique na Luz Divina !!!

*** CABALA NÂO É SÓ PARA JUDEUS ***


Meus queridos, a Cabalá é uma preciosidade garimpada em séculos de reflexão e experiências profundas e espirituais, que correu por fora das garras da intolerância e da arrogância prepotente dos fundamentalistas.


A Cabalá sempre partiu do princípio elementar de que, todo aquele que não caminha se desfaz.


Tentar uniformizar o Sagrado contradiz até mesmo a natureza do pensamento judaico. O judaísmo se baseia na estrutura central do mutável deserto.


Sendo assim, todo aquele que deseja ascender pela escada do auto-conhecimento, deve ir ao deserto, à intempérie, para começar de novo, para renascer no contato com a realidade que se vive de momento a momento. É preciso ir, libertar-se das idéias petrificadas, as torres de poder.


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O fundamentalismo é "mitzraim" (egípcio), é a estreiteza e o fechamento e Ivri (hebreu), é o que "vem do outro lado" e vai para o outro lado, e nunca termina de ir, nômade em busca da proximidade permanente com o Criador. O cabalista é um eterno viajante entre os mundos, físico e espiritual, procurando encontrar sempre um meio de enxergar a margem espiritual do mundo físico e a margem física do mundo espiritual.

No fundamentalismo religioso predomina o espaço estreito, a asfixia cômoda da repetição alienada, dos substantivos estáveis, calmos e seguros. Despretensiosos. Já os outros, os cabalistas são os transeuntes, os que vagam, caminham.

Cabalistas são pessoas que não dispõem de torres, nem de pirâmides de poder. Fanáticos religiosos querem erguer malditos muros. Monumentos aos próprios atributos. Esfinges de si mesmo. Torres. Ortodoxia de Babel.

Ser um cabalista é valorizar o momento, em detrimento do monumento. O fundamentalismo é a cultura das torres, das prisões de ferro, de cimento e de idéias.

O Sagrado não conhece rotinas seguras.

Esse é o perigo do fundamentalismo religioso e suas Torres de Certezas absolutas e para todos. E este é o mistério por trás da Torre de Babel. Ela (a Torre) quer que tudo esteja organizado, fechado, visível e SEGURO.

E muitas tolices podem ser cometidas em nome da segurança. Os construtores da Torre de Babel queriam a segurança. A Inquisição surgiu movida por fanáticos que queriam SEGURANÇA, o nazismo, maldito seja, também vendia um mundo mais "preservado", "seguro", "perfeito". Todas as grandes opressões políticas e sociais nasceram em nome de um suposto "estado de segurança". A segurança de uma só forma de pensar, um só discurso, uma só reação na mesma direção, tudo programado, organizado, um grande totalitarismo de idéias, afetos, emoções e devoções. Sem surpresas. Tijolos, Fixidez. Estabilidade. Assim os homens do conhecimento construíram a Torre de Babel, "cuja cabeça alcançava os céus". E negavam, com isso, toda a experiência particular de D'us.

A proposta dos pseudos-cabalistas é simples: Constrói-se uma "torre", liga-se céu e terra, e obtém-se um caminho fixo e imutável, e todos dormem apaziguados, e não precisam sonhar com escadas (como fez Yacov), e nem mesmo precisam sonhar. Todo o sonho e toda particularidade do encontro com o Sagrado deve ser proibido pelos senhores das torres.

Querem destruir D'us, o futuro, a aventura do movimento. Querem paralisar a história. Os deuses são eles, os "construtores" da moralidade religiosa.

Segurança e rotina conservadora. Era o primeiro paradigma de Mitzraim (Egito), o lugar fechado, a prisão.

E que será se poderia encontrar escondido por baixo e por dentro de tanta magnificência de tijolos, decoração, pedra, arquitetura deslumbrante.

Escravidão mental, soberba espiritual, prepotência arrogante.

E qual foi o pecado da Torre? O pecado não foi a "torre", o pecado não foi "babel", o pecado foi uma só língua. "E toda a terra era uma só língua" (Gênesis,11) Uma só língua, uma só expressão do sagrado pode ser algo muito perigoso.

Uma só língua não tolera outra língua, não tolera outra forma de pensar, não tolera o diferente, não tolera o outro.

E assim, perdendo-se o olhar para o outro, perde-se a contemplação, perde-se o Templo perde-se o tempo erguem-se as prisões e constroem-se as farsas.

O que sobra disso tudo?

Sobra a constante tentativa da ortodoxia fundamentalista, de fazer-se o único legítimo representante de tudo. Sobra palavras de ordem, sobra arrogância, sobra posturas "denunciatórias" sensacionalistas e vazias. Falta espiritualidade, argumentos inteligentes e sobretudo coerência.

Todos os que estejam com o coração e a mente aberta, são bem vindos a esta comunidade e são convidados a sentar em nossa "mesa". O resto, bem o resto que continue gritando.... bem de longe. Nós, cabalistas, reconhecemos todas as demais manifestações da espiritualidade, reconhecemos toda e qualquer interpretação que se possa levar ao Sagrado, mesmo que não venhamos a compactuar com estas visões.

Quanto aos desesperados, ao invés de discordar de nós, dizem que não existimos, deixam de ser rabinos, cabalistas, espiritualizados e entram para o rol dos que disputam poder e território. Como se isso realmente fosse possível.

Formam-se assim os velhos novos dormentes.

A Cabalá do Reconhecimento

15:14 Quando um estrangeiro (guer) residir convosco ou estiver entre vós em vossos ciclos, ele fará o fogo, odor agradável para Yihavehá. Ele fará como fizerdes.

15:15 Assembléia, mesma regra para vós e para o estrangeiro (guer) residente: regra de perenidade para vossos ciclos! Será assim para vós como para o estrangeiro (guer) em faces de Yihavehá.

15:16 Uma Torá e um julgamento serão para vós como para o estrangeiro (guer) que reside convosco"'.

Encontramos neste texto da Torá, na parashá Shelach, algumas informações importantes sobre o "guer". O "guer" é todo aquele que, mesmo não tendo nascido dentro da tradição, assim mesmo adere aos ensinamentos da Torá e Cabalá, guiando sua vida nos parâmetros da Sabedoria Espiritual.

É aquele que, estando perdido, procura as Verdades Objetivas do Mundo Espiritual e se prepara para RECONHECER a Unicidade da Luz do Mundo Infinito. Quando o "guer" passa a adotar a sabedoria espiritual da Torá, é como se a sua alma retrocedesse até o Monte Sinai, e lá, recebesse igualmente a Torá. A Torá, nos ensina a importância do "guer". E os textos místicos falam especialmente da importância do "guer", no advento da Era do Mashiach. Os antigos cabalista afirmaram que muitas almas da tradição, encarnariam entre as nações para difundir os ensinamentos da Torá a todos os povos.

É normal que uma pessoa tenha alguma profunda missão (tikun) dentro da Cabalá, mesmo tenho nascido fora da tradição. Sim, pois foi exatamente isso o que aconteceu com Avraham e outros grandes mestres de nossa tradição. Este é o significado da expressão:

"quando um guer residir convosco ou estiver entre vós em vossos ciclos (reencarnação)".

A palavra "guer" aparece no texto da Torá com o sentido de "estrangeiro". Sua raiz de significado "residir, habitar", transmite uma sensação de transitoriedade. "Moradores temporários vocês foram em Mitzraim" diz o texto da Torá, "vocês foram estrangeiros, vocês foram moradores temporários sentados sobre suas malas e vocês foram "conversos" em meio a outros".

Sendo assim, Rav Avraham Abuláfia nos ensinou que o conhecimento, a sabedoria da Cabalá Contemplativa é destino a toda a humanidade.

Mas o que é afinal a Cabalá?

O que é afinal a Torá?

Seriam os ensinamentos da tradição necessário a todos?

