terça-feira, 16 de junho de 2009

O Sol na Mitologia‏


O texto que segue foi enviado a mim por Dharma Dhannyá que é uma Psicoterauta transpessoal e astróloga, além de ser uma mulher de elevada espiritualidade e uma das Alma mais belas que conheço... Espero que goste!




Eu convido a todos para mergulharem no universo mitológico de Apolo, do Sol.

Que os Deus nos iluminem nesta caminhada.

Conhece-te a ti mesmo” está escrito no nos portões do templo em Delfos, que a luz do Sol interior – Eu Superior nos ilumine nesta busca.

“ Para Dion Fortune “a palavra Iniciado significa aquele em que o Eu Superior, a Individualidade, se entrefundiu com a personalidade e se encarnou realmente no corpo físico. Um iniciado é, por conseguinte, aquele cujo Eu Superior nos olha através de seus olhos’

‘Enquanto a consciência se focaliza na personalidade (pequeno “eu”), não podemos pô-nos em contato direto com as realidades. Conforme a personalidade se vai submetendo gradualmente ao Eu superior, a Luz interna (Sol interno) começa a resplandecer.

Tendo alcançado esta libertação da escravidão dos sentidos, abrem-se ante o iniciado : pode seguir a Senda Mística, que leva diretamente à libertação, ou pode seguir a Senda Oculta e voltar ao mundo dos homens equipado com os poderes da Mente Superior. O místico torna sua personalidade negativa, para assim, se converter em um canal de Forças Cósmicas”.

Aquele que não se “re-conhece’ como ser humano, alma, espírito, cidadão, está cego, sem direção e está sendo levado pelas inconsciente coletivo das massas.

Palavras chaves relacionadas com o Sol:

Deus da Música , medicina, e profecia. Equilíbrio autocentrado.

“conhece a ti mesmo” , “Verdadeiro Eu”. “Nada em excesso”.

O Sol sempre simbolizou essa vontade dirigida ou senso de propósito doador de toda a vida, é também a vasta e incipiente Força Vital que reside por trás da consciência centrada.

É por isso que todos os deuses do Sol simbolizam um equilíbrio entre a força vital inconsciente e a vontade, ou finalidade, que a dirige. O Sol símbolo da consciência reconcilia os opostos e representa o ponto central ou o equilíbrio entre o yin e o yang da vida. A luz nos revela a nossa verdadeira identidade., nosso verdadeiro Ser, Eu superior, Atma, Cristo Interno, Buda interior. O caminho do místico trata-se de um redespertar para aquilo que você é.

Quando você ler este texto, irá compreender que a consciência é a luz da inteligência ativa que nos ilumina com a clareza de um propósito direcionado para o bem de todos, para nossa felicidade, e nos guia para a realização do nosso destino, da nossa missão.

Quando estamos conscientes, ou seja integrados com nossa alma e espírito somos predestinados a encontrar a felicidade e iluminar outros para este caminho.

“O Sol” - Ariel Guttman e Kenneth Johnson

“... O Sol se ergueu em sua majestade;

O mundo tão gloriosamente contemplando

Que os cedros e vaies parecem ouro lustrado

Vênus o saúda com seu doce bom-dia:

"Ó tu, claro deus, padroeiro de toda luz,

De quem cada Campada e brilhante estréia empresta

Essa bela influência que as faz brilhar... *

— Shakespeare, "Vênus e Adônis "

O Sol ocupa uma posição única na astrologia. Não é igual aos outros planetas. Fica de fora, acima dos outros, devido ao fato de que todos os planetas giram em torno dele. É o centro do grupo; sua luz e seu calor permitem que a vida exista, cresça e se desenvolva — ao menos na Terra.

A primeira religião verdadeiramente monoteísta na história humana foi um culto solar, instituído pelo faraó egípcio Akenaton. O hino composto por esse precoce pensador religioso ainda sobrevive e indica que para Akenaton, assim como para os primeiros habitantes do planeta Terra, o Sol era a fonte de toda a vida: Ó Rá,

Na alvorada abres todos os horizontes,

Cada mundo de vida que fizeste

É conquistado pelo teu amor.

Como a luz do dia segue a ti,

Ela anda em paz...

