domingo, 26 de agosto de 2007

*** DIZERES DE UMGRANDE SÁBIO ***

Diz Gautama, o Buda:
“Outrora, esta mente vagueava com os sentidos regalados, onde quer que lhe
tivesse agradado, como tivesse desejado e quando lhe tivesse aprazido.
Agora eu vou judiciosamente contê-la.
Sede fervorosos na diligência; velai por vosso coração; Desprendei a vós
mesmos dos maus caminhos, da mesma forma que o forte elefante luta pra se
livrar do atoleiro.
Se vós achardes um companheiro prudente e valoroso de se andar com ele, que
seja possuidor de boa conduta e inteligente, sobrepuje todos os perigos e
andais com ele alegre e refletivo.
Se vós não achardes um companheiro prudente e valoroso de se andar com ele,
aja como um rei que renuncia a seu reino ou como um elefante na floresta dos
elefantes: Andai a sós!
É melhor viver só; não há companheirismo com um tolo.
Que alguém ande só, e não faça mal, e fique despreocupado como o elefante na
floresta dos elefantes.”

Neste pequeno trecho, Buda nos mostra que a busca pelo autoconhecimento que
nos liberta do sofrimento é uma escolha que cada um pode (e deve) ter.
Ele mesmo nos diz que num passado vivia de forma despretensiosa, sem lucidez
seguindo apenas os desejos que brotavam em seu ser através do contato dos
seus sentidos corporais com o mundo.
São esses desejos que geram as agitações da mente.
Mas Buda não falou de forma radical, ou seja, não podemos desejar nada.
Muito pelo contrário. Ele nos fala para sermos judiciosos, usarmos nosso
discernimento.
Sabemos o quanto é difícil manter nossos desejos sob controle. É o doce que
comemos por gula, e a camisa que compramos por impulso, e a briga com o
namorado ou namorada por impulso, enfim, cada desejo que temos, tem por trás
uma variação emocional que o motivou.
Assim, Buda ainda deixa outra dica para que gradualmente possamos nos
purificar: a boa companhia.
Mas o que seria essa boa companhia?
Geralmente associamos essa companhia a andar com uma pessoa ou grupo de
pessoas. Mas o sentido é mais profundo.
Também “andamos” com a leitura, com a música, com a TV, com o cinema...
Mas como saber o que é bom ou ruim, visto que isso é subjetivo nos dias de
hoje?
Simples: busca o que é prudente, o que agrega valor, que lhe inspira e lhe
trás um senso de bem-estar, e que não cause danos aos outros, porque nossa
felicidade e bem-estar não deve ser a custa da infelicidade ou mal estar de
outros, não é mesmo?
Uma boa música, uma boa leitura, um filme, enfim, algo que te inspire e que
lhe abra novas possibilidades de expressar seu carinho de forma mais
ordenada e lúcida, um amigo ou amiga que lhe cause admiração e inspiração
virtuosa. Tem melhor companhia do que essa?
E o alicerce dessa experiência é a Verdade. Não a verdade relativa dos
homens, mas a verdade pura e essencial.
Não mentir não é “dizer a verdade”. Ser sincero e confiável sim.
Ser sincero e confiável não para os outros, mas principalmente pra si mesmo.
E para isso ocorrer, é imprescindível a presença do carinho, do bem-querer,
do Amor.
Não faça do Amor algo mágico, de outro mundo.
Faça dele algo natural, presente no seu dia-a-dia.
O amor não é um dom. É a nossa natureza.
É só se permitir a presença dele que ele se manifestará.
É deixar fluir.
Acaso há alguma coisa que lhe impeça de, nesse exato momento, olhar pro lado
e dizer “Eu te amo”, com sinceridade e profundidade?
Só você é o impedimento.
A reação do outro perante o amor cabe ao outro e não a você.
Nós humanos devemos praticar um pouco esse outro pensamento: Ao invés de
julgar, AME!

Fique na Luz Divina!!!

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