Para os cabalistas, o "guer" também representa um grau, um estágio transitório da alma dentro do mundo físico. Quando estamos confusos em relação ao nosso papel neste mundo, quando nos sentimos estranhos diante das leis de causa e efeito, somos como "estrangeiros" nesta dimensão. Para nos familiarizarmos com as leis que formam e governam o nosso mundo temos que ter acesso as chaves da Cabalá. Há um aspecto "guer" em cada um de nós, uma consciência estrangeira e repleta de dúvida em um mundo estranho e confuso. O "guer" também estaria ligado aos aspectos transitórios de nossas emoções, oscilando entre a certeza e a dúvida, criando um estado caótico de impermanência. Uma das maiores ignorâncias difundidas no meio religioso é a idéia de que a Torá e a Cabalá pertence apenas a um grupo específico e seleto de pessoas. Uma coisa importante é entender que a Cabalá antecede a qualquer religião ou teologia. Foi dada à humanidade pelo Criador, muito antes do surgimento das religiões. De acordo com os ensinamentos da Cabalá, o universo opera dentro de determinados princípios e regras. Quando aprendemos a compreender e agir de acordo com esses preceitos, geramos luz para nossas vidas e para toda a humanidade.

A Cabala nos dá o poder de compreender e viver em harmonia com essas leis - para usá-las para benefício nosso e do mundo e para nos remover da ignorância e desta forma não nos sentirmos mais como estrangeiros nesta dimensão.

A Cabala é um métodos práticos para realizar metas valorosas dentro dessa realidade. De forma simples, a Cabalá lhe proporciona as ferramentas que você precisa para trazer a Luz do Criador para sua vida.

E quanto a Torá?

Com que propriedade podemos afirmar que a Torá é um legado para toda a humanidade?

Rav Shimon bar Yochai, o autor do Zohar, dizia que em sua própria geração havia grandes escritores seriam capazes de compor histórias bem mais interessantes do que os relatos que aparecem na Torá. E ainda por cima, ele classificou todos esses rabinos, estudiosos e filósofos que tomam a Torá literalmente como inteiramente tolos. A Torá não é um rolo sagrado que tenta definir a moral e a ética adequadas pelos quais o ser humano deveria viver. Esta talvez seja uma das concepções mais equivocadas da religião - um equívoco que contribuiu para milhares de anos de sofrimento, perseguição e pré-conceito. O fato é que devemos "fazer o fogo" - como nos ensina a parashá e iluminar a nossa visão. Não a visão física e sim a visão da alma. O "fogo" mencionado na Torá é também uma palavra código para o corpo de conhecimento de Maassé Bereshit (Compreender a Obra da Criação). Maassé Bereshit nos abre a visão da alma. O olho como órgão físico está conectado com o nosso mundo físico do caos - conhecido em termos cabalísticos como a "Árvore do Conhecimento". A alma está conectada com uma realidade mais elevada com ordem e plenitude absolutas - conhecida pelo termo em código "Árvore da Vida." Somente a alma da Torá - a Cabala - pode nos apresentar a verdadeira compreensão e o verdadeiro significado espiritual do texto bíblico. A Torá funciona não apenas como um código formador do universo como também como um antídoto em relação ao caos que possa residir dentro do mundo físico.

Quando a Torá fala de matar, assassinar, roubar e de outras ações negativas, na realidade estamos recebendo uma vacinação para evitar que essas "doenças" recaiam sobre nossas vidas. A Torá é a vacina ou o antídoto, que nos protege e nos cura das forças negativas e destrutivas. Sem a Torá e a Cabalá, a vida se torna incerta, dúvida e "doença", o "guer" não se tornaria um "residente" da Sabedoria Espiritual.

E o que há de tão importante acerca da "dúvida"?

Segundo os cabalistas, a "dúvida" é a semente de todo o mal do mundo. Pois é um aspecto da alma que é incapaz de reconhecer a grandeza do Eterno em tudo o que se manifesta e existe. Todos nós temos, algum nível de dúvida.

Dúvida sobre nosso real potencial.
Dúvida sobre a existência da Luz do Mundo Infinito.
Dúvida sobre o nosso destino e sobre nossa capacidade de superar desafios.
Dúvida sobre a justiça.
Dúvida sobre as recompenses associadas ao comportamento positivo, espiritual.

Quando somos invadidos pela dúvida nos sentimos como estrangeiros no mundo físico. Para a Cabalá, Luz do Mundo Infinito está oculta, no mundo físico. Por isso, ficamos em dúvida acerca da Presença Divina. E é esta dúvida que permite o surgimento dos ataques (históricos) que os fundamentalistas religiosos fazem em relação aos cabalistas.

E é pela dúvida que não reconhecemos a grandeza do Eterno em tudo o que acontece ao nosso redor. Então, nos comportamos com intolerância. Colocamos a nós mesmos na frente dos outros. Duvidamos da existência do Criador e por isso nos sentimos confiantes de poder pessoal e das "verdades" subjetivas que criamos em nossa mente egocêntrica. Aceitamos bem com nosso comportamento insensível e nossa reatividade. Viramos as costas para a consciência espiritual e o desejo de transformação de caráter. Ficamos motivados unicamente pelo intelecto e pelo ego, e esquecidos de outros anseios que deixamos adormecidos em nossa alma. Quando estudamos a Torá e seus mistérios, por intermédio dos códigos da Cabalá, adquirimos a vacina contra a dúvida e o não-reconhecimento. Esta vacina é o "odor agradável para Yihavehá" como mencionado na Torá. Sem o conhecimento espiritual que decifra a história, a Torá se torna inoperante. Ela se torna um símbolo improdutivo, em vez de ser um instrumento incrível de poder.

Ainda pior...

Ainda pior, os sábios nos dizem que se alguém simplesmente aceita a Torá literalmente - lendo-a com uma postura mental religiosa ao invés de se conectar com ela num nível espiritual - a Torá se tornará um veneno.

A Cabalá nos ensina que todas as pessoas nesse mundo são pessoas comuns, não há nenhum tipo de "eleição" prévia sobre qualquer pessoa. Entendemos que existem três estágios essenciais da alma: o "gói" é aquele que se encontra "escravo" de suas emoções e aprisionado em suas "verdades" (mentiras) subjetivas, ignorante da Sabedoria Espiritual, o "goi" é completamente dominado pela energia negativa de Nachash. Há ainda o "guer", que é aquele que transita no meio da verdade mais por ser "estrangeiro" e sujeito aos aspectos transitórios das emoções se perde e não reconhece a unicidade e os movimentos da Luz do Mundo Infinito.

O objetivo final da alma é tornar-se um yehudi (palavra se foi posteriormente transliterada como "judeu"). Um dos maiores equívocos da história foi a conclusão de que o judaísmo seja algo transmitido por uma hereditariedade fechada. Yehudi, como tudo dentro da Sabedoria Espiritual é um estado de consciência, onde reconhecemos a natureza fundamental de nossa alma. Quando entramos dentro de nós mesmos e descobrimos a unicidade e a permanência da Luz do Mundo Infinito.

Avraham foi o primeiro yehudi

Avraham foi o primeiro yehudi.

E como alcançou este estagio espiritual?

Por que era filho de mãe judia?

Por que foi convertido dentro dos moldes da ortodoxia?

É claro que não.

A formula encontrada na Torá é bem clara: "vai para dentro de ti, de tua terra, de teu nascimento, da casa de teus pais, rumo à terra que te farei ver".

Essa é forma como o primeiro "guer" tornou-se um "yehudi".

Inicia-se por um mergulho interno, um "vai para dentro de ti" mesmo e descobre o que encontra lá dentro de sua alma.