Tudo o que foi criado

Foi criado em teu coração:

A Terra, as pessoas sobre ela,

Os alados, os de quatro patas,

Os que nadam, todos...

Eu sou teu filho.

Na maior de todas as alvoradas,

Eleva-me!12

A posição do Sol na roda do horóscopo, junto com seu signo e aspectos, tem sido para muitos astrólogos o ponto de referência principal. Talvez por isso a astrologia solar tenha se tornado tão popular. Mas, apesar de sua importância, o Sol não é o único fator no horóscopo; o destaque dado à astrologia solar nos jornais e revistas conspirou, na verdade, para impedir que o público tivesse consciência dos aspectos mais profundos da astrologia como um sistema integrado, holístico de pensamento. Embora a discussão sobre a importância do Sol em relação aos outros planetas vá se estender por muitas décadas, a maioria dos astrólogos provavelmente concorda que ele é ainda o primeiro item estudado na leitura de um mapa e, combinado com a Lua e o ascendente, constitui a maior parte dos dados essenciais a se basear na leitura astrológica.

A maior parte das culturas teve deuses solares. Na Grécia, a primeira divindade solar foi o Titã Hélios, que conduzia o carro do Sol pelo céu a cada dia e que foi o tema da famosa estátua chamada Colosso de Rodes (a ensolarada ilha de Rodes era consagrada a Hélios). Mas, o deus do Sol mais familiar à cultura ocidental é Apolo.

Sua mãe, a Titanesa Leto, fora fecundada por Zeus, o rei dos deuses. A esposa de Zeus, Hera, furiosa com a aventura de seu marido com Leto, decretou uma proclamação celestial que proibia qualquer santuário em homenagem à grávida Leto.

Após vagar por toda a região em busca de um lugar para dar à luz, Leto finalmente chegou à ilha de Ortígia e ali deu à luz Ártemis, irmã gêmea de Apolo e deusa da Lua, que assim que saíra do útero de sua mãe, esta imediatamente a conduziu, ainda em trabalho de parto, à ilha vizinha de Delos onde, no nono dia, ajudou no nascimento de seu irmão Apolo. Nenhum mortal tinha permissão de nascer ou morrer nessa ilha. É interessante notar que Delos é considerada o centro da cadeia de ilhas chamadas Cíclades, assim como o Sol é considerado o centro do sistema dos planetas. E dois leões, emblemas do signo de Leão, regido pelo Sol, guardam o santuário de Apolo naquele local.

Apolo era o filho dourado do panteão grego, dotado em música, matemática, medicina e profecia. Mas, no início, vagava pela Grécia em busca de um lugar sagrado para fundar seu santuário. Por fim, chegou ao ponto que hoje chamamos Delfos, porém o encontrou guardado por uma serpente gigante, a Píton. Apolo lutou contra a serpente, matou-a e ergueu seu santuário.

Ali ficava a sacerdotisa conhecida como Pitonisa;a quem pessoas em todas as estações da vida vinham de todo o mundo antigo para formular questões ao oráculo de Delfos. A pitonisa mascava folhas de louro sagradas, respirava a fumaça que saía de uma fissura na Terra e profetizava.

Qualquer mensagem trazida era considerada lei imutável. Ninguém podia questionar ou discutir. Dessa forma, Apolo, mesmo sem ditar diretamente as mensagens, tornou-se associado às leis proclamadas em Delfos.

Duas mensagens inscritas nos portões do templo em Delfos eram "Conhece a ti mesmo" e "Nada em excesso". O primeiro axioma tem clara ressonância com o conceito astrológico do Sol, uma vez que esse corpo luminoso é normalmente visto como representante do "Verdadeiro Eu" de um indivíduo.

Na maioria das vezes, a introdução à astrologia e aos aspectos mais profundos se dá por meio da informação representada pela posição do Sol no horóscopo.

Porém, e quanto a "Nada em excesso"? Também esse axioma descreve uma função solar, mas que demanda um exame muito mais profundo do mito.

Lendas que descrevem um deus em combate contra uma serpente mítica ou um dragão como Píton estão muito espalhadas. Alguns estudiosos feministas vêem como emblemáticos esses mitos da história sagrada.

O deus, segundo eles, representa a divindade das tribos patriarcais invasoras, enquanto a serpente representa a Grande Mãe, que fora dominada e posta de lado pelas novas religiões, que são mais guerreiras13.

