sexta-feira, 30 de novembro de 2007

*** CABALA ***

MEU CONCEITO TEM CONSERTO?

Tudo na Cabala começa por parábolas. Nosso mundo tem vivido na penumbra da ignorância e a história de nossa civilização acentua essa escuridão. Mas essa obscuridade, às vezes perversa, tem sua manifestação mais pura, santa até. A sombra da sombra é a luz. É isso que experimentamos quando ficamos muito tempo na escuridão: nossos olhos começam e enxergar as luzes mais ocultas. No fim da tarde, a escuridão nos revela as estrelas, as luzes, que a claridade não nos permitia ver. Em outras palavras, há um mundo de claridade e outro de penumbra. Tentar clarear o mundo da penumbra é perder sua eficiência. Na penumbra, os olhos começam a enxergar de uma forma que a claridade não permite. Quando se faz escuro, quem vive no claro fica cego. Aqueles que estão acostumados com a penumbra não têm problemas em discernir as formas que existem no escuro. O problema, diz a Cabala, do que é "claro" e visível é que os olhos vêem apenas o que a mente está preparada para compreender. Só a certeza é visível. Aprender a ver para além dela é capacitar-se de forma diferenciada. A certeza que advém de duvidar da dúvida se fundamenta na idéia de que o que não é certo, a sombra, é sempre produto de um foco de luz. A sombra não é a luz em si, mas aponta para o foco de onde ela emana. Voltar os olhos para essa luz das luzes é envolver-se espiritualmente.

E o nosso conceito? O seu conceito? Onde entra nesse "jogo" de luz e sombra?

O cego e o publicitário

Vamos contar aqui a parábola do cego e o publicitário. Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito com giz branco gritava: "Por favor, ajude-me. Sou cego". Um publicitário da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz escreveu outro conceito. Colocou o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora. Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Seu boné, agora, estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as pisadas do publicitário e perguntou se havia sido ele quem reescrevera o cartaz, sobretudo querendo saber o que ele havia escrito. O publicitário respondeu: "Nada que não esteja de acordo com o conceito original, mas com outras palavras". E, sorrindo, continuou o seu caminho. O cego nunca soube o que estava escrito, mas seu novo cartaz dizia: "Hoje é primavera em Paris e eu não posso vê-la".

Como toda boa parábola que nos ensina a Cabala, temos a moral da história: "É sempre bom mudarmos de estratégia quando nada nos acontece".

O conceito proativo e o conceito reativo

Seria muito pedir uma análise dos conceitos sob a luz da Cabala?

Vamos lá. A Cabala nos ensina que ser proativo é: 1 – Ser a causa; 2 – Ser criador; 3 – Estar em controle; 4 – Compartilhar. Essas quatro qualidades, em nosso mundo físico, se aglutinam numa única característica: proativo.

E o que seria o reativo? Mais do que o oposto proativo, reativo significa: 1 – Ser o efeito; 2 – Ser uma entidade criada; 3 – Ser controlado por tudo; 4 – Receber.

Portanto, para ser bem simples, a missão do conceito é se transformar, é passar de uma força reativa para uma força proativa.

Quando o conceito reage a qualquer situação e a eventos externos, ele é meramente um efeito, e não a causa: trata-se de um conceito reativo. O comportamento do conceito reativo tem por fundamento o desejo de receber. O comportamento reativo inclui a ambição, o egoísmo, a auto-indulgência, o ego e coisas desse tipo.


Fique na Luz Divina!!!

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