segunda-feira, 20 de agosto de 2007

*** YOGA DA VOZ ***

Matéria de Ana Célia Aschenbach sobre Yoga da Voz na Revista Cláudia

Do mantra Om à cantiga de ninar, o exercício de produzir sons traz bem-estar e ativa pontos de energia, de paz e equilíbrio

“Quem canta reza duas vezes”, afirmava Santo Agostinho. A soprano e professora Maude Salazar, que com as fonoaudiólogas Ângela de Castro e Marta de Andrade e Silva, criou o método da ioga da voz, vai mais longe ainda. Para Maude, com o canto, a prática de exercícios de respiração e a visualização de desejos vocalizando escalas musicais, podemos alcançar objetivos de vida. O ritmo e a melodia, aliados à palavra, exercem sobre nós uma magia toda especial e têm poder transformador – com reverberação proporcional à harmonia e ao timbre de voz. A palavra, nesse caso, é o mantra, sílabas que, ao ser pronunciadas, se tornam um instrumento capaz de conduzir o pensamento. “Dependendo da qualidade da voz, um mantra funciona ou não”, afirma Maude. Mas, como os desafinados também têm coração, todos são muito bem-vindos às aulas. Os exercícios criados por ela e Ângela dão a qualquer aluno as condições para se soltar e vocalizar escalas musicais. Mônica Jurado, 42 anos, que freqüenta as aulas há seis meses, ganhou com elas boas doses de bem-estar e serenidade. “Despertamos a consciência e, dessa forma, conseguimos alcançar 100% da nossa potência de voz. É como se cantássemos com o corpo inteiro, como um diapasão que afina o mundo em direção à paz, ao equilíbrio e à harmonia”, revela. Para montar o curso, Maude e Ângela uniram técnicas fonoterápicas e de canto a uma bagagem espiritual. Uma parte do trabalho das duas, de fato, se baseia em tradições conhecedoras da função sagrada e curativa de certas combinações de sons. Segundo essas tradições, o ritmo tem o poder de provocar mudanças físicas; a melodia agita os estados mentais e emocionais; e a harmonia melhora o entendimento humano sobre questões espirituais.

E quanto às questões técnicas?
E quanto às questões técnicas?
Como atriz e cantora lírica, Maude teve de aprender a disciplinar a voz, adquirindo controle total sobre ela. Afinal, não é fácil ser ouvida quando você é acompanhada por uma orquestra com 80 músicos. “Isso me levou a trabalhar com formas de tensão e relaxamento, pois deve haver um equilíbrio para que a voz possa se pronunciar”, completa.



Ouça esta..

Antes de mais nada, é preciso aprender a ouvir. Quem não escuta com atenção não reproduz bem. Um ótimo exercício, segundo Maude, é pôr um CD para tocar, fechar os olhos e tentar identificar os instrumentos mais graves e os mais agudos. Procure perceber em que parte do corpo você sente a vibração de cada um deles. “O violino, por exemplo, vibra mais no coração. Mas há quem sinta em outras regiões”, comenta a soprano. “Todos nós precisamos aprender a ouvir mais e a falar menos. É por esse motivo que temos duas orelhas e só uma boca”. Na primeira parte da aula, o aluno é induzido ao relaxamento por meio de exercícios respiratórios, meditação guiada e alinhamento dos chacras – pontos de energia com diferentes vibrações espalhados pelo nosso corpo. Depois, é a hora dos exercícios vocais para fortalecer a musculatura da boca, da face e da língua. Só então vem a vocalização dos mantras. Ao repetir as sílabas sonoras, o aluno limpa a mente – que não consegue escapar do som – e se concentra em um objetivo. Esse exercício permite que pessoas que sofrem de stress, ansiedade ou depressão ganhem paz e maior equilíbrio interior. “Ele ajuda a transformar a negatividade em positividade”, garante Maude.

Fique na Luz Divina!!!

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