Mas o mesmo mito pode ser encontrado, quase exatamente na mesma forma, entre os semitas, assim como entre os indoeuropeus — por todo o mundo antigo. Na Índia, o deus Indra derrota o dragão Vritra; o norueguês Thor enfrenta a serpente Midgard; ainda na Grécia, Zeus luta contra o dragão primordial Tifão; o épico da criação babilônica relata a batalha de Marduk contra a serpente marinha Tiamat; e o Antigo Testamento preserva fragmentos de um antigo mito no qual Javé batalha com outra serpente marinha, o Leviatã.

Obviamente, esse mito da luta contra o dragão é comum a todos os povos indoeuropeus, assim como entre os judeus e os babilônicos, que pertencem à mesma órbita cultural.

É verdade que, no Oriente próximo, a serpente primordial é descrita como feminina e podemos desconfiar que nessa região o mito realmente se tornou uma metáfora para a conquista do matriarcado. Mas, sua universalidade sugere que há um significado mais profundo, psicoespiritual, por trás dele.

Erich Neumann, em seu conhecido livro The Origins and History of Consciousness, faz uma interpretação junguiana desses mitos sobre a morte do dragão14. A serpente primordial, ou dragão, representa o inconsciente coletivo, como pode ser visto claramente pelo fato de ela viver sob o oceano (ou, na história de Apolo, embaixo da Terra), um símbolo universal do inconsciente. Assim como a serpente da alquimia, Ouroboros, o dragão possui o poder, o poder vital da própria vida.

Mas, esse poder ainda não tem direção nem propósito, está sem um foco. O dragão pode ocasionalmente ser representado como feminino porque a consciência feminina recebe impressões e percepções de modo intuitivo, psíquico, e não por meio de julgamentos conscientes (estamos aqui falando em termos muito gerais, sem referências aos modos de percepção escolhidos por homens e mulheres em particular).

Então o deus matador do dragão traz a ordem ao caos e leva o poder vital da mente coletiva para a luz do dia, dando-lhe foco e direção.

O Sol sempre simbolizou essa vontade dirigida ou senso de propósito — um Sol forte no horóscopo corresponde a um forte senso de propósito. Mas, o Sol, como doador de toda a vida, é também a vasta e incipiente força vital que reside por trás da consciência centrada.

É por isso que todos os deuses do Sol simbolizam um equilíbrio entre a força vital inconsciente e a vontade, ou finalidade, que a dirige. Ao estudar os atributos das diversas divindades solares, podemos aprender como os antigos percebiam o equilíbrio espiritual.

Apolo pode não ter sido um deus-sol originalmente (essa divindade tem uma história longa e conturbada)15, mas tornou-se vital no período clássico, merecidamente, considerando-se as artes e os dons que simbolizava.

Era o deus da ciência, da matemática e do manejo do arco, que são funções da consciência centrada, mas era também o deus dos oráculos e profecias, que são funções daquela consciência mais profunda e mais mística que reside por trás da consciência direcionada.

Como deus da música e da medicina, Apolo mostra sua verdadeira natureza de reconciliador de opostos — o musicista traz ordem ao caos sagrado do som puro, assim como o curandeiro traz ordem à própria força vital.

"Nada em excesso" — essa filosofia do equilíbrio que encontra expressão nos portões do oráculo de Delfos — pode significar igualmente "tudo em equilíbrio".

Shamash, o deus-sol babilônico, é freqüentemente simbolizado

erguendo-se entre duas montanhas16. Essas montanhas simbolizam os limites do mundo — ou, como diríamos hoje, as polaridades da consciência. O Sol reconcilia os opostos e representa o ponto central ou o equilíbrio entre o yin e o yang da vida.

No sistema astrológico ptolomaico praticado nas épocas romana e medieval, o Sol era visto como o rei dos planetas e o imperador Aureliano erigiu templos a Sol Invictus, o "Sol Invencível"17.

Tradicionalmente, diz-se que o Sol rege o Leão e o leão é o rei dos animais. Esse conceito do Sol sobreviveu na alquimia, que até o século XVII tinha uma visão de mundo mitológica. Os alquimistas ilustravam seus tratados com desenhos fabulosos e mágicos nos quais a força solar era freqüentemente representada como um rei coroado e vestido de púrpura.

