domingo, 26 de agosto de 2007

*** Mais 2 Niyamas ***

Tapas - Auesteridades ou Firme Comprometimento.

Tapas ou austeridade é a prática intensa de uma disciplina atividade
independente de outros fatores, sejam eles problemáticos ou não.
Significa passar pelos obstáculos com uma atitude positiva. Esses
obstáculos não se referem apenas a situações desagradáveis. Algumas
vezes, quando embriagados de uma felicidade momentânea, passamos a
ver certas atividades antes tidas como importantes serem relegadas a
um segundo plano.

Tapas é a atitude de manter o curso de suas ações, independentemente
se há algum transtorno mental ou físico.

Para o praticante espiritual, um exemplo de tapas seria o de manter
suas práticas diárias, mesmo que por ventura vir a se adoentar. Em
vez de se render ao problema, ele lida com o problema de forma
positiva, buscando manter o curso de suas ações. Isto é Tapas.

Tapas também é traduzida as vezes
como "asceticismo", "perseverança", "ação continuada ou ininterrupta".

Existem três tipos de Tapas, a saber: Sattivica, Rajasica e Tamásica.
A sattivica é feita sem a expectativa de retorno e é envolta em fé.
A rajásica é aquela feita com a expectativa de status,
reconhecimento, orgulho, etc.
A tamásica é a feita por motivos tolos, que causam dano ao corpo e
com a intenção de prejudicar os outros.

Sobre o assunto, Patanjali afirma em seu Yoga Sutras:

Kayendriyasiddhirashuddhikshayatapas | P Y S 2.43
"Pela prática de Tapas, as impurezas são destruídas e a perfeição do
corpo e dos sentidos surgem"

Nesse contexto, tapas passa a ser toda disciplina feita com
assiduidade com a intenção de tornar o corpo resistente as
intempéries como o calor, frio, intoxicação e etc.
São cinco as práticas que promovem tapas para cumprir os propósitos
acima:
· Expor o corpo ao Sol para tornar a pele grossa
· Sujeitar o corpo ao calor ou fogo para torná-lo magro e moreno
· Praticar pranayama para criar calor interno e purificar o corpo
· Desenvolver o fogo da concentração sobre um ponto só
· O "fogo" do jejum

Essas cinco práticas removem as toxinas do corpo e o tornam
resistente, adequando-o a permanecer na prática da meditação por
longo período de tempo.

Swadhyaya - Auto-esutudo, estudo espiritual

Swadhyaya pode ser traduzido como "manter os olhos fechados e
observar sua própria natureza (seu próprio ser)".

É uma prática que pode ser considerada um tipo de tapas mental, como
o antar mouna.

Antar significa "interno/interior" e Mouna "silêncio".
Antar mouna é uma técnica usada para se atingir o estado de
Pratyahara (recolhimento dos sentidos dos objetos exteriores, para
assim seguir a mente e os objetos interiores - em outro artigo
falaremos sobre o assunto), o quinto "passo" do Raja Yoga (ashtanga
yoga) compilado por Patanjali.

Em sua forma mais desenvolvida pode nos levar aos estados de dharana
(concentração) e dhyana (meditação), o sexto e sétimo "passo" do Raja
Yoga.

No Budismo essa prática é conhecida como "vipassana" e é usada de
maneira diferente.

No dia-a-dia, seria algo como revisar o que se pensou e sentiu
durante o dia.

"Pela auto-observação, a união entre o praticante e a sua deidade
desejada é conquistada."

A prática constante da auto-observação gera gradualmente no
praticante o desenvolvimento de uma concentração profunda, que o
levará à percepção direta do objeto reitdo em sua mente, pois pela
aquisição do "silêncio interior" (antar mouna) é gerado na mente um
fluxo constante de conhecimento entre objeto e o praticante em todos
os seus níveis de manifestação (do sutil ao grosseiro).

Fique na Luz Divina!!!

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