segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

*** PSICOTERAPIA ***


1- INTRODUÇÃO


A psicoterapia é a única forma de terapia que existe. Já que só a mente pode estar doente, só a mente pode ser curada. Esse não parece ser o caso, pois as manifestações desse mundo, de fato, parecem ser reais. A psicoterapia é necessária de modo que o individuo possa começar a questionar a realidade disso. Algumas vezes ele é capaz de começar a abrir a sua mente sem ajuda formal, mas, mesmo nesse caso, o que lhe permite fazer isso é algo que muda na sua percepção dos relacionamentos inter-pessoais. Algumas vezes ele precisa de um relacionamento mais extenso e estruturado com um terapeuta ‘oficial’. Seja como for, a tarefa é a mesma: é preciso ajudar o paciente a mudar a sua mente sobre a ‘realidade’ das ilusões.



2- PROPÓSITO DA PSICOTERAPIA


Dito muito simplesmente, o propósito da psicoterapia é remover os bloqueios à verdade. O seu objetivo é ajudar o paciente a abandonar o seu sistema fixo de delusões e começar a reconsiderar as relações falsas de causa e efeito nas quais ele se baseia. Ninguém neste mundo escapa do medo, mas todos podem reconsiderar as suas causas e aprender a avaliá-las corretamente.
Deus deu a todos um Professor cuja sabedoria e ajuda em muito excedem quaisquer contribuições que um terapeuta terreno possa oferecer. No entanto, existem momentos e situações nos quais um relacionamento terreno entre paciente e terapeuta pode vir a ser o meio através do qual Ele oferece as Suas maiores dádivas aos dois.

Que melhor propósito qualquer relacionamento poderia ter do que convidar o Espírito Santo a participar dele dando-lhe a grande dádiva da alegria? Que meta mais elevada qualquer um poderia ter do que aprender a invocar a Deus e ouvir a Sua Resposta? E que objetivo mais transcendente pode haver do que revocar o Caminho, a Verdade e a Vida e lembrar-se de Deus?
Ajudar nisso é o propósito adequado da psicoterapia. Que outra coisa poderia ser mais santa? Pois a psicoterapia, propriamente compreendida, ensina o perdão e ajuda o paciente a reconhecê-lo e aceitá-lo. E, na sua cura, o terapeuta é perdoado junto com ele.

A psicoterapia, portanto, tem que restaurar na sua consciência a capacidade de tomar suas próprias decisões. Ele tem que estar disposto a reverter o seu modo de pensar e a compreender que o que ele pensava que projetava os seus efeitos sobre ele era constituído das suas projeções sobre o mundo. O mundo que ele vê, portanto, não existe. Até que isso seja finalmente aceito, pelo menos em parte, o paciente não pode ver a si mesmo como realmente capaz de tomar decisões. E ele lutará contra a sua liberdade porque pensa que é a escravidão.

O paciente não precisa pensar na verdade como um Deus para fazer progressos no caminho da salvação. Mas ele precisa começar a separar a verdade das ilusões, reconhecendo que não são a mesma coisa e passando a estar cada vez mais disposto a ver ilusões como falsas e aceitar a verdade como verdadeira. O seu Professor o levará adiante a partir daí, tanto quanto ele estiver pronto para seguir. A psicoterapia só pode economizar tempo. O Espírito Santo usa o tempo como Ele acha melhor, e nunca está errado.
A psicoterapia sob a sua orientação é um dos meios que Ele usa para economizar tempo e preparar mais professores para o Seu trabalho. Não há fim para a ajuda que Ele começa e dirige. Seja qual for a estrada que Ele escolha, toda psicoterapia conduz a Deus no final. Mas isso está a Seu cargo.

Nós todos somos Seus psicoterapeutas, pois Ele quer que todos nós sejamos curados n’Ele.




3 - PROCESSO DA PSICOTERAPIA


Introdução

A psicoterapia é um processo que muda o conceito do ser. No seu ponto alto, esse ‘novo’ ser é um auto-conceito mais benéfico, mas dificilmente se pode esperar que a psicoterapia estabeleça a realidade. Essa não é a sua função. Se ela pode abrir caminho para a realidade, conseguiu o seu sucesso máximo. Toda a sua função, afinal, é ajudar o paciente a lidar com um erro fundamental: a crença segundo a qual a raiva lhe traz algo que ele realmente quer e que, por justificar o ataque, ele está protegendo a sim mesmo. Seja qual for a extensão na qual ele venha a dar-se conta de que isso é um erro, nessa medida ele está verdadeiramente salvo.

Pacientes não entram num relacionamento psicoterapêutico com essa meta em mente. Ao contrário, esses conceitos significam pouco para eles, ou não precisariam de ajuda. O seu objetivo é serem capazes de manter os seus auto-conceitos exatamente como são, mas sem o sofrimento que acarretam.


Todo o seu equilíbrio se baseia na crença insana de que isso é possível. E, como para a mente sã isso é claramente impossível, o que buscam é mágica. Em ilusões o impossível é facilmente realizado, mas só ao custo de tornar as ilusões verdadeiras. O paciente já pagou esse preço. Agora ele quer uma ilusão ‘melhor’.

No inicio, portanto, a meta do paciente e a do terapeuta não estão de acordo. O terapeuta assim como o paciente podem valorizar auto-conceitos falsos, mas as suas respectivas percepções da ‘melhora’ ainda tem que divergir. O paciente espera aprender como conseguir mudanças que ele quer sem mudar o seu auto-conceito em qualquer medida significativa. Ele espera, de fato, estabilizá-lo suficientemente para incluir dentro dele os poderes mágicos que ele busca na psicoterapia. Ele quer fazer com que o vulnerável venha a ser invulnerável e o finito ilimitado. O ser que ele vê é o seu deus, e ele busca apenas para servi-lo melhor.

Independentemente da sinceridade do próprio terapeuta, ele não pode deixar de querer mudar o auto-conceito do paciente de algum modo que ele acredita ser real. A tarefa da terapia é reconciliar essas diferenças. Espera-se que ambos aprenderão desistir dessas metas originais, pois é apenas em relacionamentos que a salvação poder ser encontrada. No inicio, é inevitável que tanto pacientes quanto os terapeutas aceitem metas que não são realistas e que não estão completamente livres dos tons menores da magia. Esses são finalmente abandonados nas mentes de ambos.


4 - OS LIMITES DA PSICOTERAPIA


Apesar disso, o resultado ideal raramente é conseguido. A terapia começa quando se compreende que a cura é da mente e, em psicoterapia, aqueles que se encontram já acreditam nisso. Pode ser que não consigam chegar muito adiante, pois ninguém aprende o que está além daquilo que ele próprio está pronto para aprender. Contudo, níveis de prontidão mudam, e quando o terapeuta ou o paciente atinge o próximo nível, um relacionamento lhe será oferecido que satisfaz aquela necessidade mudada. Talvez eles se encontrem outra vez e avancem no mesmo relacionamento, tornando-o mais santo. Ou talvez cada um deles entre em um outro compromisso. Tem certeza disso: cada um progredirá. O retrocesso é temporário. A direção predominante é o progresso rumo a verdade.