O Sol alquímico freqüentemente era uma metáfora para o enxofre, uma substância ígnea, inflamável.

Em termos psicológicos, "Sol", "Enxofre" ou "Leão solar" simbolizava a força vital primordial, a mesma força que se manifesta em nossas vidas cotidianas como o ego.18

O Sol, portanto, pode ser comparado ao poderoso arquétipo masculino, que Robert Bly chama "rei interior"19. Esse rei interior, que todos nós, homens e mulheres, possuímos, é certamente um arquétipo muito complexo e não pode ser relegado apenas ao Sol — Júpiter, por exemplo, é também um importante componente do rei interior. Mas, em seu nível mais fundamental, o rei interior é outro símbolo do senso de propósito individual que toma nossas decisões por nós, que estabelece a estrada pela qual viajamos.

Não é o "Eu", o símbolo da completa totalidade. Embora tenhamos descoberto que o potencial para a completude era de algum modo incorporado pelos deuses Apolo e Shamash, o Sol ou rei interior é para a maioria de nós aquilo que foi para os alquimistas — a força vital ou princípio direcionador masculino.

De acordo com os alquimistas, o "Eu" aparece apenas quando o rei se une com a rainha em um casamento místico ou sagrado - a mysterium coniunctionis do Sol e da Luna, o Sol e a Lua. A emergência do "Eu" depende de uma união das qualidades masculinas e femininas. 20

Durante o período medieval e, mais tarde no século XVIII, o rei era um símbolo visível da força vital solar. Luís XIV da França pensava de forma mitológica ao se proclamar "O Rei-Sol". Seria de se estranhar, então, que os reis fossem vistos como seres sagrados?

Acreditava-se que os faraós egípcios e os reis merovíngios da França eram filhos dos deuses, ou de Deus, e os reis hebreus como Saul e Davi eram "ungidos".

Obviamente, um único indivíduo não é, na verdade, um ser

"sagrado" — exceto no sentido de que nós somos todos seres

sagrados. Em nosso mundo democrático, já ultrapassamos o conceito de absoluta monarquia que com freqüência mantém a maior parte da humanidade oprimida ou escravizada pelos desejos e éditos de uma única pessoa.


Mas, se ganhamos em termos de liberdade, perdemos em termos de clareza — astrologicamente, devemos notar que Urano, planeta da liberdade, que dá sentido às revoluções democráticas de todos os lugares, rege o signo oposto a Leão (Aquário), e que a clareza solar está em eterna oposição com o caos da liberdade democrática.


Robert Bly aponta que poucos líderes americanos, ao menos durante o último meio século, incorporaram um verdadeiro arquétipo solar ou real que possa ser relacionado a um nível nacional. Em vez disso, incorporaram uma forma pervertida do arquétipo do guerreiro — Marte atacando em um campo de batalha21.



Ficamos assim privados, enquanto nação, de clareza ou de um propósito direcionado.
Mas, mesmo essa perda aparente pode ter seus benefícios.
Somos agora levados a buscar o rei dentro de nós mesmos, e não por meio de arquétipos patrióticos nacionais. Somos forçados a perseguir nossa própria autoconsciência.


Embora o rei interior seja normalmente visto como um

arquétipo masculino — ao menos na Europa e no Oriente Próximo, de onde nossa cultura veio —, usamos o termo gênero deliberadamente. Houve muitas deusas do Sol na história do mundo, notadamente no Japão e entre os sherokee.


Mesmo em nossa própria esfera cultural, descobrimos que a força solar foi por vezes representada como feminina. Os hititas reverenciavam uma deusa solar chamada Hebat; seu nome em grego era Hebe, a deusa da juventude que servia néctar e ambrosia aos deuses do Olimpo (Hércules, o herói solar arquetípico cujos doze trabalhos são reminiscências dos signos do zodíaco, casou-se com Hebe ao ser divinizado)




Este texto é uma pesquisa e foi inspirados nos ensinamentos de Alice Bailey, Alan Oken.dion fortune, Ariel Guttman e Kenneth Johnson Sintonia Saintgermain Hector Octon





Muita "LUZ" e Bjks!!!

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