Sendo assim, o chamando não é para uma religião e sim para um auto-conhecimento, independente de ancestralidade e origem pois o essencial é a experiência interna do encontro, mesmo que para isso seja necessário "partir de tua terra, de teu nascimento" e até mesmo "da casa de teus pais". A Luz indica que Avraham deve seguir a "terra que te farei ver". Quem faz ver (reconhecer) a terra (tradição) é a Luz e nada mais.

Tornar-se yehudi é então um ato de "ver", de reconhecer, muito mais do que ser visto ou ser reconhecido. Não ser "reconhecido" o equipara historicamente aos nossos ancestrais. Os romanos não nos "reconheciam" como parte de um propósito Divino. A inquisição não nos reconheciam como iguais em alma e espírito. A Alemanha nazista não nos reconhecia como gênero humano. Yosef não foi reconhecido pelos irmãos. Por isso, aprendemos, na Cabalá, que o gesto, de não reconhecer está diretamente ligado a uma limitação de alma que não o permite identificar o sagrado habitando dentro da legitimidade do outro. Cegos, ao não reconhecer o fundamentalista se liga aos exemplos mais torpes da história.

Mais de onde deriva o termo "yehudi" (judeu)?

Encontramos sua origem na própria Torá em referência à matriarca Leá quando foi dar o nome de seu filho Yehudá, "Desta vez eu reconhecerei a D'us" (Bereshit 29:35).

O nome "yehudi" deriva de Yehudá e possui sua raiz etimológica na palavra "hoda'á" que significa "reconhecer", "identificar". Tudo profundamente conectado aos mistérios da sefirá Hod, na Árvore da Vida.

Hod contem o atributo do reconhecimento, "aquele que reconhece" e por isso está ligado ao Eterno. No campo fisiológico, segundo os sábios da Cabalá Contemplativa ao atributo da defesa imunológica, capaz de reconhecer (no corpo) o que é negativo evitando desta forma a doença. Reconhecer e identificar a Luz do Mundo Infinito é o meio de ser yehudi.

contrário, que seria o não-reconhecimento, é ligado a falta de refinamento (virtude de Hod), e em última instância, a doença da alma.

Os verdadeiros cabalistas são aqueles que deixam de ser escravos (goi), saem da transitoriedade, incerteza e não reconhecimento do estrangeiro (guer) e aprende a reconhecer a Presença Divina dentro do mundo físico.

Não há diferença alguma entre um judeu e um não-judeu, além da centelha do Criador que se encontra dentro do verdadeiro "yehudi" (o reconhecedor) que percebe a verdade e a Luz do Mundo Infinito dentro do mundo físico e dentro do outro.

Isso significa que se essa centelha existe na consciência de uma pessoa, essa pessoa é chamada yehudi. Se essa centelha desaparece mesmo o yehudi torna-se um "guer", ou mesmo um "goi", escravo de seus condicionamentos robóticos e alienado de consciência.


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" A FARSA DA CABALA CARTA HUMANISTA "
Ortodoxia de Babel

Criei esse tópico para denunciar a ação de alguns fanáticos religiosos que andam tentando criar uma inquisição, que tal qual a outra, de "santa" nada tinha.

O que há, na verdade, por trás disso tudo?

Devo iniciar por uma grande reflexão presente dentro da história da Torre de Babel. Um dos fatores mais impressionantes que compõem a história da Torre é o fato de que a mesma foi construída por ilustres eruditos de seu tempo. Inovadores do sagrado, homens que tentaram, movidos pela arrogância, re-inventar a roda do sagrado e tomar para si, o que pertence ao Julgamento Divino. O mesmo ocorre aqui no mundo virtual. Impelidos pela arrogância e pelo despropósito, alguns (poucos) fundamentalistas ortodoxos promovem uma verdadeira onda de ódio e ataques infundados aos representantes desta milenar tradição. São, na grande maioria ignorantes travestidos de "eruditos", com retóricas prolixas e previsíveis. Fruto de uma competitividade estúpida e nada espiritual.

Só posso entender isso como um espasmo de desespero de identidade. Identidade essa que só se sente dentro de seu propósito quando nomeia um "inimigo" fantasioso, quando aponta hereges imaginários e cruzadas enlouquecidas. Sinto pena de seus mundinhos acinzentados e estreitos, tal qual suas mentes.

Tudo é possível em nome de tanta estupidez, ameaças anônimas, mentiras primárias e infantis, entre todo o tipo pífio de manipulação.

Mais não seria a ortodoxia fundamentalista, uma digna mantenedora das antigas tradições?

Não. A ortodoxia é um produto do mundo moderno, e como toda NOVA manifestação soa muitas vezes tão destemperada quanto alguns movimentos reformistas. Esses que tentam, em vão, se apoderar da Cabalá, são fanáticos desesperados cujo único potencial congregador se dá pela unidade do ódio gratuito.

Ortodoxos são os donos de tudo, de D'us, da Torá, da experiência pessoal do sagrado, de Israel, das conversões e AGORA, até mesmo da Cabalá. Essa é a ilusão que os nutre. Saibam todos, que existem grandes escolas de Cabalá dispostas a ensinar os fundamentos desta preciosa tradição a todos os que estejam dispostos a aprender e beber de sua fonte.

Justo a Cabalá, que sempre foi o pensamento "marginal" da religião oficial e que ao longo da história sempre teve como maior obstáculo a própria ortodoxia fundamentalista. Moisés não era ortodoxo. Rav Shimon Bar Yochai não era ortodoxo. Tão pouco o foi, Nehuniá Ben HaKaná, Baruch Togarmi, Avraham Abuláfia, Itzchack Luria, Moshé Chaim Luzatto e Baal Shem Tov. Todos, todos foram perseguidos e massacrados pelo fundamentalismo, intransigente, incoerente e incompetente de seus tempos.

O que dizer das perseguições sofridas por Rav Avraham Abuláfia, no século XIII? De onde vinham os ataques? Vinham de fanáticos fundamentalistas de seu tempo. O que Abuláfia, com muita propriedade chamou de "os dormentes".

Fundamentalistas se apoderam de uma profunda incoerência e discursos pré-formados, retórica implacável e erudição exemplar dos que constroem "torres" de idéias. Idéias cuja única ganância é destruir o que é diferente.

Lhe dirão que este e aquele movimento espiritual não são "legítimos" por causa da HALACHÁ (Código de Leis Judaica).

O que eles não explicam, talvez por que não saibam é que "halachá", literalmente significa "forma caminhante". E é no momento desta "caminhada" que se pode ver a incoerência absurda dos fundamentalistas pois os mesmo não se movem nunca.

Quando a opinião do diferente é descartada, quando há indiferença e se busca desqualificar a experiência sagrada do outro (dos outros), criamos um mundo onde torna improvável a convivência lúcida e equilibrada. Surge neste instante a pobreza espiritual desastrosa, danosa e muitas vezes criminosa.

Mais o que é então esta onda de ataques que surgem dentro deste universo virtual? Trata-se de uma guerra ideológica e de interesses toscos. Há claramente um grande medo e uma enorme insegurança por parte de grupos radicais, cada vez mais impopulares em suas tentativas de angariar "fiéis" mantenedores.

E na onda desses medos conspiratórios a estupidez ganha forma, talit e "aromas" diversos.


*Raziel Malach - postado no orkut comunidade "Cabala, Kabbalah"



Fique na Luz Divina !!!

terça-feira, 15 de julho de 2008

*** PINCHAS - O DIA DA CURA ***

Pinchas (Pim-rrás) Dia Cabalístico da Cura !!!

NOTA: O próximo Pinchas será contado a partir do por do sol do dia 18.07.2008 (sexta-feira), até o por do sol do dia 19.07.2008 (sábado).

*** Horários máximos da Energia de Pinchas: os horários de pico da Energia são três: o primeiro e maior deles é das 00:00 às 01:00 hs (do dia 18 para o dia 19 de julho), o segundo às 12 horas do dia 19 de julho e o terceiro é no final da tarde, mas antes do pôr-do-sol do dia 19 de julho. Estes horários são válidos para qualquer localidade, respeitando o horário local.