A psicoterapia em si mesma não pode ser criativa. Esse é um dos erros engendrados pelo ego: que ele é capaz de mudanças verdadeiras e, portanto, de verdadeira criatividade. Quando nós falamos da “ilusão que salva” ou do “sonho final”, não é a isso que nos referimos, mas aqui está a última defesa do ego. “Resistência” é o seu modo de olhar para as coisas: a sua interpretação de progresso e crescimento. Essas interpretações estarão necessariamente erradas porque são delusórias. As mudanças que o ego busca fazer não são realmente mudanças. São apenas sombras mais profundas, ou talvez as nuvens se combinem em padrões diferentes. Contudo, o que é feito do nada não pode ser chamado de novo ou diferente. Ilusões são ilusões; verdade é verdade


A resistência, tal como é definida aqui, pode ser característica tanto de um terapeuta quanto de um paciente. Nos dois casos, ele coloca um limite na psicoterapia porque restringe os seus objetivos. E o Espírito Santo também não pode luta contra as intrusões do ego no processo terapêutico. Mas Ele esperará, e a Sua paciência é infinita. A Sua meta é sempre indivisa. Sejam quais forem as resoluções que o paciente e o terapeuta tomem com relação às metas divergentes, elas não podem ser totalmente reconciliadas em uma só até que eles se unam com a Sua. Só então todo o conflito termina, pois só então pode haver certeza.

Em sua forma ideal, a psicoterapia é uma série de encontros santos nos quais irmãos se unem para abençoar um ao outro e receber a paz de Deus. E isso um dia virá acontecer para cada ‘paciente’ na face da terra, pois quem exceto um paciente poderia jamais ter vindo aqui? O terapeuta é apenas um professor de Deus mais especializado. Ele aprende ensinando, e quanto mais avançado ele é, mais ensina e aprende. Mas seja qual for o estágio no qual ele estiver, há pacientes que precisam dele exatamente daquele modo. Eles não podem receber mais do que podem dar por enquanto. No entanto, ambos encontrarão a sanidade no fim.


5 - O LUGAR DA RELIGIÃO NA PSICOTERAPIA


Para ser um professor de Deus não é necessário ser religioso ou sequer acreditar em Deus em qualquer medida reconhecível.
È necessário, contudo, ensinar o perdão ao invés da condenação. Mesmo nisso não é preciso que haja uma dedicação consistente, pois alguém que estivesse chegado a este ponto poderia ensinar a salvação de forma completa, em um instante e sem nenhuma palavra.

Mas aquele que aprendeu todas as coisas não precisa de professor, e os curados não precisam de terapeuta.
Os relacionamentos ainda são o templo do Espírito Santo e serão feitos perfeitos no tempo e restaurados à eternidade.

A religião formal não tem lugar na psicoterapia, mas também não tem lugar na religião. Nesse mundo, há uma tendência surpreendente de juntar palavras contraditórias em um termo sem que se perceba a contradição de forma alguma. A tentativa de dar uma forma à religião é tão obviamente uma tentativa do ego para reconciliar o irreconciliável que dificilmente seria necessário elaborar sobre esse ponto.

Religião é experiência; psicoterapia é experiência.
Nos seus níveis mais altos podem unificar-se. Nenhuma das duas é a verdade em si mesma, mas ambas podem conduzir a verdade, que permanece perfeitamente óbvia, a não ser remover obstáculos aparentes à verdadeira consciência?

Ninguém que aprenda a perdoar pode deixar de lembrar-se de Deus. Portanto, o perdão é tudo o que precisa ser ensinado, porque é tudo o que precisa ser aprendido. Todos os bloqueios à lembrança de Deus são formas que não foram perdoadas, e nada mais. Isso nunca é claro para o paciente, e raramente para o terapeuta. O mundo convocou todas as suas forças contra essa única consciência, pois nela se acha o fim do mundo e de tudo o que ele representa.

Contudo, a consciência de Deus não é uma meta razoável para a psicoterapia. Isso virá quando a psicoterapia estiver completa, pois quando há perdão a verdade não pode deixar de vir. De fato, seria injusto que fosse preciso acreditar em Deus para se conseguir um sucesso terapêutico. A crença em Deus também não é realmente um conceito significativo, pois Deus só pode ser conhecido.

Acreditar implica que é possível não acreditar, mas o conhecimento de Deus não tem nenhum oposto verdadeiro. Não conhecer a Deus é não ter conhecimento, e é para isso que a negação do perdão conduz, Sem conhecimento, só se pode ter crenças.

Instrumentos de ensino diferentes fazem apelo a pessoas diferente. Algumas formas de religião não tem nada a ver com Deus; e algumas formas de psicoterapia não tem nada haver com cura. No entanto, se o aluno e o professor se unem ao compartilhar uma única meta, Deus entrará em relacionamento porque Ele foi convidado a participar. Da mesma forma, uma união de propósito entre paciente e terapeuta restaura Deus ao Seu lugar de ascendência, primeiro através da visão do Cristo e, depois, através da memória do próprio Deus.

O processo da psicoterapia é a volta à sanidade. Professor e aluno, terapeuta e paciente, todos são insanos, ou não estariam aqui. Juntos podem achar um atalho de volta, pois ninguém encontrará sanidade sozinho.

Se a cura é um convite a Deus para que Ele entre em Seu Reino, que diferença pode fazer como o convite foi escrito?
Será que o papel importa, ou a tinta, ou a caneta? Ou é aquele que escreve que faz o convite? Deus vem á aqueles que querem restaurar o Seu mundo, pois eles acharam o meio de chamá-Lo. Se duas pessoas estão unidas, Ele não pode deixar de estar presente.
Não importa qual é o seu propósito, mas eles precisam compartilhá-lo integralmente para ter sucesso. É impossível compartilhar uma meta que não é abençoada pelo Cristo, pois o que não é visto pelos olhos é fragmentado demais para ser significativo.

Como a religião verdadeira cura, a verdadeira psicoterapia também não pode deixar de ser religiosa. Mas ambas têm muitas forma, porque nenhum bom professor usa um único enfoque para todos os alunos. Ao contrário, ele ouve pacientemente cada um e deixa-o formular seu próprio currículo, não a meta do currículo, mas a melhor forma para o objetivo que ela estabelece para ele. Talvez o professor não pense em Deus como parte do ensinamento. Talvez o psicoterapeuta não compreenda que a cura vem de Deus. Eles podem ter sucesso onde muitos que acreditam que encontraram Deus falharão.

O que pode o professor fazer para garantir o aprendizado? O que deve fazer o terapeuta para trazer a cura?
Só uma coisa: o mesmo requisito que a salvação faz a qualquer pessoa.
Cada um tem que compartilhar uma meta com uma pessoa, e fazendo isso, perder todo o senso de interesses separados. Só fazendo isso é possível que o professor e o aluno, o terapeuta e o paciente, eu e tu aceitemos a Expiação e aprendamos a dar assim como foi recebido.

A comunhão é impossível sozinho. Ninguém que se coloque à parte pode receber a visão de Cristo. Ela lhe é oferecida, mas ele não pode estender a mão para recebê-la.
Que ele fique quieto e reconheça que a necessidade do seu irmão é a sua; e veja que ambas são satisfeitas como uma só, pois elas são a mesma.

