terça-feira, 9 de outubro de 2007

*** OS MISTÉRIOS DA ÁGUA - Parte 2 ***


Tais ressalvas não impediram que surgisse na Unicamp forte oposição ao trabalho de Faigle, que chegou a ser avaliado pela comissão encarregada de zelar pela produtividade da universidade. O episódio foi superado, mas o químico o relembra com visão crítica "A cobrança de produtividade inibe bastante as pesquisas realmente inéditas. E lá fora há preconceito em publicar artigos assim feitos por brasileiros."

O mais famoso caso de pesquisador a entrar em apuros por seus estudos sobre água foi o do francês Jacques Benveniste. Em 1988 ele publicou um artigo na revista "Nature" dizendo ter detectado evidências da tal memória da água. Pouco depois, a revista publicou outro artigo acusando o francês de pseudo-ciência. Porém um estudo publicado em 2001 na revista "Inflammation Research" trouxe novos elementos, favoráveis ao francês. "Não se pode descartar inteiramente o trabalho de Benveniste", avalia Chaplin. "Mas hoje em dia as pessoas têm mais medo de publicar qualquer coisa sobre esse assunto, quer seja contra ou a favor."

Esse é um medo que o pesquisador Vicente Casali, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, não tem. Desde 1995 ele já orientou oito teses que avaliam os impactos da utilização de homeopatia no cultivo de plantas medicinais como xambá, capim-cidreira e mentrasto. "Nosso objetivo era descobrir se a homeopatia poderia substituir os agrotóxicos", conta ele. As teses mostraram que os preparados homeopáticos influíram bastante no metabolismo secundário das plantas. No xambá, o teor de uma substância conhecida como cumarina cresceu 77%, e no capim-cidreira a quantidade de óleo chegou a aumentar 150%. "As plantas ficaram mais saudáveis, mais capazes de se defender de doenças e insetos", explica Casali.

Entusiasmado com os resultados, já ensinou mais de uma centena de agricultores a usar homeopatia no plantio. Ele cita o caso do biólogo Gregor Mendell (1822-1884) como exemplo de situação em que a ciência conseguiu determinar um fenômeno (no caso a herança genética), mas teve que esperar bastante até conseguir entender os mecanismos que o tornavam possível. "Talvez tenha que haver uma mudanca de paradigma, mas mais cedo ou mais tarde, a ciência explicará as bases naturais dos efeitos que estamos estudando", aposta. A julgar pelo ritmo das pesquisas, talvez não tenha que esperar muito.

A força da água
Simples mudanças na estrutura do líquido afetam propriedades importantes, como a absorção de raios ultravioleta Daniel das Neves

Os cientistas preparam uma solução de cloreto de magnésio diluído em água e vêem que ela é capaz de absorver UV

A simples presença do cloreto de magnésio mexeu na estrutura de clusters e absorveu boa parte dos raios
Com a adição de mais água, a solução se torna mais diluída

A quantidade
de moléculas
de cloreto é cada vez menor
Após várias diluições, a quantidade de cloreto na água se torna praticamente inexistente

É como se a solução contivesse apenas água

A solução é banhada com UV e praticamente não acontece absorção
As diluições seguem. Volta-se a detectar a absorção de UV, apesar da ausência de moléculas de cloreto

A própria estrutura da água absorve o UV
Mais diluições. A água absorve cada vez mais UV. Após certo ponto porém a absorção diminui até se extinguir

Acredita-se os clusters estejam ficando menores e aumentando seu número


http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT578859-1719-3,00.html


Fique na Luz Divina!!!

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