Segundo a tradição cabalística e judaica, todas as almas do mundo são julgadas neste dia no plano etéreo, podendo atingir a cura física, espiritual, mental e emocional, daí a sua grande importância.

Sei que muitos esotéricos falam do julgamento trimestral do Conselho Cármico, mas o dia de Pinchas é muito além do julgamento trimestral, pois é o dia do Grande Julgamento Anual e, estranhamente, é pouco divulgado, salvo de forma altamente secreta e restrita a pouquíssimas pessoas, tais como, grandes cabalístas, judeus e em raras escolas iniciáticas para membros de graus bem avançados.

Vários “milagres” ocorrerem no dia de Pinchas (Pim-rrás), tais como pessoas com sérios malefícios físicos se curarem, pessoas abandonarem vícios, pessoas literalmente “falidas” voltarem a ter harmonia em seus negócios, além de retirada de negatividade de todos os gêneros saírem por completo da vida das pessoas, daí a preocupação em compartilhar dessa data tão especial.

É um dia altamente especial para atrair a Cura Espiritual, física, emocional, financeira, nos relacionamentos etc ...

Na Bíblia, Antigo Testamento, Livro Números, Capítulos 22 a 25, tem-se que os hebreus conquistam algumas cidades antes de ingressarem na Terra Prometida. Não eram poucos os que almejavam o posto espiritual de Moisés (Moshé) e, para retirar a proteção divina do povo hebreu, o rei Balac envia sacerdotisas usuárias de magia negra e magia sexual para seduzirem as pessoas, com o fim de atrair a ira de Deus ao povo hebreu e a todos os protegidos.

O clímax desta história (Números, Capítulo 25) é quando o líder de uma das tribos de Israel começa um ato sexual em público com uma das sacerdotisas enviadas por Balac. O sacerdote hebreu chamado Pinchás (traduzido para a versão portuguesa com o nome de Finéias) sai do meio da multidão e crava uma lança que atravessa os dois. Pinchás foi lá e fez o que tinha que ser feito e, em resposta à sua ação, Deus dá por encerrada a sentença de sua ira, mas a essa altura, cerca de 24 mil pessoas já tinham morrido.

Assim, apesar de se tratar de um dia de cura e de grande julgamento e de proteção, o dia de Pinchas, curiosamente começa com um assassinato. Mas também simboliza a vitória do bem sobre o mal e a retirada de toda a energia negativa da vida das pessoas, terminando com a grande proteção de Deus.

Mas como se conectar as graças nesse dia tão especial?

Tendo em vista que o ideal estará fora do alcance da maioria (orações judaicas em sinagogas, rituais específicos em escolas iniciáticas, etc), envio um método alternativo para esta conexão, que foi enviado para mim pela Terapeuta Vera Ghimel como segue:

Primeiramente, é importante saber-se o real significado da história do DIA DE PINCHAS já que as traduções ao português podem dar a entender coisas diversas daquela efetuada quando da leitura no hebraico original. E, com esse pensamento de vitória do bem sobre o mal, leia os Salmos 23 e 91, tendo a intenção de sintonizar-se a energia da cura divina e ser agraciado com a mesma em tudo o que rogar para Deus.

Não é uma questão de fé, mas de prática! Deposite a sua energia no que deve ser feito e tenha certeza que a resposta será positiva ao abrir o seu coração para Deus.

Por certo, aos que puderem escanear com os olhos as letras hebraicas (linha a linha e da direita para a esquerda) os trechos bíblicos acima informados ou também escanear as letras hebraicas ou aramaicas referentes Zohar, estarão efetuando uma conexão à moda antiga, se quiserem usar uma conexão mais próxima aquela efetuada na cabala, etc).

Contudo, o que vale é a intenção e, uma vez sabendo o real significado da história, a energia abrangerá todas as pessoas.

Além de ler os trechos bíblicos, as pessoas podem, também, incluir em seus rituais a prática judaica e cristã de abençoar o pão e o vinho mediante orações e, após, comer do pão e beber do vinho, simbolizando ritualisticamente essa cura espiritual, além de atrair para si a energia da "Luz Divina". Aconselhamos que tomem vinho tinto para simbolizar o sangue = energia divina, pois esse dia é sério demais.

Espero, do fundo do coração, que se conectem a energia do Grande Julgamento Anual da Cura, conectem-se com o Eu Divino Pessoal e retirem toda espécie de negatividade de suas vidas.


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Era o que queria compartilhar com todos.
Desejo um Dia de "PINCHAS" com muita "Luz Divina" e que todos realizem a Cura que necessitam.

Fiquem na "Luz Divina" !!!

domingo, 13 de julho de 2008

*** KIRON E A DISSONÂNCIA DA CATÁSTROFE ORIGINAL ***


A ferida de Kiron é um pedaço de pão amargo que assumimos ao encarnar. Quando Kiron está junto à cauda do dragão, significa que há muitas vidas transportamos essa ferida.
É nesse aspecto astrológico que nos transformamos em Curadores.
Por mais que eu me individue, essa realização contribui sempre para a realização comum da Humanidade.
Onde eu tenho Kiron, é onde eu recebo a dissonância vinda da catástrofe original. Ela atinge-nos em cheio, a partir do inconsciente.
A primeira coisa a fazer é CONSCIENCIALIZAR o sofrimento que “parece pessoal”, mas é a ressonância duma catástrofe psicológica colectiva, que se instala nos nossos chacras.
As dores “individuais” também têm a ver com ela. A nossa dor também é a dôr do Cristo, porque ele também foi expulso connosco.
Pode ser dôr, ou saudade, ou vazio, ou necessidade, ou incómodo, «área dificil da vida», etc, uma angústia.
Como não se pode fazer o caminho de retorno, é necessário curar alguém com o mesmo Kiron. Daí vem o Serviço.
Os sonhos, a arte, os trabalhos de introspecção podem ajudar, mas não conseguem chegar aos outros.
Onde temos Kiron somos curadores fortes dos outros. Ao fazer esse trabalho, fazemos vibrar a Árvore da Vida, e por ressonância dela recebemos a cura em nós mesmos.




KIRON EM CARNEIRO
Dá a sensação do herói ferido, aquele que perdeu o contacto com a sua causa.
Há muito dinamismo presente, mas não há onde o aplicar.
De que serve uma energia heróica se não há onde a aplicar, nem existe poder para iniciar a busca (o movimento, a libertação da imobilidade)?
É uma ferida na Vontade de fazer a busca.
Usa-se o “outro” como espelho, para dizer o que precisamos de ouvir.
Quando se vibra o nosso Kiron, estamos mesmo a curar o outro.
Kíron vem do fundo , atravessa toda a dissonância e alivia a zona distorcida, curando o outro.
Essa descompressão cura-nos retrogradamente a NÓS MESMOS.
Kíron em Carneiro dá portanto: o heroísmo perdido e cria a sensibilidade aguda ao herói dos outros.




KIRON EM TOURO
Dá a sensação do corpo perdido, da vitalidade perdida. É o atleta quebrado. A animus física perdida.
A sensualidade está ferida.
Há a nostalgia dum envolvimento seguro, o corpo roubado, ferido, traído, ou traído pelo corpo.
O curador ajuda os outros a assumir a sensualidade e a beleza do corpo. Kiron em Touro pode dar massagistas belíssimos.



KIRON EM GÉMEOS
A nostalgia da palavra perdida.
A perda da expressão expontânea.
A perda da verbalização.



KIRON EM CANCER
A ferida é a nostalgia da Mãe Divina.
Os seres sentem-se órfãos do poder protector e nutriente da Mãe Divina. Cria uma apetência para exagerar no papel da mãe, uma falta de amor.