O que é a religião senão um instrumento para ajudá-lo a ver que é isso é assim? E o que é a psicoterapia exceto uma ajuda na mesma direção?
È a meta que faz com que esses processos sejam o mesmo, pois eles são um em propósito e tem de ser um em seus meios


III - O PAPEL DO PSICOTERAPEUTA


O Psicoterapeuta é um líder no sentido de que ele caminha um pouco na frente do paciente e o ajuda a evitar umas poucas armadilhas ao longo da estrada por vê-las em primeiro lugar. Na forma Ideal, ele é também um seguidor, pois Alguém deve caminhar na sua frente para dar-lhe a luz para ver. Sem esse Alguém, ambos irão tropeçando cegamente em direção a lugar nenhum. No entanto, é impossível que esse alguém esteja totalmente se a meta é a cura. Ele pode, contudo, não ser reconhecido. E, nesse caso, a pouca luz que pode ser aceita é tudo o que existe para iluminar o caminho da verdade.

A cura é limitada pelas limitações do psicoterapeuta, assim como do paciente. O objetivo do processo, portanto, é transcender esses limites. Nenhum dos dois pode fazer isto sozinhos, mas quando se unem, a potencialidade de transcender todas as limitações lhes foi dada. Agora, a extensão do seu sucesso dependerá de quanto dessa potencialidade eles estão dispostos a usar. A disponibilidade pode vir de qualquer um dos dois no inicio e, a medida que o outro a compartilha, ela crescerá. O progresso vem a ser uma questão de decisão; pode chegar quase até o Céu, ou não ir mais longe do que a um passo ou dois do inferno.

É bem possível que a psicoterapia pareça falhar. É até possível que o resultado pareça um retrocesso. Mas no fim não pode deixar de haver algum êxito. Um pede ajuda, um outro ouve e tenta responder na forma de ajuda. Essa é a fórmula para a salvação e não pode deixar de curar. Só metas divididas podem interferir como cura perfeita. Um terapeuta totalmente sem ego poderia curar o mundo sem uma palavra, meramente por estar presente. Ninguém precisa vê-lo ou falar com ele ou sequer saber de sua existência. A Sua simples Presença é suficiente para curar


O terapeuta ideal é um com Cristo. Mas a cura é um processo, não um fato. O terapeuta não pode progredir sem o paciente e o paciente não pode estar pronto para receber o Cristo ou não poderia estar doente. De certa forma, o psicoterapeuta sem ego é uma abstração que está no fim do processo de cura, por demais avançado para acreditar na doença e perto demais de Deus para manter os seus pés na terra. Agora ele pode ajudar através daqueles que têm necessidade de ajuda, pois assim ele executa o plano estabelecido para a salvação.

O psicoterapeuta vem a ser seu paciente, trabalhando através de outros pacientes para expressar os seus pensamentos assim como ele os recebe da Mente do Cristo.


IV - O PROCESSO DE ENFERMIDADE


Como toda terapia é psicoterapia, assim também toda enfermidade é doença mental. É um julgamento feito sobre o Filho de Deus, e o julgamento é uma atividade mental. O julgamento é uma decisão, tomada uma e outra vez, contra a criação e seu Criador. É uma decisão de perceber o universo assim como tu o terias criado. É uma decisão segundo a qual a verdade pode mentir e não pode deixar de ser mentira. Nesse caso, o que poder ser a enfermidade senão uma expressão de pesar e culpa? E quem poderia chorar exceto pela própria inocência?

Uma vez o Filho de Deus é visto como um ser culpado, a enfermidade vem a ser inevitável. Foi pedida e será recebida. E todos aqueles que pedem uma enfermidade, agora condenaram a si mesmos a buscar remédios que não podem ajudar porque sua fé foi colocada na enfermidade e não na salvação.

Não há nada que uma mudança da mente não possa realizar, pois todas as coisas externas são apenas sombras de uma decisão já tomada.
Muda a decisão, e assim como seria possível que a sua sombra ficasse sem ser mudada.
A enfermidade só pode ser a sombra da culpa, grotesca e feia, já é uma mímica da deformidade, Se uma deformidade é vista como real, como poderia ser sua sombra senão deformada?

A descida ao inferno acontece passo a passo em curso inevitável uma vez que a decisão de que a culpa é real foi tomada. A doença, a morte e a miséria agora assombram a terra em ondas incessantes, algumas vezes juntas e algumas vezes em inflexível sucessão. Contudo, todas essas coisas, por mais real que pareçam, são simples ilusões. Quem poderia depositar nelas a sua fé, uma vez que isso é compreendido?
E quem poderia não depositar a sua fé em todas elas até que compreenda isso?

A cura é terapia ou correção, e nós já dissemos, e vamos repetir, que toda terapia é psicoterapia. Curar o doente é, apenas, trazer a ele a consciência disso.

A palavra “cura” passou a ter má reputação entre os terapeutas mais ‘respeitáveis’ do mundo, e com razão. Nenhum deles pode curar e nenhum deles compreende a cura. Na pior das hipóteses, eles apenas fazem com que o corpo seja real em suas próprias mentes e, tendo feito isso, buscam uma mágica, com a qual curar as enfermidades com as quais as suas mentes o dotaram. Como pode tal processo poderia curar? É ridículo do início ao fim. Contudo, tendo iniciado o processo, ele não pode deixar terminar assim. É como se Deus fosse o diabo e precisasse ser encontrado no mal. Como poderia o amor estar presente? E como poderia uma doença curar? Não são ambas uma única pergunta?

Na melhor das hipóteses, e a expressão é talvez questionável aqui, os ‘curadores’ do mundo podem reconhecer a mente como a fonte da enfermidade. Mas o erro está em acreditarem que ela pode curara si mesma. Isso em algum mérito num mundo em que “gradações de erros” é um conceito significativo. Contudo, as suas curas têm que continuar sendo temporárias, ou uma outra enfermidade tem que surgir em seu lugar, pois a morte não foi vencida até que o significado do amor seja compreendido. E quem pode compreender isso sem o Verbo de Deus, dado por Ele ao Espírito Santo como Sua dádiva a ti?

Qualquer tipo de enfermidade poder ser definido como resultado de uma perspectiva que vê o ser como fraco, vulnerável, mau, e em perigo, e assim em necessidade de defesa constante. No entanto, se o ser fosse assim realmente, defendê-lo seria impossível. Portanto, as defesas buscadas para isso não podem deixar de ser mágicas. Elas têm que vencer todos os limites percebidos no ser e ao mesmo tempo fazer um autoconceito novo, no qual o velho não pode reaparecer. Em uma palavra, o erro é aceito como real e se lida com isso através de ilusões. Como a verdade foi trazida às ilusões, a realidade agora passa a ser uma ameaça e é percebida como mal. O amor passa a ser temido porque a realidade é amor. Assim o currículo se fecha contra as “trilhas internas” da salvação.

A enfermidade, portanto, é um equívoco e precisa ser corrigido.Como nós já enfatizamos, a correção não poder ser realizada quando se estabelece em primeiro lugar o ‘direito’ do equivoco para depois ignorá-lo. Se a enfermidade é rela, ela não pode ser ignorada na verdade, pois não ver a realidade é insano. No entanto, esse é o propósito da mágica: fazer com que as ilusões sejam reais através de uma percepção falsa. Isso não pode curar, pois se opõe à verdade. Talvez uma ilusão de saúde a substitua por pouco tempo, mas nunca dura. O medo não pode ser escondido por ilusões, pois é parte delas. Ele escapará e tomará outra forma, sendo a fonte de todas as ilusões.

