sábado, 23 de fevereiro de 2008

*** CAMINHOS DO SOL ***


Mas que droga, onde é que estamos errando?
Autor"Artur Motta" CAMINHO DO SOL

Desafortunadamente, nos últimos dias nada menos que quatro queridas
pessoas relataram dificuldades que vêm encontrando com os filhos por
conta do consumo de drogas.
Não creio que alguém tenha a resposta pronta para este assunto, assim
como não creio nem mesmo que haja resposta pronta para isso.
O que sei (e lamento) é que o problema vem crescendo e angustiando um
número cada vez maior de famílias e pessoas: cada novo drogado
representa sofrimento a um número bem maior de pessoas que o cercam,
familiares e amigos.
As reações à tomada de consciência de que um ente querido enveredou
por este perigoso e problemático caminho vão desde atribuir culpa a
si mesmo ou a terceiros, até atos de puro desespero, como o da
família que denunciou o traficante que abastecia o ator da televisão,
conforme divulgado amplamente pelo noticiário.
O quê fazer? Quando fazer? Como fazer? Nenhuma resposta é totalmente
válida, nenhuma hipótese deve ser totalmente descartada; cada
caminho, uma seta.
E as setas mais adequadas, parece-me, indicam sempre a intuição, a
sensibilidade de quem quer efetivamente enfrentar e ajudar a resolver
o problema sem, no entanto, deixar de escutar a tudo e a todos, sem
fechar os olhos e os ouvidos aos que já passaram ou estão passando
pelo mesmo problema. E, acreditem, infelizmente são muitos.
Não há varinha de condão para resolver por mágica a este flagelo que
atinge a todos nós; ilude dormir que a dor não passa, diria o poeta.
A luta é diária e sem tréguas. Não se enganem, apesar de a época mais
propícia ao vício ser a da adolescência/juventude, cresce
assustadoramente o números de novos viciados precoces (crianças) e
maduros (por conta de relacionamentos desfeitos, empregos perdidos,
desilusões várias).
A quem ainda não está no problema ou não o tem instalado na família
ou em seres próximos, queridos, esteja alerta: ele ronda a todos nós
dioturnamente. Você acha que estou espalhando o pânico? Que é
alarmismo? Não creia, aja! Fique vigilante para impedir proximidade
maior.
Ainda a quem está livre do problema, seja solidário; procure ajudar a
quem está em dificuldade, especialmente aos familiares dos que
mergulharam nesse problema. Algumas sugestões vão logo mais abaixo.
A quem já está no problema, minha solidariedade e profundo respeito.
Mesmo à distância, sofro com e por vocês. Contem comigo
incondicionalmente, muito embora o que se possa fazer nem sempre seja
muito. Saibam, por ora, que vocês não estão sozinhos e que esta luta
é para ser desenvolvida em grupo, em turma, juntos. Coragem! Muita
coragem e sigamos em frente!
Devemos partir de algum ponto, mesmo sabendo que as soluções são
várias e cada caso é um. Para mim o ponto de partida é mostrar,
exibir, evidenciar, escancarar que por não acreditar em algumas
coisas, delas não participo e não incentivo.
Não acredito no álcool; não acredito em benefícios de cervejinhas ou
bebidas destiladas, nem mesmo vinho. Não acredito em controle sobre a
vontade e nem em liberação controlada da consciência. Por outro lado,
conheço os malefícios do álcool: conheço alcoólatras, leio
diariamente sobre acidentes de trânsito, crimes de morte e outras
conseqüências do consumo de álcool.
Toda forma externa, material, de alteração do meu controle de
consciência não me serve. Por esta razão não facilito, não estimulo e
não incentivo o consumo de álcool.
Pais que são exemplos para os filhos e que bebem, parece-me, são
exemplos de que beber é bom ou faz bem. Da mesma forma, auto-
medicação, ainda que sejam aqueles remédios para tranqüilizar ou
adormecer, ou mesmo estimulantes tomados sem acompanhamento médico,
não podem gerar bons exemplos.
Para mim álcool é droga e como tal deve ser tratado.
Não importa se é na festinha, na grande comemoração, na alegria ou na
tristeza: só interessa a quem ganha dinheiro com o álcool vincular
atividades a ele. Muita, muita gente não parou para pensar nisso:
PENSE! AJA! SIGA A SUA INTUIÇÃO! RESISTA AO ESTABELECIDO! Isto não é
um pouquinho bom ou medianamente ruim: é droga! Vicia, mata, causa
dor e sofrimento.
Bem, quanto às outras drogas, aquelas sobre as quais já pesa alguma
legislação, pode ter parecido legalzinho, anos atrás "puxar um
fuminho" na onda hippie. Pode ter sido "avançadinho" experimentar um
pó ou um ácido enquanto pensava-se em mudar o mundo para um mundo de
paz e amor. Certamente é por isso que muitos dos adultos de hoje
hesitam em manifestar sua repulsa aos atuais "baseados" (que, diga-se
de passagem, já não têm nada a ver com aqueles de outrora, visto que
modificados geneticamente) ou aos "experimentos" da juventude, como
se isso fosse conseqüência natural de uma certa idade.
NÃO É!
OS JOVENS PRECISAM SABER QUE EXPERIMENTAR DROGAS NÃO FAZ PARTE DA
JUVENTUDE! QUE DROGAR-SE É EXCEÇÃO. QUE BEBER FAZ MAL E TAMBÉM É
EXCEÇÃO! QUE MAIORIA, GRAÇAS A DEUS A GRANDE MAIORIA DOS JOVENS NÃO
SE DROGA E NÃO SE VICIA!
Não acreditem que TODOS passam por esse problema: apesar da
propaganda, só uma minoria se droga e se vicia.
Se você, depois de pensar, refletir, meditar, julgar que é importante
posicionar-se perante os seus, faça-o, claramente, tranquilamente:
diga não, não compactuo com isso, não quero isso, não incentivo isso.
Não compre mais bebidas alcoólicas (e muito menos outras drogas), nem
mesmo para o almoço de domingo.
No mais, seja amigo, seja firme, mas amigo! Não compactue com o
errado e nem com o erro, mas aja com a doçura do amigo. Mostre-se
firme, mesmo quando tudo parecer em ruínas, mas tenha sempre um
afetuoso abraço guardado para distribuir a quem precisa.
Parece exagerado? Parece difícil? Lembra moinhos de vento? Não importa
não; adoro Miguel de Cervantes e gosto de sonhar sonhos impossíveis.

Fique na Luz Divina!!!

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