KIRON EM LEÃO
Significa a identidade perdida.
Há uma quebra entre a psique colectiva e o eixo crístico.
A consciência de si, o direito a si, “um lugar ao sol” está travado, em vazio.
Por mais autor e criativo que um ser seja, continua a sentir esse vazio.
Planetas em trígono a Kiron, dão enorme poder de cura.
Kiron em Leão é como um espelho partido: eu só vejo fragmentos de mim.



KIRON EM VIRGEM
A ferida de Virgem é a disfuncionalidade geral. Estes seres desconfiam profundamente do corpo, há uma saúde perdida (a vibração magnética do ouro), pois a impecabilidade e a saúde do corpo é regida por Virgem.



KIRON EM BALANÇA
A ferida é a nostalgia do amor-perfeito, do casal perfeito.
A nostalgia e o sofrimento pela ânsia da alma gémea.



KIRON EM ESCORPIÃO
Aqui existem 2 feridas.
1º – Uma ferida ao nível dos Poderes Ocultos.
Escorpião é Poder psíquico, poder de exorcisar pessoas. A ferida inibe o Poder Psíquico para ver além do véu, e a pessoa sente-se exposta. Sente-se invadida por forças do inconsciente colectivo.
2º – Uma ferida ao nível da Sexualidade.
Dá uma incapacidade para controlar a líbido, controlar as correntes subterrâneas, ocultas, o irracional e a membrana que devia equilibrar-nos, versus a onda do inconsciente colectivo.
A experiência sexual, parece terminar sempre numa experiência de sofrimento.
Há uma dôr no plano da sexualidade.



KIRON EM SAGITÁRIO
A ferida é a nostalgia da Voz Superior, a dôr por não ouvir essa Voz. Os Seres sentem que o seu antakarana* (ligação com a Alma) está desfeito e que há quebra do alinhamento. Sentem um desalinhamento permanente com o alto.
A presença deste Kiron ajuda a alinhar os outros seres.



KIRON EM CAPRICÓRNIO
É a dôr da ausência da Cidade Sagrada.
Há um mal estar pela crise de autoridade institucionalizada. É o vazio, ao olhar para uma sociedade e verificar a distância que existe entre a autoridade e o vínculo sagrado.



KIRON EM AQUÁRIO
A ferida é a dôr do conhecimento cósmico perdido, a Alquimia, a Geomância, etc.
É a dôr pela Ciência perdida. Dôr pela perda da época em que os homens eram livres pelas asas do conhecimento.
Em Kíron somos canais de dissonância colectiva
Canalizamos o mal-estar de toda a gente.
Há uma dôr pela fragmentação da humanidade, uma nostalgia da Fraternidade perdida, da união entre os Povos.
Há também nostalgia pelo Alfa Adam Kadmon final, a Síntese do Homem.
Kiron em Aquário sente dôr pelo egoismo colectivo.
Estar em contacto com a Ciência perdida é balsâmico para Kiron em Aquário.



KIRON EM PEIXES
Kiron em Peixes é a dôr da dôr. É a nostalgia do próprio Paraíso, que abarca todas as outras dores.
O que Kiron sente aqui é que “estamos fóra do Eixo Crístico Original”.
A ferida é sentir dôr da dissonância geral.
Há um alívio dentro destes seres quando ajudam alguém a dar um passo na direcção do Paraíso.



KIRON PODE SER CURADO?
Pode, mas é preciso ir muito, muito fundo.



*Fonte: Os Melquizedek "O Círculo Ra Ptaah"
Enviado pela Terapeuta Marilena Rodrigues.


Fique na "Luz Divina"

*** ALMAS GÊMEAS ***


A Bela Helena e o Mistério das Almas Gêmeas

O ascenso sublime e maravilhoso da Sexta Serpente radiante, para dentro e para cima, ao longo do canal espinhal do corpo búdhico, deu-me, de fato e por direito próprio, passagem franca para a sexta Iniciação Venusta...

No mundo búdico, ou intuicional universal, tive que vivenciar, por aquela época, alguns capítulos transcendentais do evangelho crístico...

Quero me referir agora, com suma delicadeza, a certas passagens miríficas secretas, intencionalmente eliminadas do texto original pelos escribas e doutores da lei...

É certamente deplorável que a Santa Bíblia hebraica tenha sido tão cruelmente mutilada, adulterada, deformada...

O que então experimentei na cósmica região intuicional guarda múltiplas concordâncias rítmicas perfeitas com os diversos processos esotéricos iniciáticos que nós devemos vivenciar aqui e agora...


Extraordinárias cenas relacionadas com os outros planetas do sistema solar de Ors, no qual vivemos, nos movemos e temos o nosso Ser.

Quando a Sexta Víbora de Luz resplandece transpôs o umbral augusto de sua correspondente câmara no coração tranqüilo, gloriosamente brilhou o sol da meia-noite no inalterável infinito...

Eu entrei no templo da Iniciação, acompanhado por muita gente. Cada um dos do cortejo portávamos em nossa destra uma vela, círio ou tocha ardente...

Nesses instantes, eu me senti vivenciando aqueles versículos esotéricos, crísticos que ao pé da letra dizem:

“E logo, ainda falando ele, veio Judas, que era um dos doze, e com ele uma companhia com espadas e paus, da parte dos príncipes dos sacerdotes (ou homens constituídos por autoridade mundana), e dos escribas (ou seja, dos tidos por sábios no mundo), e dos anciãos (os tidos, no mundo, por prudentes, sensatos e discretos).

E como veio Judas (o demônio do desejo), aproximou-se logo dele e lhe disse: “Mestre!”, E o beijou.

Então eles lançaram sobre ele suas mãos e o prenderam.”

Embriagado de êxtase, exclamei: “Eu sou o Cristo!” Uma dama-adepto me admoestou, dizendo: “Cuidado, não digas isso! É falta de respeito!”

“Nestes momentos o estou representado”, repliquei. A dama sagrada guardou, então, um respeitoso silêncio.

O drama cósmico dentro do templo das paredes transparentes teve certo sabor majestático muito grave, terrivelmente divino...

Convertido no personagem central, tive que experimentar, em mim mesmo, as seguintes passagens evangélicas:

“E trouxeram Jesus ao sumo sacerdote Caifás (o demônio da má vontade), e se juntaram a ele todos os príncipes dos sacerdotes (as autoridades oficiais deste mundo), e os anciãos (as pessoas muito respeitáveis e cheias de experiência), e os escribas (os intelectuais). E os príncipes dos sacerdotes e todo o concílio buscavam testemunho contra Jesus (o interno salvador), para entregá-lo à morte; mas, não o achavam. Porque muitos diziam falso testemunho contra Ele, mas seus testemunhos não concordavam.

Então, levantando-se uns, deram falso testemunho contra Ele, dizendo: “Nós o ouvimos dizer: “Eu derrubei este templo que é feito por mão (referindo-se ao corpo animal) e em três dias edificarei outro feito sem mão (o corpo espiritual, o To Soma Heliakon).” Mas nem ainda assim concertava o testemunho deles.

Então, o sumo sacerdote (com sua má vontade), levantando-se no meio, perguntou a Jesus, dizendo: “Não respondes algo? Que testemunham estes contra ti?” Mas ele calava e nada respondia (o silêncio é a eloqüência da sabedoria).

O sumo sacerdote voltou a lhe perguntar e lhe disse: “És tu o Cristo, o filho de Deus?” (o Segundo Logos). E Jesus lhe disse: “Eu Sou! (Ele é), e vereis o Filho do Homem (a todo verdadeiro cristificado ou osirificado) sentado à direita da potência de Deus (o Primeiro Logos) e vindo nas nuvens do céu.”

Então, o sumo sacerdote (o demônio da má vontade) rasgou suas vestimentas e disse: “Que mais temos necessidade de testemunhos? Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece?” E eles todos o condenaram a ser culpado de morte. E alguns começaram a cuspir nele, e cobrir seu rosto, e dar-lhe bofetadas, e dizer-lhe: “Profetiza! E os servidores o feriam com bofetadas.