A doença é insanidade porque toda a doença é doença mental, e nisso não há gradação. Uma das ilusões que nos faz perceber a doença comum algo real é a crença segundo a qual as enfermidades variam de intensidades e grau de ameaçam difere segundo a forma que ela toma. Nisso está a base de todos os erros, pois todos eles não são nada mais que tentativas de barganha por ver apenas um pouquinho do inferno. Isso é uma zombaria tão alheia a Deus que tem que ser para sempre inconcebível. Mas os insanos acreditam nisso porque são insanos.

Um homem louco defenderá as suas ilusões porque nisso vê a sua própria salvação. Assim, ele atacará aquele que tenta salvá-lo, acreditando que o está atacando. Esse currículo curioso de ataque-defesa é um dos problemas mais difíceis com os quais o terapeuta tem que lidar. De fato, essa é a sua tarefa central, o núcleo da psicoterapia. O terapeuta é visto como alguém que está atacando aquilo que o paciente tem de mais caro: o seu retrato de si mesmo. E como esse retrato veio a ser a segurança do paciente assim como ele a percebe, o psicoterapeuta não pode deixar de ser visto como uma fonte de perigo real a ser atacada e até mesmo morta.

O psicoterapeuta, então, tem uma tremenda responsabilidade. Ele tem que parar o ataque sem atacar e, portanto, sem defender-se. É sua tarefa demonstrar que as defesas não são necessárias, e que a indefensividade é força. Esse tem que ser seu ensinamento, se é que sua lição vai ensinar que é seguro ter sanidade. O que não pode parecer por demais enfatizado é que os insanos acreditam que a sanidade é uma ameaça. Esse é o corolário do ‘pecado original’: acredita-se que a culpa é real e inteiramente justificada. Portanto, é função do psicoterapeuta ensinar que a culpa, sendo irreal, não pode ser justificada. E assim ela não pode deixar de continuar a ser tanto indesejável quanto irreal.

A doutrina única da salvação é a meta de toda terapia. Alivia a mente da carga insana da culpa que ela carrega com tanto cansaço e a cura se realiza. O corpo não é curado. Meramente se reconhece o que ele é. Visto corretamente, o seu propósito pode ser compreendido. Nesse caso, há necessidade de doença? Dada essa única mudança, tudo o mais se seguirá. Não há nenhuma necessidade de longas análises, discussões cansativas, e buscas. A verdade é simples, sendo uma só para todos.


V - O PROCESSO DE CURA

Ainda que a verdade seja simples, ela tem que ser ensinada àqueles que já perderam os seus caminhos em labirintos de complexidade sem fim. Essa é a grande ilusão.
Em seu rastro vem a crença inevitável segundo a qual, para se estar seguro, é preciso controlar o desconhecido. Essa estranha crença se baseia em certos passos que nunca atingem a consciência. Em primeiro lugar, é introduzida pela crença de que existem forças a serem vencidas para que se possa viver.

Em seguida, parece que essas forças podem ser mantidas à distância apenas por um auto-conhecimento inflado que mantém na escuridão o que é verdadeiramente sentido e busca trazer as ilusões à luz.

Vamos lembrar que aqueles que vêm a nós em busca de ajuda estão amargamente amedrontados. O que eles acreditam que pode ajudar, só lhes pode causar dano, pode ajudar. O progresso passa a ser impossível até que o paciente seja persuadido a reverter no seu modo distorcido de olhar para o mundo, o seu modo distorcido de olhar para si mesmo. A verdade é simples. Contudo, precisa ser ensinada àqueles que pensa que ela vai colocá-los em perigo.

Precisa ser ensinada àqueles que vão atacar porque se sentem em perigo e àqueles que precisam da lição da indefensividade acima de todas as coisas, para mostra-lhes o que é força.

Se esse mundo fosse ideal, poderia talvez haver uma terapia ideal. E, no entanto, seria inútil em um estado ideal. Falamos de um ensinamento ideal em um mundo no qual o professor perfeito não poderia permanecer por muito tempo; o psicoterapeuta perfeito é apenas um vislumbre de um pensamento ainda não concebido. Todavia continuamos falando do que ainda pode ser feito para ajudar os insanos dentro das limitações do alcançável. Enquanto estão doentes, podem e devem ser ajudados. Nada mais do que isso é pedido à psicoterapia; nada menos do que tudo o que ele tem para dar é digno do terapeuta. Pois o próprio Deus lhe oferece a seu irmão como Aquele que o salva do mundo.
A cura é santa.

Nada no mundo é mais santo do que ajudar àquele que pede ajuda. E duas pessoas chegam muito perto de Deus nessa tentativa, por mais que ela seja limitada, por mais que lhe falte sinceridade. Onde dois se uniram com a intenção da cura, Deus está presente. E Ele garantiu que em verdade os ouvirá e lhes responderá. Eles podem estar certos de que a cura é um processo que Ele dirige porque está de acordo a Sua Vontade.
Nós temos o Seu Verbo para nos guiar, enquanto tentamos ajudar nossos irmãos.

Que não nos esqueçamos de que somos impotentes por nós mesmos, e nos vamos apoiar em uma Força além do nosso pequeno escopo quanto ao que devemos ensinar, e também ao que devemos aprender.

Um irmão em busca de auxílio pode trazer-nos dádivas além das dimensões percebidas em qualquer sonho. Ele nos oferece a salvação, pois vem a nós como Cristo e Salvador. O que Ele pede é pedido por Deus através d’Ele. E o que fazemos por ele vem a ser a dádiva qye damos a Deus. O sagrado pedido de ajuda do Filho santo de Deus na angústia que ele percebe só pode ser respondido pro seu Pai. No entanto, Ele precisa de uma voz com a qual expressar o Seu Verbo santo, de uma mão para alcaçar o Seu Filho e tocar o seu coração. Em tal processo, quem poderia deixar de ser curado? Essa interação santa é o plano do próprio Deus, através do qual o Seu Filho é salvo.

Pois dois se uniram. E agora as promessas de Deus são mantidas por Ele. Os limites colocados em ambos, paciente e terapeuta, não contarão absolutamente, pois a cura começou.
O que eles têm que começar, seu Pai completará. Pois Ele nunca pediu mais do que a menor disponibilidade, o avanço mais mínimo, o mais fraco dos murmúrios em favor do Seu Nome. Pedir ajuda, seja qual for a forma que isso tome, não é senão um chamado a Ele. E Ele mandará a Sua Resposta através do terapeuta que melhor pode servir ao Seu Filho em todas as suas necessidades presentes. Talvez a resposta não pareça ser uma dádiva do Céu. Pode até parecer uma piora e não uma ajuda. Ainda assim, que o resultado não seja julgado por nós.

Em algum lugar todas as dádivas têm que ser recebidas. No tempo nenhum esforço pode ser feito em vão. Não é a nossa perfeição que nos é pedida em nossas tentativas de curar. Já estamos enganados se pensamos que haja alguma necessidade de cura. E a verdade virá anos através de alguém que parece compartilhar o nosso sonho de doença. Vamos ajudá-lo a perdoar a si mesmo por todas as dádivas pelas quais ele quer condenar a si mesmo sem causa. A sua cura é a nossa. E ao vermos a impecabilidade brilhar nele através do véu da culpa que cobre o Filho de Deus com uma mortalha, nós contemplaremos nele a face do Cristo e compreenderemos que não é senão a nossa.

Vamos ficar em silêncio diante da Vontade de Deus, e fazer o que ela determinou que façamos. Há apenas um caminho pelo qual podemos chegar onde todos os sonhos começaram. E é lá que vamos deixá-lo de lado, para vir embora em paz para sempre.

Ouve o pedido de ajuda de um irmão e responde-o. Será a Deus que responderás, pois O chamaste. Não há nenhum outro caminho para ouvir a Sua Voz. Não há nenhum outro caminho para achar o teu Ser. A cura é santa, pois o Filho de Deus retorna ao Céu através do seu abraço benigno. Pois a cura lhe diz, através da Voz por Deus, que todos os seus pecados foram perdoados.
25/1/2008 15:52 | Enviar uma mensagem | Link Permanente | Exibir trackbacks (0) | Incluir no blogPSICOTERAPIA
VI - A DEFINIÇÃO DA CURA

O processo da psicoterapia pode, então, ser definido simplesmente como perdão, pois a cura não pode ser nenhuma outra coisa, Os que não perdoam estão doentes, acreditando que não foram perdoados. Apegando-se à culpa, abraçando-a fortemente, e oferecendo-lhe abrigo, protegendo-a com amor e defendendo-a em constante estado de alerta – estão apenas recusando-se inflexivelmente a perdoar.
“Deus não pode entrar aqui” os doentes repetem uma e outra vez, enquanto choram a sua perda e ainda assim se regozijam nela. A cura acontece quando um paciente começa a ouvir a lamentação fúnebre que canta e questiona a sua validade. Até que ele a ouça, não pode entender que é ele mesmo que canta para si próprio. Ouvi-la é o primeiro passo na recuperação. Questioná-la tem que vir a ser sua escolha.

Há uma tendência e muito forte de ouvir essa canção da morte apenas por um instante, e depois despedi-la sem correção. Esses momentos fugazes de consciência representam as muitas oportunidades que nos são dadas para ‘mudar o tom’ literalmente . O som da cura pode ser ouvido em vez disso. Mas, em primeiro lugar, a disponibilidade de questionar a ‘veracidade’ da canção da condenação tem que surgir.

As estranhas distorções tecidas inexplicavelmente no auto-conceito de cada um, que é em si mesmo uma pseudo-criação, faz com que esse som tão feio pareça verdadeiramente belo.
“O ritmo do universo”, “o arauto da canção dos anjos”, tudo isso e muito mais ainda é ouvido em vez dos altos guinchos dissonantes.

O ouvido traduz, ele não ouve. O olho reproduz, ele não vê. A sua tarefa é tornar agradável seja o que for que seja chamado, por mais desagradável que possa ser. Eles respondem às decisões da mente, reproduzindo os seus desejos e traduzido-os em formas aceitáveis e aprazíveis


Algumas vezes o pensamento por trás da forma vem a tona, mas apenas por um breve instante e a mente se amedronta e começa a questionar a própria sanidade. Contudo, ela não permitirá que seus escravos mudem as formas que contemplam, os sons que ouvem. Esses são os seus ‘remédios’, seus ‘salvos condutos’ através da insanidade.

Esses testemunhos que os sentidos trazem não têm senão um propósito: justificar o ataque e assim manter o que não foi perdoado sem ser reconhecido pelo que é. Visto sem disfarces, isso é intolerável. Sem proteção não poderia subsistir. Aqui toda a doença é valorizada, sem o reconhecimento de que é assim. Pois quando o que não foi perdoado não é reconhecido, a forma que toma parece ser outra coisa.

E agora é essa ‘outra coisa’ que parece aterrorizar. Mas não é a ‘outra coisa’ que pode ser curada. Não está doente, e não precisa de nenhum remédio. Concentrar os teus esforços para cura aqui é apenas futilidade. Quem pode curar o que não pode estar doente e fazer com que bom?

A doença toma muitas formas e assim também a indisponibilidade para perdoar. As formas de cada um apenas reproduzem as formas da outra, pois são a mesma ilusão. Cada uma é traduzida tão fielmente na outra, que um estudo cuidadoso da forma de uma doença toma apontará claramente para a forma da indisponibilidade de perdão que representa.
Contudo, ver isso não efetuará uma cura. Isso é conseguido por apenas um reconhecimento: que só o perdão cura algo que não foi perdoado, e só uma indisponibilidade de perdoar pode fazer surgir qualquer tipo de doença.

A compreensão dessa idéia é a meta final da psicoterapia. Como é realizada? O terapeuta vê no paciente tudo o que ele não perdoou em si mesmo e assim lhe é dada uma outra chance de olhar para isso, abri-lo para reavaliação e perdoá-lo. Quando isso acontece, ele vê que seus pecados desaparecem num passado que não está mais presente. Até que faça isso, não pode deixar de pensar que o mal o está atacando aqui e agora. O paciente é a tela para a projeção de seus pecados, capacitando-o a soltá-los. Se ele retiver uma mancha de pecado naquilo que contempla, a sua liberação será parcial e não será uma certeza.

Ninguém é curado sozinho. Essa é a canção alegre que a salvação canta para todos aqueles que ouvem sua Voz. Essa declaração não pode ser por demais lembrada por todos aqueles que vêem a si mesmo como terapeutas. Os seus pacientes só podem ser vistos como portadores do perdão, pois são eles que vêm demonstrar a própria impecabilidade a olhos que ainda acreditam que o pecado lá está para ser contemplado. No entanto, a prova da impecabilidade, vista no paciente e aceita no terapeuta, oferece à mente de ambos um acordo no qual eles se encontram e se unem e são como um só.


VII - O RELACIONAMENTO IDEAL / PACIENTE E TERAPEUTA


Quem, então, é o terapeuta e quem é o paciente? No fim, todos são ambos. Aquele que precisa de cura tem que curar.
Médico, cura a ti mesmo. Quem mais existe para ser curado? E quem mais tem necessidade de cura? Cada paciente que vem para um terapeuta lhe oferece uma chance para curar a si mesmo. Ele é, portanto, seu terapeuta. E cada terapeuta tem que aprender a curar com cada paciente que vem a ele. Ele assim passa a ser seu paciente. Deus não conhece a separação. Ele tem o conhecimento de que tem apenas um Filho. O Seu conhecimento se reflete no relacionamento ideal entre paciente e terapeuta. Deus vem àquele que chama, e n’Ele ele reconhece a Si mesmo.

Pensa com cuidado, professor e terapeuta, em quem é aquele por quem oras e quem é aquele que tem necessidade de cura. Pois terapia é oração, e a cura é o seu objetivo e o seu resultado. O que é a oração senão a união de mentes em um relacionamento no qual Cristo pode entrar? Essa é a Sua casa, para a qual a psicoterapia O convida.


O que é a cura de sintomas, quando há sempre um outro a ser escolhido? Mas, uma vez que Cristo tenha entrado, que outra escolha existe senão deixa-Lo ficar?
Não há necessidade de nada mais do isso, pois isso é tudo. A cura está aqui, e a felicidade e a paz. Esses são os ‘sintomas’ do relacionamento ideal entre paciente e terapeuta, substituindo aqueles com os quais o paciente veio pedindo ajuda.