E, logo pela manhã, havendo tido conselho, os príncipes dos sacerdotes, com os anciãos e com os escribas, e com todo o concílio, levaram Jesus atado e o entregaram a Pilatos.

E Pilatos (o demônio da mente) perguntou-lhe: “És tu o rei dos judeus?” E respondendo Ele, disse-lhe: “Tu o disseste!”

E os príncipes dos sacerdotes (as autoridades deste mundo) o acusavam muito.

E lhe perguntou outra vez a Pilatos, dizendo: “Não respondes algo? Olha de quantas coisas te acusam” (ao Cristo Interno o acusam todas as pessoas, até aquelas que se dizem seus seguidores).

Mas Jesus (o Cristo Íntimo) nem sabia com isso respondeu. (Repito: O silêncio é a eloqüência da sabedoria). Pilatos (o demônio da mente) se maravilhava.

Entretanto, no dia da festa lhes soltavam um preso, qualquer um que pedissem. E havia um que se chamava Barrabás (o demônio da perversidade que cada um leva dentro), preso com seus companheiros de motim, que haviam cometido morte numa revolta (porque o ego é sempre homicida e malvado). E, visto a multidão, começou a pedir que se fizesse como sempre lhes havia feito.

E Pilatos lhes respondeu, dizendo: “Quereis que vos solte o rei dos judeus?” Porque sabia que por inveja o haviam entregue os príncipes dos sacerdotes (as autoridades de todo tipo). Mas, os príncipes dos sacerdotes incitaram a multidão para que lhes soltasse antes Barrabás (as autoridades de todo tipo defendem o ego. Elas dizem: primeiro eu, segundo eu, terceiro eu).

E, respondendo Pilatos, lhes diz outra vez: “Que, pois, quereis que faça daquele que chamais de rei dos judeus?” E eles voltaram a dar vozes: “Crucificai-o!” (Crucificai! Crucificai! Crucificai!).

Do “sancta” inefável saí extático, depois de haver experimentado, de forma direta, o tremendo realismo íntimo de todos estes versículos parágrafos acima citados.

Revestido com uma nova túnica de glória, vestimenta talar esplendorosa, saí da grande catedral da alma...

Quão ditoso me senti ao contemplar, dali, o amplo panorama! Então vi o fluir e o refluir de todas as coisas...

Budhi é como um vaso de alabastro fino e transparente, dentro do qual arde a chama de Prajna...

Atman, o Ser, tem duas almas. A primeira é a alma espiritual e é feminina (Budhi). A segunda é a alma humana e é masculina (Manas superior).

O animal intelectual, equivocadamente chamado homem, só tem encarnada, dentro de si, a Essência.

Ostensivelmente, esta última é o Budhata, uma mínima fração da alma humana, o material psíquico com o qual se pode e se deve fabricar o embrião áureo. (veja-se O Mistério do Áureo Florescer).

A fonte e base da alta magia se encontra no desponsório perfeito de Buddhi-Manas, já nas regiões puramente espirituais, ou no mundo terrestre.

Helena significa claramente os esponsais de Nous (Atman-Budhi) com Manas (a alma humana, ou causal), a união mediante a qual se identificam Consciência e Vontade, ficando, por tal motivo, dotadas ambas as almas com divinais poderes...

A essência de Atman, do primordial, eterno e universal fogo divinal, encontra-se contida dentro de Budhi, que, em plena conjunção com Manas causal (alma humana), determinam o masculino-feminino.

A bela Helena de Tróia é a mesma Helena do Fausto de Goethe, Shakti, ou potência feminina do Ser Interno...

Ele e Ela, Budhi-Manas, são as almas gêmeas dentro de nós mesmos (embora o animal intelectual ainda não as tenha encarnadas), as duas filhas adoráveis de Atman (o Íntimo), o esposo e a Esposa eternamente enamorados...

Tal amor tem infinitas correlações, seja nos pares conjugados dos sóis duplos do céu e no da Terra com a Lua; seja no anfiáster protoplasmático das células determinantes, como é sabido, do misterioso fenômeno da cariocinese ou duplicação morfológica da célula una; seja no universal simbolismo das epopéias e de toda a restante literatura, onde o amor ideal entre dois seres se sexo oposto constitui a “alma mater” da produção literária.

Inquestionavelmente, o Sahaja Maithuna, como sacramento da igreja de Roma, repete-se com os gêmeos no acasha Tattwa e continua glorioso com Osíris-Ísis na região de Anupadaka.

Esclareço: Quando citamos a igreja de Roma, coloque-se as letras ao universo e leia-se assim: Amor. Obviamente, o sexo é a igreja do amor.

A teoria das almas gêmeas não implica em perigo algum quando captamos seu profundo significado. O coito químico, a cópula metafísica, resplandece gloriosamente no zênite do ideal, sem a mais leve sombra de impureza...

O legítimo enamoramento nunca está separado do sexo. O ato sexual é, certamente, a consubstancialização do amor no realismo psicofisiológico de nossa natureza.

O desponsório Budhi-Manas só é possível mediante o coito químico. O desfrute sexual é um direito legítimo do homem.

Renato cometeu o grave erro de afirmar, de forma enfática, que a Helena de Simão, o Mago, era uma formosa mulher de carne e osso, a quem o citado mago havia encontrado num lupanar de Tiro e que, segundo opinam seus biógrafos, era a reencarnação da Helena grega.

Tal conceito não resiste a uma análise profunda. Os colégios iniciáticos autênticos ensinam, com inteira clareza, que a bela Helena é Budhi, a alma espiritual da Sexta Iniciação Venusta, a Shakti potencial feminina.

*Retirado do livro As Três Montanhas escrito por: V.M Samael Aun Weor



Fique na "Luz Divina"

*** MANTRAS CURATIVOS ***


Estou falando aqui de poderes psíquicos, de psicologia experimental, revolucionária e transcendente, para falar a vocês porque quero que vocês se elevem ao estado do Super-Homem. Chegou a hora de lutar de verdade por uma transformação radical. Dentro de nós, em estado latente, existem poderes formidáveis, mas é necessário despertá-los e sair desse estado de debilidade em que nos encontramos. Assim como estamos, somos vítimas das circunstâncias, não sabemos dirigir circunstâncias, somos vítimas e nada mais que isso, vítimas. Necessitamos transformar-nos totalmente, apelar a nossos poderes psíquicos, pois os temos e seria uma lástima se continuássemos assim como estamos. Isto seria tão absurdo como alguém, que sabendo que existe um tesouro enterrado, estando seguro da existência do mesmo, não o pegasse jamais.

Dentro de todos nós existem tesouros inesgotáveis ...