O Processo que acontece nesse relacionamento é, de fato, aquele no qual o terapeuta diz, no seu coração, ao paciente que todos os seus pecados foram perdoados, junto com seus próprios. Qual poderia ser a diferença entre a cura e o perdão?
Só Cristo perdoa, conhecendo a Sua impecabilidade. A Sua visão cura a percepção e a doença desaparece. E também não retornará uma outra vez, pois a sua causa foi removida. Isso, no entanto, precisa da ajuda de um terapeuta muito avançado, capaz de se unir com o paciente em um relacionamento santo no qual todo o senso de separação é finalmente é vencido.

Para isso, uma coisa e só uma coisa é necessária: que o terapeuta não se confunda de forma alguma com Deus.
Todos os “curadores não-curados” fazem esta confusão fundamental de uma forma ou de outra, porque não podem deixar de considerar a si mesmos como seres auto-criados ao invés de criados por Deus. Essa confusão está raramente ou nunca na consciência, ou o curador não-curado passaria instantaneamente a ser um professor de Deus, devotando a sua vida à função da verdadeira cura.
Antes de atingir esse ponto, ele pensava estar a cargo do processo terapêutico e era, portanto, responsável pelo seu resultado. Os erros de seu paciente assim passaram a ser os seus fracassos e a culpa veio a ser a capa, escura e pesada, para o que deveria ser a santidade de Cristo.

A culpa é inevitável naqueles que usam o próprio julgamento ao tomar as próprias decisões. A culpa é impossível naqueles através dos quais o Espírito Santo fala.
Fazer passar a culpa é o objetivo verdadeiro da terapia e o objetivo óbvio do perdão. Nisso a sua unicidade pode ser vista claramente. Ainda assim, quem poderia vivenciar o fim da culpa sentindo-se responsável pelo seu irmão no papel de seu guia?

Tal função pressupõe um conhecimento que ninguém aqui pode ter; uma certeza em relação ao passado, ao presente e ao futuro e a todos os efeitos que possam neles ocorrer. Só a partir desse ponto de vista onisciente tal função seria possível. Contudo, nenhuma percepção é onisciente e o diminuto ser de cada um, só, contra o universo, não é capaz de assumir a posse de tal sabedoria, exceto na loucura. Que muitos terapeutas são loucos é óbvio. Nenhum curador não-curado pode ser totalmente são.

Contudo, é tão insano não aceitar a função que Deus te deu quanto inventar uma outra que Ele não te deu. O terapeuta avançado não pode nunca, de forma alguma, duvidar do poder que está nele. E também não duvida da sua Fonte. Ele compreende que todo o poder na terra e no Céu pertence a ele devido a quem ele é. E isso que ele deve ao seu Criador, Cujo Amor está nele e não pode falhar. Pensa no que significa: ele tem as dádivas do próprio Deus para distribuir.

Os seus pacientes são os santos de Deus, que invocam a sua santidade para fazer com que pertença a eles. E a medida que ele dá, eles contemplam a face resplandecente do Cristo que retorna o olhar que eles lhe dão.

Os insanos, pensando que são Deus, não tem medo de oferecer a fraqueza ao Filho de Deus. Mas o que vêem nele por causa disso, de fato, os atemoriza. O curador não curado não pode senão ter medo de seus pacientes e suspeitar neles a traição que vê em si mesmo. Ele tenta curar, e algumas vezes pode conseguir. Mas não terá sucesso, exceto em certa medida e por pouco tempo. Ele não vê o Cristo naquele que chama. Que resposta pode dar àquele que parece ser um estranho, alheio à verdade e pobre em sabedoria, sem deus que tem de lhe ser dado? Contempla o teu Deus nele, pois o que vês será a tua Resposta.

Pensa no que a união de dois irmãos realmente significa. E depois esquece o mundo e todos os seus pequenos triunfos e seus sonhos de morte. Aqueles que são o mesmo são um só, e nada agora pode ser lembrado do mundo da culpa. A sala passa a ser um templo, e a rua um riacho de estrelas que passa de leve por cima de todos os sonhos doentios. A cura está realizada, pois o que é prefeito não precisa de cura, e o que resta a ser perdoado onde não há nenhum pecado?

Sê grato, terapeuta, por poderes ver coisas tais como essas, se apenas compreenderes o teu papel corretamente. Mas, se falhares nisso, terás negado que Deus te criou e assim não saberás que tu és Seu Filho. Quem é teu irmão agora? Que santo pode vir para levar-te para cãs com ele? Tu perdeste o caminho. Epodes agora esperar ver nele uma resposta que tu recusaste a dar? Cura, e fica também curado. Não há nenhuma outra escolha com relação à estrada que possa conduzir à paz.
Ah, deixa o teu paciente entrar, pois ele veio a ti da parte de Deus. Não é a sua santidade suficiente para acordar em ti a memória d’Ele.

VIII - A SELEÇÃO DOS PACIENTES


Todos os que são enviados a ti são teus pacientes. Isso não significa que tu o seleciones, nem que escolhas que tipo de tratamento é adequado. Mas significa que ninguém vem a ti por engano. Não há erros no plano de Deus. Seria um erro, contudo, assumir que sabes o que oferecer a cada um que vem. Isso não cabe a ti decidir.
Há uma tendência a assumir que estás sendo chamado a fazer sacrifícios constantes de ti mesmo por aqueles que vêm. Isso dificilmente poderia ser verdadeiro. Exigir qualquer sacrifício de ti mesmo é exigir sacrifício de Deus e Ele nada conhece acerca de sacrifício.

Quem poderia pedir a Perfeição que seja imperfeita? Quem, então, decide o que cada irmão necessita? Certamente não tu, que ainda não reconhece quem é aquele que pede. Há Algo nele que te dirá, se ouvires. E essa é a resposta: ouve. Não exijas, não decidas, não sacrifiques. Ouve. O que ouves é verdadeiro. Deus mandaria Seu Filho a ti sem estar certo de que reconheces as suas necessidades? Pensa no que Deus está te dizendo: Ele precisa da tua voz para falar por Ele. Que outra coisa poderia ser mais santa? Ou uma dádiva maior a ti? Preferirias escolher quem vai ser deus, ou ouvir a Voz d’Aquele que é Deus em Ti?

Os teus pacientes não precisam estar fisicamente presente para que os sirvas em Nome de Deus. Isso pode ser difícil de lembrar, mas Deus não deixará que Suas dádivas a ti sejam limitadas às poucas pessoas que, de fato, vês. Podes ver outros também, pois ver não se limita aos olhos do corpo. Alguns não precisam de tua presença física. Precisam de ti tanto, ou talvez até mais, no instante em que são mandados. Tu os reconhecerás sob qualquer forma que possa ser mais útil para ambos.

Não importa como vêm. Serão mandados na forma que for mais útil: um nome, um pensamento, um retrato, uma idéia, ou talvez apenas um sentimento de tocar alguém em algum lugar. A união está nas mãos do Espírito Santo. Não pode falhar na sua realização.

Um terapeuta santo, um professor avançado de Deus, nunca esquece uma coisa: ele não fez o currículo da salvação, nem estabeleceu a sua parte nele. Compreende que a sua parte é necessária ao todo, e que através dela ele reconhecerá o todo quando a sua parte estiver completa. Por enquanto, ele tem que aprender, e seus pacientes são os meios que lhe são enviados para esse aprendizado.