O médico espiritual descobre, localiza o órgão enfermo dentro do corpo, mediante uma análise sensitiva, porém, ele não crê em enfermidades locais, sintomáticas, embora dirija sua energia ao órgão, e o utilize como canal, para curar o conjunto. Para diagnosticar e localizar a enfermidade, é necessário identificar-se com o paciente desta maneira: "Com ansiedade, atrai ao corpo um átomo psíquico, parasitário, disse: Aqui está o câncer, motivado por emoções e tensões contínuas e permanentes. Este estado tensional de ansiedade, atrai ao corpo um átomo psíquico, parasitário, que se introduz na região ou órgão mais débil do homem. O domínio desta praga, que em tempos futuros tomará mais auge, se fará por meio de outros átomos parasitários, mais fortes, que se encontram na própria Natureza, e que anulam os efeitos do parasita canceroso. O médico deveria saber que a enfermidade começa em um corpo mais sutil que o físico, para refletir-se, depois, neste. Na Alma ou corpo dos desejos aninham-se todas as enfermidades por motivo de ódio, luxúria, inveja, glutonice, etc... Estes vícios perturbam, primeiramente, os centros de nosso sistema nervoso, e obstruem as correntes vitais diminuindo a energia física. Eles abrem uma brecha na aura defensora da harmonia e da saúde. O curador, antes de tudo, deve utilizar as duas energias: solar e lunar. Estas energias fluem, para vitalizar e conservar são a cada ser. O Mago as absorve a vontade e as dirige a seus enfermos, para reestabelecê-los. O curador trata, primeiramente, de expulsar de seu enfermo as emoções negativas, com seu poder mental e divino, para curar, depois, seu corpo físico. O pensamento tem seu tipo de onda, com a qual imprime no ser, seu caráter, e pode provocar transtornos na vida atômica e celular. O pensamento cura e enferma. A aspiração, a inspiração e os pensamentos puros, são os únicos meios que mantêm o homem equilibrado e são; ativam a secreção glandular e depuram as impurezas do organismo. Certas vogais e sons fazem vibrar as glândulas e, lhes dão assim, o poder de eliminar certas impurezas do organismo, aumentando sua capacidade funcional. As letras têm seu poder, e o Verbo-Som tem sua magia. Já vos foi dito: o pecado é enfermidade e a enfermidade é pecado. O pecado é a desobediência, consciente ou inconsciente, às leis naturais. O homem é trino, por ter três centros de vida: a cabeça é o centro da vida pensante; no peito está a vida pela respiração; no abdome, pela alimentação. Por isto pode-se dizer que o homem adoece pelo pensamento, pela respiração e pelo alimento. O corpo é o Templo do Espírito, é o Templo de Deus. Aprendei e ensinai a comer, e assim podereis ser Curadores e verdadeiros médicos.

"Recordai-vos do que foi dito há séculos: Há duas espécies de conhecimentos; há uma ciência médica e uma sabedoria médica. A compreensão animal pertence ao homem medíocre, porém, a compreensão dos mistérios divinos pertence ao espírito divino nele. A chave para curar a enfermidade acha-se na compreensão da lei fundamental, que dirige a Natureza do homem e, para isto, é preciso uma medicina que conheça o homem em seus três aspectos ou mundos. Os sábios antigos sabiam acerca de sua verdadeira natureza mais do que tem sonhado as escolas de medicina".

"Mantras Curativos e Mágicos"

É reconhecido por todos que a palavra falada possui um poder relativamente profundo na mente das pessoas, tanto positiva quanto negativamente. Quando algum enfermo escuta palavras de ânimo, de alento, parece que uma nova força toma conta de sua alma, dando-lhe mais otimismo e segurança num iminente restabelecimento. Quando alguém se deprime por diversos problemas em sua vida, alegra-se ao ouvir um cântico religioso, permitindo-se a uma interiorização e contemplação de seu "mundo interior", para uma maior comunhão com Deus, a fonte essencial da cura.

Por isso, o Sábio trata com muito cuidado e zelo tudo aquilo que entra em seus ouvidos e principalmente o que sai de sua boca.


Se o estampido de um canhão consegue produzir um grande estrondo em seu redor, palavras mal pronunciadas em momento inadequado conseguem criar situações às vezes muito desagradáveis, não só aos ouvintes, mas na maioria das vezes a quem a pronunciou.

No entanto, o poder da palavra falada, chamada de Mantraterapia (ou Verboterapia), não se restringe a uma disciplina verbal, no sentido socrático da idéia, ou seja, simplesmente utilizar com precisão e ordem os conceitos intelectuais que se quer transmitir. A Mantraterapia vai mais além, ao defender que por trás da pronúncia de um som se encontra um poder, uma energia, uma força espiritual, capaz de operar magicamente, não só no operador, mas no ambiente ao seu redor.

Ao estudarmos algumas passagens de livros religiosos, vemos como o uso dos mantras sempre foi considerado de seríssima importância. Encontrando-se num templo de Mistérios egípcio, o sábio grego Sólon perguntou a um dos mestres ali presentes sobre as possíveis causas do afundamento da Atlântida; esse Mestre afirmou com ênfase que não se podia falar inconseqüentemente sobre desgraças daquela natureza, principalmente num ambiente carregado de energias de altíssima força espiritual, pois se poderia atrair as mesmas circunstâncias. Essa resposta foi suficiente para calar o filósofo grego.

Vemos também um caso espantoso, como é o da destruição de Jericó por Josué e seus sacerdotes e guerreiros, os quais rodearam as muralhas dessa cidade por vários dias e logo após entoaram cânticos, gritaram e tocaram seus instrumentos, o que fez com que Jericó fosse totalmente destruída pelos fogos subterrâneos. Também vemos o grande Mestre Jesus, o Cristo, realizando múltiplos milagres com a simples pronúncia de uma tantas palavras, muitas delas ininteligíveis aos ouvidos dos não-iniciados.

A Bíblia nos diz claramente, segundo João Batista, que no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o profeta Moisés, em sua Gênese, explica que Deus, Elohim, criou todas as coisas com o uso de Sua Palavra. "Faça-se ", e o caos se transformou nas diversas ordens de Cosmos, de acordo com a Música das Esferas, cantada pelos Construtores(Elohim é uma palavra plural, indicando que foram os Deuses que criaram o mundo).

Por isso vemos porque a palavra sempre foi muito bem empregada, sempre foi reconhecida como fundamental para o crescimento e desenvolvimento de nossos poderes internos, de nossa saúde mental e física, além de nosso nível de Consciência.

Os magos afirmavam que os sons que emitimos obedecem à Lei Cósmica do Retorno, ou seja, à lei da Causa e Efeito, ou Karma.

Toda ação gera uma reação proporcional e em sentido contrário, em três níveis: físico, mental e conscientivo.

As origens de muitos mantras, nomes sagrados, termos cabalísticos etc., remontam a épocas arcaicas. Muitos ocultistas afirmam que os mantras não passam de resquícios de uma Língua de Ouro, perdida quase que totalmente na atualidade, somente falada por Deuses e Anjos.

Para o Profeta Enoch, esses gigantes eram Seres fantásticos que guiaram nossa evolução em épocas imemoriais, entregando-nos seus alfabetos sagrados e mantras de ouro.

Alguns desses mantras permaneceram até os dias de hoje, graças às Escolas de Mistérios que conseguiram resguardar alguma coisa dessa língua mágica falada pelos Ancestrais, na forma de nomes divinos, palavras misteriosas e sem significado aparente:

ADONAI, YAH, YOM, EHEIEH, ISIS, ALLAH, IAO, AOM, KWAN - YIN, INRI...

Diz Eliphas Lévi sobre o Poder do Verbo: "Toda Magia está numa palavra, e esta palavra, pronunciada cabalisticamente, é mais forte que todos os poderes do céu e do inferno. Com o nome IOD-HE-VAU-HE comandamos a natureza; os reinos são conquistados em nome de ADONAI e as forças ocultas que compõem o nome de HERMES são todas obedientes àquele que sabe pronunciar o nome incomunicável de AGLA. Por isso, os sábios de todos os séculos temeram diante dessa Palavra absoluta e terrível".

Os mantras foram usados para diversos fins: curativos, mágicos, ritualísticos, conscientivos, espirituais. Para os descrentes, a pronúncia contínua e concentrada de certos mantras induz a uma auto-sugestão, a um auto-engano. Na verdade, devido ao desconhecimento da Anatomia Oculta do Homem(como já dissemos anteriormente), somente os Iniciados percebem os efeitos das palavras mantralizadas, que vibram primeiramente em nossa Alma, ressoando nos chacras, nos canais energético(Meridianos) e sobre os estados de Consciência.