O que poderia ele ser, senão grato por eles e para com eles? Eles vêm trazendo Deus. Recusaria ele essa Dádiva por uma pedrinha, ou fecharia a porta ao Salvador do mundo para deixar entrar um fantasma? Que ele não traia o Filho de Deus. Aquele que o chama está muito além da sua compreensão. Contudo, não se regozijaria ele por poder responder, se só assim será capaz de ouvir o chamado e compreender que é o seu próprio?




IX – A PSICOTERAPIA É UMA PROFISSÃO?


Estritamente falando, a resposta é não. Como poderia uma profissão separada ser aquela na qual todos estão engajados? E como poder-se-ia colocar limite numa intensão na qual cada um é tanto paciente quanto terapeuta em todos os relacionamentos nos quais entra? Contudo, falando em termos práticos, ainda pode ser dito que existem aqueles que se devotam primariamente à procura de uma forma ou de outra como sua função principal. E é para ele que um grande número de pessoas se volta em buscas de ajuda. Isso, com efeito, é a prática da terapia. Esses são, portanto, curadores ‘oficialmente’. São devotos à certos tipos de necessidades em suas atividades profissionais, apesar de poderem ser professores muito mais capazes fora delas. Essas pessoas não precisam de regras especiais, é claro, mas podem ser chamadas a usar aplicações dos princípios gerais da cura.

Em primeiro lugar, o terapeuta profissional está numa posição excelente para demonstrar que não há nenhuma hierarquia de dificuldades na cura. Para isso, contudo, ele precisa de um treinamento especial, porque o currículo pelo qual veio a ser um terapeuta provavelmente ensinou-lhe pouco ou nada sobre os princípios reais da cura. De fato, provavelmente ensinou-lhe como fazer com que a cura seja impossível. A maior parte dos ensinamentos do mundo segue um currículo sobre o julgamento, com o objetivo de fazer do terapeuta um juiz.

Até isso o Espírito Santo pode usar, e usará, se Lhe for feito o menor convite. O curador não-curado pode ser arrogante, egoísta, descuidado e mesmo desonesto. Ele pode não estar interessado na cura como sua meta principal. Contudo, alguma coisa aconteceu a ele, por mais leve que tenha sido, quando escolheu ser um curador, por mais equivocada que seja a direção que possa ter escolhido.

Essa ‘alguma coisa’ é suficiente. Mais cedo ou mais tarde essa ‘alguma coisa’ vai surgir e crescer; um paciente tocará o seu coração e o terapeuta lhe pedirá ajuda silenciosamente. Ele próprio achou um terapeuta. Pediu ao Espírito Santo que entre no relacionamento e o cure. Aceitou a Expiação para si mesmo.

Diz-se que Deus olhou para tudo o que havia criado e proclamou que era bom. Não, Ele declarou tudo perfeito, e assim era. E como as Suas criações não mudam e duram para sempre, assim é agora.
No entanto, nem um terapeuta perfeito nem um paciente perfeito podem existir. Ambos não podem deixar de ter negado a sua perfeição, pois a sua própria necessidade um do outro implica num senso de falta. Um relacionamento de pessoa para pessoa não é Um Relacionamento. Contudo é o meio de retornar; o caminho que Deus escolheu para o retorno de Seu Filho. Nesse estranho sonho uma estranha correção tem que entrar, pois só isso é o chamado para o despertar.

E o que mais deveria ser a terapia? Acorda e fica contente, pois todos os teus pecados foram perdoados. Essa é a única mensagem que quaisquer duas pessoas jamais deveriam dar uma à outra.

Alguma coisa boa tem que vir de todos os encontros de pacientes e terapeuta. E essa coisa boa é guardada para ambos, para o dia em que possam reconhecer que só isso era real em seu relacionamento. Naquele momento o que é bom é devolvido a eles, abençoado pelo Espírito Santo como uma dádiva de seu Criador, como sinal de Seu Amor. Pois o relacionamento terapêutico tem que vir a ser como o relacionamento do Pai e do Filho. Não há nenhum outro, pois não há nada mais. Os terapeutas desse mundo não esperam esse resultado, e muitos de seus pacientes não seriam capazes de aceitar a sua ajuda se o esperassem. Contudo, nenhum terapeuta realmente determina a meta dos relacionamentos dos quais faz parte. A sua compreensão começa reconhecendo isso, e depois segue adiante a partir daí.

É no instante que o terapeuta esquece de julgar o paciente que a cura ocorre. Em alguns relacionamentos esse ponto nunca é atingido, apesar de que tanto o paciente quanto o terapeuta possam ter mudado seus sonhos no processo. No entanto, não será o mesmo sonho para ambos, e assim não é o sonho do perdão no qual ambos algum dia irão despertar. O que é bom é guardado; de fato, é valorizado. Mas apenas se ganhou um pouco de tempo. Os novos sonhos irão perder o seu apelo temporário e virão a ser sonhos de medo, que é o conteúdo de todos os sonhos.

Todavia, nenhum paciente pode aceitar mais do que está pronto para receber, e nenhum terapeuta pode oferecer mais do que acredita que tem. E assim há lugar para todos os relacionamentos nesse mundo, e eles trarão tanto bem quanto cada um puder aceitar e usar.

Contudo, quando o julgamento cessa acontece a cura porque só então pode ser compreendido que não há nenhuma hierarquia de dificuldades na cura. Essa é uma compreensão necessária para o curador curado. Ele aprendeu que não é mais difícil despertar um irmão de um sonho do que outro. Nenhum terapeuta profissional pode manter essa compreensão em sua mente de modo consistente, oferecendo-a a todos os que vêm a ele.

Há alguns nesse mundo que chegaram muito perto, mas não aceitaram a dádiva inteiramente para ficar e deixar que sua compreensão permanecesse sobre a terra até o fim dos tempos. Dificilmente poderiam ser chamados de terapeutas profissionais.
Eles são os Santos de Deus. Eles são os Salvadores do mundo. A sua imagem permanece porque escolheram que seja assim. Eles tomam o lugar de outras imagens e ajudam com sonhos benignos.

Uma vez que o terapeuta profissional tenha compreendido que as mentes são unidas, ele também pode reconhecer que a existência de uma hierarquia de dificuldades na cura é sem significado. Contudo, muitos instantes santos podem ser seus ao longo do caminho. Uma meta marca o fim de uma jornada, não o começo, e a medida que cada meta é atingida outra pode ser vagamente vista na sua frente. Muitos terapeutas profissionais ainda estão bem no começo do estágio inicial da primeira jornada. Mesmo aqueles que começaram a compreender o que têm que fazer ainda podem se opor a dar a partida.

Todavia, todas as leis da cura podem pertencer a eles em apenas um instante. A jornada não é longa exceto em sonhos.

O terapeuta profissional tem uma vantagem que pode economizar muito tempo se for usada de forma apropriada. Ele escolheu uma estrada na qual há grande tentação de usar o seu papel equivocadamente. Isso o capacita a passar por muitos obstáculos à paz bem rapidamente, se ele escapar à tentação de assumir uma função que não foi lhe dada. Pra compreender que não há nenhuma hierarquia das dificuldades na cura, ele também tem que reconhecer a igualdade entre ele mesmo e o paciente.

Não há nenhum meio termo nisso. Ou eles são iguais ou não. As tentativas dos terapeutas de barganhar a esse respeito são, de fato, estranhas. Alguns utilizam o relacionamento meramente para colecionar corpos que os adorem no seu santuário, e isso eles consideram que seja cura. Muitos pacientes também consideram esse estranho procedimento como salvação. Contudo, a cada encontro há Alguém que diz:
“Meu irmão, escolhe outra vez”.

Não te esqueças que qualquer forma de especialismo tem que ser defendida e o será. O terapeuta sem defesas tem a força de Deus consigo, mas o terapeuta defensivo perdeu de vista a Fonte de sua salvação. Ele não vê e ele não ouve. Como, então pode ele ensinar? Porque é Vontade de Deus que seu paciente seja ajudado a se unir a ele ali. Porque a sua incapacidade de ver e ouvir não limita o Espírito Santo de forma alguma. Exceto no tempo. No tempo pode haver um grande intervalo entre o oferecimento e a aceitação da cura.

Esse é o véu que cobre a face do Cristo. Contudo, ele não pode deixar de ser uma ilusão porque o tempo não existe e a Vontade de Deus sempre foi exatamente como é.



X – A QUESTÃO DO PAGAMENTO


Ninguém pode pagar pela terapia, pois é a cura de Deus e Ele não pede nada. Contudo, é parte de Seu Plano que tudo no mundo seja usado pelo Espírito Santo para realizar o plano. Mesmo um terapeuta avançado tem algumas necessidades terrenas enquanto está aqui. Se ele tiver necessidade de dinheiro, ele lhe será dado, não em pagamento, mas para ajudá-lo a servir melhor ao plano.
O dinheiro não é um mal. Não é nada. Mas ninguém aqui pode viver sem qualquer ilusão, pois ele ainda tem que lutar para fazer com que a última ilusão seja aceita por todos em todos os lugares.

Ele tem uma parte importante nesse propósito único, pelo qual ele veio. Ele fica aqui só para isso. Enquanto ele fica lhe será dado o que necessita para ficar.
Só um curador não curado tentaria curar por dinheiro, e não terá sucesso na medida que o valorizar. E também não achará a própria cura no processo.

Haverá alguns dos quais o Espírito Santo pede algum pagamento pelo Seu propósito.

Haverá alguns dos quais Ele não pede. Não deve ser o terapeuta aquele que toma essas decisões. Há uma diferença entre o pagamento e custo. Dar dinheiro onde o palno de Deus o destina, não tem custo. Negá-lo onde ele pertence por direito tem um custo enorme. O terapeuta que quer fazer isso perde o nome de curador, pois jamais poderia compreender o que é a cura. Ele não pode dá-la, e assim não a tem.

Os terapeutas desse mundo são, de fato, inúteis para a salvação do mundo. Eles fazem exigências, e assim não podem dar. Os pacientes só podem pagar pela troca de ilusões. Isso, de fato, tem que exigir pagamento e o custo é grande.

Um relacionamento ‘comprado’ não pode oferecer a única dádiva através da qual toda a cura é realizada. O perdão, o único sonho do Espírito Santo, não pode ter nenhum custo. Pois se tiver, apenas crucifica o Filho de Deus mais uma vez. Pode ser dessa forma que ele é perdoado? Pode ser dessa forma que o sonho do pecado vai terminar?

O direito de viver é algo pelo qual ninguém precisa lutar. Isso lhe é prometido e garantido por Deus. Portanto, é um direito que tanto o terapeuta quanto o paciente compartilham igualmente. Se seu relacionamento vai ser santo, tudo o que um necessite é dado pelo outro; seja o que for que falte a um, o outro supre. Nisso o relacionamento se faz santo, pois nisso ambos são curados. O terapeuta paga ao paciente em gratidão, assim como o paciente lhe paga. Não há nenhum custo para ambos. Mas agradecimentos são devidos a ambos pela liberação de um longo aprisionamento e de uma longa dúvida. Quem não seria grato por uma dádiva como essa? Todavia, quem poderia jamais imaginar que ela poderia ser comprada?

Foi bem dito que aquele que tem lhe será acrescentado. Porque ele tem, ele pode dar. E porque ele dá, lhe será dado. Essa é a lei de deus, e não do mundo. E assim é com os curadores de Deus. Eles dão porque ouvirão o Seu Verbo e o compreenderam. Tudo o que necessitam será, portanto, dado a eles. Mas perderão essa compreensão ao menos que se lembrem que tudo o que têm vem só de Deus. Se acreditam que precisam de qualquer coisa de um irmão, não reconhecerão mais nele um irmão. E se fazem isso, uma luz se apaga mesmo no Céu. Onde um Filho de Deus se volta contra si mesmo, ele pode olhar para escuridão. Ele próprio negou a luz e não pode ver.

Uma regra deve ser observada: ninguém deve ser mandado embora por não poder pagar. Ninguém é mandado por acidente a qualquer pessoa. Os relacionamentos têm sempre um propósito.

Seja qual for o propósito que possam ter tido antes que o Espírito Santo entrasse, eles são sempre o Seu templo em potencial, o lugar de descanso do Cristo e a casa do próprio Deus. Seja quem for que venha, foi enviado.
Talvez tenha sido enviado para dar ao seu irmão o dinheiro que ele precisava, Ambos serão abençoados através disso. Talvez ele tenha sido enviado para ensinar ao terapeuta o quanto ele precisa do perdão e quão sem valor é o dinheiro em comparação a isso. Mais uma vez, ambos serão abençoados.

Só em termos de custo qualquer um do dois poderia ter que pagar mais. No compartilhar, todos têm que ganhar uma benção gratuita.
Essa perspectiva do pagamento pode parecer pouco prática, e aos olhos do mundo é assim. Contudo, nenhum dos pensamentos do mundo é realmente prático. Quanto de ganha por lutar por ilusões? Quanto se perde por jogar Deus fora? E é possível fazer isso? Com certeza não é prático lutar por nada e tentar fazer o que é impossível. Então, pára um pouco, o suficiente para pensar nisso: talvez tenha estado buscando a salvação sem reconhecer para onde olhar. Quem quer que peça a tua ajuda pode te mostrar isso. Que dádiva maior do que essa te poderia ser dada? Que outra dádiva existe que tu queiras dar?

Médico, curador, terapeuta, professor, cura a ti mesmo.
Muitos virão a ti carregando a dádiva da cura, se tu assim escolheres. O Espírito Santo nunca recusa um convite para entrar e habitar contigo. Ele te dará infindáveis oportunidades para abrir a porta para a tua própria salvação, pois essa é a Sua função.
Ele também te dirá exatamente qual é a tua função em cada circunstância e em todos os momentos. Quem quer que Ele te envie te alcançará, estendendo a mão para o seu Amigo. Deixa que o Cristo em ti te dê as boas vindas, pois o mesmo Cristo está nele também.

Nega a ele a entrada e terás negado o Cristo em ti. Lembra-te da triste história do mundo e das boas novas da salvação. Lembra-te do plano de Deus para a restauração da alegria e da paz. E não te esqueças de como são simples os caminho de Deus:


“ Tu estavas perdido na escuridão do mundo até que pediste a luz. E Então Deus enviou o Seu Filho para dá-la a ti.”

*Enviado por Lena.


Fiuque na Luz Divina!!!

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