Por isso, esses mesmos Iniciados, principalmente hindus e maias, enfatizam a idéia de que nosso corpo e nossa alma são a resultante de um Alfabeto Cósmico e cada fonema vibra em determinadas regiões de nosso organismo, atuando terapêutica e magicamente sobre o próprio mantralizador. Ou seja, somos um instrumento musical que deve vibrar com as mais deliciosas melodias cósmicas.

Vejamos alguns exemplos práticos, entregues pelo VM Samael Aun Weor em seus diversos tratados, que complementam este texto:



*MANTRA E FINALIDADE.

-AOM Cristaliza o que se desejou, é o nosso Amén; harmonizador

-AOM-TAT-SAT-TAM - PAM-PAZ Conjunto poderoso de mantras para se atraira força curativa do Sol. São os mantras do Arcanjo Michael, Inefável Senhor do Sol

-HAGIOS Limpa e abre a atmosfera astral para a manifestação dos Mestres, possibilitando maior contato com eles durante rituais

-ANTIA-DAUNA-SASTASA Poderoso mantra de invocação dos Mestres Ascensionados. Deve ser cantado

-OM...HUM... Melhora nossa meditação e interiorização

-JEÚ... Amplia nossa atenção e auto-observação; ótimo para meditação

-RAOM-GAOM Ajuda-nos a recordarmos nossos sonhos

-MORFEU Controlamos nossas Viagens Oníricas

-GU... RU... Cura o fígado

-HELION-MELION-TETRAGRAMATON Fecha nossa Aura. Para Defesa Psíquica

-BHUR Cura nosso Baço

-M... Fortalece e cura próstata / útero; regula a menstruação

-KRIM... Cura o estômago, congestões, úlceras etc.

-EGIPTO... Cura o fígado e auxilia nas viagens astrais

-EFTAH... Cura as cordas vocais e tiróide

-OMNIS - HAUM - INTIMO... Atrai as forças superiores do Pai Interno (Íntimo)

-OM MANI PADME HUM Outro mantra para invocarmos nosso Íntimo

-IN...EN... Atraem as forças curativas do Espírito Santo, Senhor dos Curadores

-JAORI Sagrado mantra da Ave de Minerva, que realiza qualquer meta desejada. Direciona nossos fogos interiores para a realização do pedido

-I... Se prolongada, esta vogal direciona a energia vital para o cérebro

-E... Idem para a garganta, cordas vocais, tiróide e paratiróides

-O... Cura e fortalece o coração. Poderoso para problemas cardíacos

-U... Fortalece as funções digestivas

-A... Cura os pulmões e limpa o sangue

-ONOS AGNES Minimiza a dor de dentes

-OMNIS - BAUN - IGNEOS Mantra para invocarmos ajuda dos mestres médicos maias

-MANGÜELE-MANGÜELA Poderoso mantra lunar, ensinado pelos mestres astecas. Altamente curativo e transmutador

-S... M... HAN... Cura do corpo mental

-SENOSSAN - GORORA - GOBER - DON Mantra mágico de um Deus dos Oceanos

-ADONAI Mantra lunar curativo

-ABRAXAS Cura pelos Seres do Fogo


*Mantras de transmutação

Existem alguns mantras poderosos de transmutação alquímica. Transformam nossas energias sexuais, emocionais e mentais em elementos energéticos e espirituais, além de curativos. Essas energias transmutadas se espalham maravilhosamente pelo organismo através de seu principal conduto, a coluna vertebral.
Enquanto vocalizamos um dos mantras dados em seguida, podemos visualizar essa energia transmutada em fogo regenerador subindo pela espinha dorsal até a cabeça, e daí até o coração, espalhando-se por todo o corpo. Vejamos:

-INRI...ENRE...ONRO...UNRU...ANRA... Seqüência de mantras que desperta os principais chacras

-ARIO... Mantra da constelação de Aquário

-IAO... Nome gnóstico de Deus; equilibra e direciona

-TORN... Mantra transmutador de Escorpião

-SSS... Transmuta, purifica e protege a Aura

-KRIM... Acumula a energia transmutada no plexo solar

Obs.: Quando ao final do mantra colocamos reticências (...), isso indica que deve-se prolongar a sílaba ou palavra até o final, até o ar ser totalmente expulso dos pulmões. Caso haja somente um hífen (-), então as sílabas deverão ser mantralizadas na mesma respiração.


Disse o Mestre Paracelso: Todas as enfermidades têm seu princípio em alguma destas três substâncias: sal, enxofre e mercúrio. Isto quer dizer que poder Ter a sua origem no mundo da matéria (simbolizado pelo sal), na esfera da alma (simbolizada pelo enxofre) ou no reino da mente (simbolizado pelo mercúrio). Se se deseja compreender melhor este aforismo do Mestre Paracelso, deve-se estudar a constituição interna do homem.

Se o corpo, a alma e a mente estão em perfeita harmonia entre si, não há perigo de discordâncias prejudiciais, porém se se produz um foco de discórida em um desses três planos, a desarmonia comunica-se aos demais.

O EU não é o corpo físico nem tampouco o corpo vital, que serve de base à química orgânica. Não é o corpo sideral, raiz mesma de nossos desejos, mem a mente, organismo maravilhoso cujo instrumento físico é o cérebro. O EU não é também o corpo da consciência, no qual se fundamentam todas as nossas experiências sentimentais, mentais e volitivas. O EU é algo muito mais recôndito. O que é o EU muitos poucos seres humanos compreenderam.

EU não sou a luz nem as trevas.

EU estou além do bem e do mal.

EU sou o Glorian.

EU sou o Íntimo.

O Glorian é o raio que ao tocar sua campanada vem ao mundo físico.

O Glorian é a lei e a raiz incógnita do homem.

O Glorian é o EU do EU.

O Glorian é a lei dentro de nós.

Quando o homem obedee a lei, não pode adoecer. A enfermidade vem da desobediência à lei. Quando os sete corpos, como se fossem sete eus, querem atuar separadamente, o resultado é a enfermidade.

Os corpos físico e vital devem obedecer à alma, a alma deve obedecer ao Íntimo e o Íntimo deve obedecer ao Glorian. Corpo, alma e espírito devem se converter em um universo puríssimo e perfeito atrabés do qual possa se expressar a majestade do Glorian.

Vejamos um exemplo concreto e simples. Se atiramos pedras nas água naturalmente produzirão ondas .Essas ondas são a reação da água contra as pedras. Se alguém nos lança uma palavra ofensiva, sentimos ira. Essa ira é a reação contra a palavra ofensiva e a consequência pode ser uma indigestão, uma dor de cabeça ou uma perda de energias simplesmente, causa de alguma enfermidade futura. Se alguém frustra um plano que projetamos, nos enchemos de profunda preocupação. Essa preocupação é a reação do nosso corpo mental contra a incitação externa. Ninguém duvida que uma forte preocupação traz enfermidades a cabeça.

Devemos dirigir as emoções com o pensamento, o pensamento com a vontade e a vontade com a consciência. Devemos abrir a nossa vontade com a consciência. Devemos abrir a nossa consciência como se abre um templo para que em seu altar oficie o sacerdote (o Íntimo) na presença de Deus (o Glorian).

Temos de dominar nossos sete veículos e cultivar a serenidade para que através de nós possa expressar-se a sublime e inefável majestade do Glorian. Quando todos os atos da nossa vida cotidiana, até os mais insignificantes, sejam a expressão viva do Glorian em nós já não voltaremos a enfermar.



**Esse é meu Mantra de Saúde Perfeita que pronuncio todos os dias, várias vezes:
"EU SOU DEUS EM AÇÃO NESTE CORPO... QUE É MEU TEMPLO... EU SOU A SAÚDE PERFEITA NESTE CORPO... "

E Viver sempre alegre!
Assim já estareis no caminho da superação e do triunfo que não admitem pessimismo, nem tristeza.

E lembre-se sempre que:
Dentro de todos nós existem tesouros inesgotáveis ...



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